terça-feira, 2 de setembro de 2014

FILE une arte, tecnologia e games; vídeo mostra interação com obras

Compartilhado http://g1.globo.com / Gustavo Petró do G1, em São Paulo

Destaques do evento de linguagem eletrônica.
15ª edição acontece em SP, na Fiesp, até 5 de outubro, das 10h às 20h.


O Festival Internacional de Linguagem Eletrônica, o FILE, chega em sua 15ª edição na cidade de São Paulo, com obras de artistas de todo o mundo que unem arte, tecnologia e games. A exposição é uma das principais do gênero que ocorrem no país e, em 2014, continua com a tradição de usar a fachada do prédio da Fiesp, na Avenida Paulista, como tela para apresentar projetos – desta vez, um vulcão digital hipercolorido em erupção. Os trabalhos estão expostos até 5 de outubro. O G1 deu uma volta pelos corredores da Fiesp para ver o que há de mais legal no FILE 2014. Assista ao vídeo acima.
Fachada do prédio da Fiesp, na Av. Paulista, serve como tela para mostrar um vulcão digital em erupção (Foto: Divulgação/File 2014/Fiesp)Fachada do prédio da Fiesp, na Av. Paulista, serve
como tela para mostrar um vulcão digital em
erupção (Foto: Divulgação/File 2014/Fiesp)
Obra 'The Mamori Expedition' permite ouvir sons que estão dentro da água usando um microfone especial (Foto: Divulgação/File 2014/Fiesp)Obra 'The Mamori Expedition' permite ouvir sons
que estão dentro da água usando um microfone
especial (Foto: Divulgação/File 2014/Fiesp)
As obras permitem que os visitantes interajam de diversas maneiras. Em "The Mamori Expedition", a artista belga Els Viane replicou em madeira rios da Amazônia brasileira por onde passou durante uma expedição em 2009. "Quando cheguei lá, vi que havia muitos sons diferentes a cada hora do dia. Então, deixei o meu gravador ligado. Quando voltei, pensei em como mostrar estes sons às pessoas", conta ao G1. "Recriei os braços deste rio e com um microfone que é mergulhado na água dentro destas réplicas de madeira, o visitante pode explorar os sons que escutei. Eram tantos sons que eu nem sabia o que fazer com eles".
A holandesa Alex Verhast criou em "Temps Mort" um quadro digital que interage com os visitantes. Usando o celular, as pessoas ligam para um número que faz tocar o celular de um dos personagens. A cada vez que seu telefone toca, eles reagem de formas diferentes. "Quis mostrar como a relação entre pessoas mudou com os smartphones e tablets. Para onde você vá, estão olhando para as suas telinhas em vez de olhar nos rostos das pessoas", explica Verhast.
Quem quiser ver a força de sua voz pode brincar com a obra "Murmur": nela, tudo o que é dito se transforma em algo visual em um telão. A "Squint" usa o sensor de movimento Kinect para captar o visitante e mover 49 pequenos espelhos que refletem luzes criando um efeito especial. E em "The Life of an Overtaxed Figure", uma folha de papel plástico reage ao visitante como se fosse um animal vivo. "Quis dar a impressão de que o que está ali está vivo e tem comportamentos diferentes dependendo das pessoas que estão ao seu redor", conta Vitus Schuhwerk, o alemão que criou a peça.
E há games feitos no Brasil e no exterior. No andar inferior da Fiesp, há telas com os brasileiros "Headblaster" e "Oniken", ao lado de jogos estrangeiros como "Fru", da Holanda. Nele, o jogador deve controlar um boneco usando o joystick e com o sensor Kinect ele projeta a sombra do seu corpo para revelar segredos do cenário.
Festival Internacional de Linguagem Eletrônica
Quando: até o dia 5 de outubro, diariamente, das 10h às 20h;
Onde: no Centro Cultural Fiesp – Ruth Cardoso, na Av. Paulista, 1.313, na saída do metrô Trianon-Masp. Entrada é gratuita.
Informações: site oficial (acesse aqui) ou telefones (11) 3146-7405 e 3146-7406.