sábado, 21 de dezembro de 2019

IIIª Mostra Itinerante de Frida

 Espaço Cultural e Gastronômico Mercado Sal apresentou no dia 14/12/2019.

 IIIª Mostra Itinerante de Frida.

Exposição ''Novos Caminhos para Frida'', apresentou parte do Acervo do Museu MUHFK.




Artista Celso Parubocz participando com sua obra Frida, no alto à esquerda.

Performance com os renomados e consagrados artistas pintando Frida ao vivo - 
 Francisco Borges Laranjal e João Moro.

Francisco Borges

João Moro


Desfile de Moda ''Estilo Frida'' - Ro Farias, Joana Hartmann, Eres Fellini, Leticia Michels, Silva Rita, Sylvia Capriles, Ana Paula e Neuzi Carreiro.
Dança Mexicana com a artista plástica e dançarina performática Triana Ballesta.



Relação dos artistas que participaram com suas obras doadas para o Museu MUHFK:

ADNETH BRANT, ANA LECTICIA MANSUR, ANA MAGALHÃES, ANA MARIA BOZA MARTINS, ANNA MINELLA, ANALICE C. F. QUINTANILHA, ANDRÉS PAPA, ALESSANDRA TORTORA, ALIAN MOROZ, ALVARO WAMBIER, CARLA STELLA, CAROLINA K., CÉLIA FIGUEIREDO, CELSO PARUBOCZ, CIDA DEMARCHI, CIRLEI GONÇALVES, CHRISTINE GRAF GUIMARÃES, DUDU RODRIGUES, DRIKA TORNESI, ELAINE LOPES, ESTHER POROGER, ERCY ZENDIM, FÁTIMA LOURENÇO, FRANCISCO MACHADO, FRANCISCO B. LARANJAL, GIOVANA CORRÊA, ISAURA ANTUNES, IVANI RANIERI, IVONE OLIVEIRA RAMOS, JANICE RODRIGUES, JERQUES BASTOS, JOÃO MORO, JOÃO RIBEIRO, KATIA VELO, KENZO KURODA, KEZIA TALISIN, LANA FURTADO, LEILA CASTELLAN, LISETE SCHIFFER, LUCÉLIA D´ROQUETT, MALAH DE SOUZA, MARCELO PSZYBYLSKI, MARCIA TEZANI, MARCIA LORETTI, MAREU MAIA, MARIA L. HERSZKOWICZ, MARIA SERENA, MARIA TERESA ELIAS, MEG GERHARDT, MERCEDES BRANDÃO, MONICA FUCHS, NATHALIE OAK, NEIVA PASSUELLO, NICOLE FERNANDA, NILZA BERSANI, OSWALDO F. DIAS, RENATO ARAÚJO, ROBERTO RODRIGUES, ROSMARY MAZZUCO, RUTH VITA, SILVIA PERCUSSI, SUELI MARTINI, TANIA LEAL, TENESSEE LIZ, TIAGO MURILO, VANICE ZIMERMAN, WILMA WAMBIER e ZULEICA JOÃO.




O Clube das Fridas e o Instituto Casa de Apoio ao Artista realizaram essa IIIª Mostra Itinerante de Frida, do Museu MUHFK.
A Produtora cultural e Curadora Vera Itajaí, agradeceu a todos os participantes com sua presença e apoio, e aos colaboradores Ricardo Buzzi e Alexandra Gil - Mercado Sal.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Exposição Internacional no Forte Copacabana.


A inauguração do primeiro salão internacional da divina academia francesa das artes, cultura e letras do Rio de Janeiro teve lugar na quarta-feira à noite no museu do forte de Copacabana. Marrocos foi o país de honra com a participação de 10 artistas marroquinos: Khadija Bennani, Khadija ElfahliSaida SkalliAmmor MounyaLoubna ChawadNouzha LityemeMonia El Hassar , abdessamad bouysramne e Omar Arojor (representados por Lotfi Taha).

Lista dos Artistas que estarão expondo no Forte de Copacabana

Nadia CHELLAOUI, Nouzha LITYEME, Loubna CHAWAD, Monia El HASSAR, Mouniya AMMOR, Saida SKALLI, Khadija BENNANI, Khadija ELFAHLI,
Abdessamad BOUYSRAMNE, Omar AROJOR, Sandro VOX, Carlos ERBS JUNIOR, Sandro MANGINI, David CAPIBARIBE, François MAUREL, Solange PALATNIK, Eli TOSTA, José DE ARIMATÉIA, Liselena DELLA CORTE, Sol FIGUEIREDO,
Lourdes SILVA, NatHalie Braun BARENDS, Eduardo BORTK, Gisa MACHADO,
Nando C.R. GUIMARÃES, André ALEXANDRE, Isis Berlinck RENAULT, Marilu CARVALHO, JAN SEN, Ana KRUSCHEWSKIK, Bel SAFFE, Tarciso ALBUQUERQUE, Mauro REIS, Ilka SOARES, Débora DENECKE, Maria Alice ANTUNES, Dalva FRAHLICH, Marcelo PSZYBYLSKI, Celso LOBO, Celito MEDEIROS, Orlando CHIQUETTO, Giorge DE SANTI e Celso PARUBOCZ.

Esta participação marroquina inscreve-se no âmbito da promoção e divulgação das artes e letras de Marrocos em todo o mundo, bem como da consolidação das pontes culturais entre Marrocos e Brasil, indicou a presidente da divina academia, Divani Pavesi ....






Obra "Gralha Azul, ave símbolo do Paraná" do Artista Celso Parubocz.




O Vernissage no Forte de Copacabana aconteceu dia 11 de dezembro as 19 horas
A Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture, expôs 44 artistas plásticos, escultores, designers e fotógrafos do Brasil, da França, da Alemanha e do Marrocos convidados de honra.
Este evento foi organizado para comemorar os 24 anos da Divine Académie no Copacabana Palace e no Forte de Copacabana.

ACCUR Academia de Cultura de Curitiba abre exposição no Palacete dos Leões e entrega Comenda "O Pensador"

Academia de Cultura de Curitiba recepcionou seleto público no Palacete dos Leões para solenidade de entrega da Comenda O Pensador e vernissage da Exposição de telas de Artistas que fazem parte da Academia. 





Entrega da Comenda aos Acadêmicos pelos serviços relevantes prestados a nossa Comunidade.


Acadêmico Celso Parubocz e sua obra Abstrato Laranja.




Rafaela Tasca, coordenadora do Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões.





Local: Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões
Av. João Gualberto, 570 – Alto da Glória
Entrada gratuita

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

ESPAÇO CULTURAL CACEV - abre nova exposição neste sábado 23/11.

Acontece neste sábado dia 23 de novembro de 2019 das 10 às 17 horas no CACEV Espaço de Arte o vernissage de cinco exposições.
O Castelo de Prata como é conhecido pelos Artistas que fazem parte do CACEV - Centro de Arte Contemporânea Edilson Viriato possui diversas salas e cada Artista ocupará um destes espaços onde
 apresentará uma parcela de sua produção.
Fazem parte desta mostra os seguintes Artistas: Carlos Rocha, Celso Parubocz, João Coviello, Plínio Gonzaga Filho e Silvana Passos.
O Espaço fica na Rua Lamenha Lins 725 - Centro de Curitiba.
Quem assina a Curadoria da exposição é o próprio Edilson Viriato.








terça-feira, 5 de novembro de 2019

Celso Coppio "50 anos de Arte"

Exposição “Horses of Dreams” do Artista Celso Coppio

I

Celso Coppio é artista visual de grande projeção nacional, internacional, e professor de Artes Plásticas.Suas obras estão presentes em diversos acervos e museus no Brasil e pelo mundo. Suas cores, luzes, sombras e formas nos levam a sonhar com as belas Paisagens e Naturezas Mortas que ele, com sua esmerada técnica e muita emoção, as transforma em lindas pinturas. Apreciar suas obras estimula as nossas emoções, faz com que aflorem em cada um que as contempla uma vontade de penetrar em seu mundo de sonhos, realidades vividas e metas alcançadas.
Na presente exposição “Horses of Dreams”, Celso comemora 50 anos de vida artística. Nela o artista abre seu coração revelando sua grande paixão por cavalos, paixão esta, que ele diz ter desde criança quando nas fazendas de sua família, no Vale do Paraíba, SP, já galopava e declarava seu amor pelo seu puro sangue Mangalarga.
A natureza, enfim, estava já com alicerces fincados em sua alma e foi ela que sempre inspirou e motivou a arte de Celso Coppio.
Cores, luzes, emoção, presença da comunhão interior com a alma da vida.
 (Zuleika Bisacchi, 2019)

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Mostra de Artes - Clube Duque de Caxias.

Aconteceu dia 22 de outubro às 19h, a 7ª Mostra de Artes Plásticas do Clube Duque de Caxias, no Salão Cristal. A Curadoria da Mostra ficou sob a responsabilidade do Artista Luiz Lavalle Filho.
Os Artistas Ponta-grossenses Celso Parubocz e Marcelo Schimaneski estão participando da Mostra, Celso teve duas de suas obras selecionadas e Marcelo Schimaneski teve 3 obras e recebeu uma Menção Honrosa.

Da Série "THE KING SAMO"  uma homenagem ao grande Artista americano Jean Michael Basquiat.

                      Obras do Artista Marcelo Schimaneski.


A Mostra está aberta ao publico até domingo dia 27 / 10.
A visitação é gratuita e nós esperamos todos vocês para participarem de uma verdadeira imersão no mundo das artes, aberta aos sócios e não-sócios da Duque.
Conheça as obras premiadas, selecionadas pelo curador da mostra, Luiz Lavalle:
1º lugar
Igor Moreira | "Uma tarde de domingo"
2º lugar
Nani Silveira | "Conjunto da Obra"
3° lugar
Crhistian Chart | "Conjunto da Obra"
Menções honrosas:
Marcelo Schinaneski
Eloir Junior
Mônica Zeni
Fernanda Alonso
Fernanda Gaensly
Prêmio Sócios Clube Duque de Caxias:
Christiane Hoffrichter
Agradeço ao Artista Eloir Junior pelas fotografias do evento e parabenizo pela Menção Honrosa merecida.
A imagem pode conter: 1 pessoa, atividades ao ar livre
Obra "CHUVITIBA"! do Artista Eloir Jr. que faz parte da Mostra na 7a. Mostra de Artes do Clube Duque de Caxias. 
EndereçoR. Costa Rica, 1173 - Bacacheri, Curitiba - PR, 82515-270

sábado, 19 de outubro de 2019

ARTEPG.COM.BR THE KING SAMO


THE KING SAMO é a mais nova Série e trabalhos do Artista Celso Parubocz.


A Série recebeu este título por ter alguns símbolos que lembram Basquiat e sua obra. A Série começou no início de 2019 e continuou até nossos dias. Fiz questão de dar este nome em homenagem a este grande Artista americano que a cada ano tem suas obras e sua história mais valorizados.





A herança do irreverente Jean-Michel Basquiat

Jean-Michel Basquiat permanece como um dos rostos da arte urbana mais redescobertos dos passados anos, subsistindo uma aura de enfant terrible, que se proliferou para lá das paredes que, usualmente, povoava com as suas criações. A música, o cinema, e as demais formas de expressão artística deixam ramificar o legado inestimável e imensurável do artista que brilhou na cidade de Nova Iorque, com a literatura a cimentar o seu legado na história da arte. Perante mensagens subversivas, e um conteúdo rico em referências e em simbolismos de ampla percepção, os versos e os gestos da criatividade humana conheceram um alvor diferente, de sangue mais pulsante na identidade asseverada.
Nascido no ano de 1960, viu a sua vida acabar em 1988, antes de fazer 28 anos, vítima da sua pior amiga de longa data, a droga. Muitas das obras ficaram na exclusividade de muitos dos colecionadores a quem o pintor vendeu os trabalhos, embora outras tantas tenham-se tornando anónimas, por nunca terem chegado àqueles que pagaram por elas. A juntar a isto, não havia pago impostos durante 3 anos, facto que pode ter obstado à normal comercialização dessas. Não obstante, Basquiat nunca deixou de ser um bastião daquilo que é a arte das profundezas das urbes, nomeadamente das ruas.





Andy Warhol e Jean-Michel Basquiat
De origem haitiana, foi cedo que c
hegou a Nova Iorque, onde se firmou como um dos principais manifestadores expressivos dos sentimentos e pensamentos das classes menos favorecidas, tanto social como financeiramente. O seu legado permanece enriquecido e reenquadrado em vários documentários televisivos, para além de um filme dedicado à própria personalidade do pintor. “Basquiat”, datado de 1996, foi realizado pelo também pintor e neoexpressionista Julian Schnabel, e contou com diversas interpretações de relevo, com Jeffrey Wright a representar Basquiat, David Bowie o pintor Andy Warhol, para além de demais participações, como as de Gary OldmanDennis Hopper e de Christopher Walken. Em 2010, através da amiga do artista Tamra Davis, foi lançado o documentário “Jean-Michel Basquiat: The Radiant Child”, um trabalho que valorizou o previamente conhecido e revelou novas facetas, consumadas por entrevistas utilizadas no mesmo; e que se intitula de “The Radiant Child” após uma menção numa revista, que fez perdurar tal alcunha para o artista.
No coração da cidade de Nova Iorque, onde o norte-americano arrecadou toda a fama do seu trabalho, situa-se, também, a sua antiga residência e estúdio, que é reconhecida, nos dias de hoje, através de uma placa assinaladora do passado daquele espaço. De igual forma, não cessou de surgir como um ícone dessa expressão cultural, com as suas pinturas a ainda darem lugar a uma produção numerosa de peças de roupa, e que incorporam as coleções de arte de vários nomes sonantes da atualidade, como Johnny Depp ou do cantor Jay-Z, também ele inspirado por Basquiat nas suas músicas, e da cantora Madonna, ex-namorada do artista. Para além disso, ainda recolhe o apreço do também ator Leonardo Di Caprio, e do rapper A$AP Rocky, entre outros nomes de destaque da indústria cinematográfica e da indústria musical. A sua rentabilidade chegou à Reebok, conceituada marca de roupa, que, em 2009, produziu e vendeu, com a liberdade de direção criativa do rapper Swizz Beatz, uma coleção com vários dos seus trabalhos artísticos nas peças constituintes. Este chegaria a ser comparado ao próprio autor das obras, pela paixão e devoção que incutia nos seus trabalhos musicais, catapultando-se numa juventude calorosa e ativa. À imagem da Reebok, também a Supreme (2013) e a Uniqlo (2016) desenvolveram coleções desse tipo.
Aliás, é precisamente na música que surge como referência assídua, em especial no rap norte-americano, inspiração para muito dos mais experientes e dos emergentes músicos do género. Com grandes raízes nos subúrbios das grandes cidades do país, em especial no seio das camadas historicamente segregadas, esta música conhece, na figura refulgente e garrida de Basquiat, um esteio da sua afirmação, capaz de os promover a palcos nunca antes equacionados. Grande parte do seu trabalho seria, desta feita, corroborado por grupos emergentes, como os N.W.A. e os Public Enemy.
Nesta orla de inspiração, pontificaram os graffitis efetuados no início da carreira do artista, com a célebre referência SAMO – concebida como aquilo que era “Same Old” – ao lado do amigo Al Diaz, consagrando os primeiros traços de contestação ao status quo social. Esta oposição ao sistema também serviu de mote para outros artistas urbanos, que se cruzam e cruzaram com rappers, no que toca às preocupações e necessidades de expressão. Aliás, o próprio trabalho musical de Basquiat serviu para comungar algo mais desses dois mundos, em especial “Beat Bop” (1983), do qual foi produtor musical e da capa do trabalho, reunindo o apreço dos futuros Beastie Boys e Cypress Hill.
Postumamente, já no século XXI, seria nomeado em várias músicas de referências do rap, tais como Mobb Deep (“Havoc”, 2001), Jay-Z (“Grammy Family Freestyle”, 2006, que faz menção à obra “Charles The First” (1982), “Ain’t I”, 2008, e, com Kanye West, “Illest Motherfucker Alive”, “That’s My Bitch”, 2011, e o videoclip de “4:44”, de 2017), Nas (“Land of Promise”, 2010), Busta Rhymes (“MTV Cribs”, 2012). O álbum “Love Lockdown” (2008), de Kanye West, conforme o próprio apontou, em especial a música homónima, recebeu várias influências visuais e sensoriais daquilo que foi o trabalho do artista. Rick Ross, numa das suas inúmeras tatuagens, tem, na sua coxa, um retrato deste, valorizando a sua identidade artística. O documentário “Downtown 81” (2001), da direção de Steve Brown, e que retrata a subcultura de Manhattan, na qual nasceu e se ambientou Basquiat, transporta uma parecença física entre este e Kid Cudi, usando segmentos em que o primeiro apareça ao som de “Ghost”, canção do segundo. Um dos trabalhos mais recorrentemente usados, para uso em artigos e álbuns, seria o famoso poster que protagoniza com Andy Warhol, numa espécie de promoção de um combate de boxe entre ambos, datado de 1985, e usado na antecipação do documentário de 2012, supramencionado.
Em leilões da especialidade, os trabalhos mais incipientes do pintor não deixam de ser arrebatados por quantias exorbitantes, ultrapassando os 100 milhões de dólares. Uma das promoções destes leilões, feita pela Christie’s, contou com o testemunho do músico Macklemore, que não escondeu a pureza que sentia nas criações dele. Os museus nova-iorquinos, para além de eventuais outros de origem norte-americana, e até outros internacionais, permanecem como grandes dínamos promotores da arte de Basquiat, exibindo diferentes trabalhos da sua autoria. Em 2005, no Brooklyn Museum, a voz do músico Wyclef Jean, membro dos The Fugees, foi a responsável por uma visita auditiva naquilo que foi uma das retrospetivas do trabalho do pintor, lendo entrevistas e poemas através da pronúncia haitiana que partilhava com ele. Esta fama conquistada conduziu a uma reinterpretação do ser artista, agora imbuído de um espírito de estrela, sobre quem caíam as maiores graças e atenções.
Socialmente, a arte de Basquiat permitiu inspirar a fundação de alguns movimentos de cariz social, como o Black Lives Matter, fundada nas redes sociais após o assassinato de dois jovens afroamericanos por parte das forças de segurança pública norte-americanas. Este grupo, a partir das expressões artísticas e culturais de raiz marcadamente suburbana, permanece a bater-se contra a gentrificação e a própria apropriação cultural, opondo-se à acomodação numa espécie de contracultura corporativa. Na essência, porém, ainda se confronta com os resquícios de uma sociedade profundamente racista, mas que, nominalmente, ainda faz subsistir algumas das suas premissas, principalmente na própria ação policial. Isto resulta da própria aclaração que Basquiat procurou efetuar quanto ao passado racial, que se repercute no seu presente e futuro artísticos, que chega aos dias de hoje com os supramencionados desafios.
No que toca àquilo que são os valores transmitidos pelo artista, são vários os pintores, tanto de origem e de plataforma urbanas ou não, que reforçam a sua criação totalmente espontânea, possibilitadora de um canal de comunicação dos mais oprimidos. Extrapolando para lá disso, também a própria capacidade de transformar e de transportar uma faceta identitária, assente na diversidade e na igualdade das existências dentro dessa primeira. Pelo meio, nunca esqueceu as suas origens porto-riquenhas, porfiando sempre pela valorização da sua herança cultural, numa das fragmentações atlânticas do território norte-americano.
Para além disso, a sua composição artística nas várias paredes da sua cidade tornou-se perene com as técnicas de graffiti que possuía, para além de demais materiais de recurso; e assumiu o papel de primeiro grande artista afroamericano, incorporando a identidade progressista norte-americana, no embate com os valores mais conservadores e ferreamente iníquos. A sua irreverência revelou-se crucial naquilo que foi o desabrochar da arte urbana, num diálogo intenso entre reflexões e emoções, articulado nessa vontade de revelar e de metamorfosear.  É assim que a atualidade desta obra se consolida naquilo que são os desafios emergentes quotidianos, respondendo com a afirmação das minorias outrora com vozes quase inaudíveis nos palcos da discussão social. A construção de significados e a devolução de outros tantos são a cadência presente desta estrela, que cedo caiu no turbilhão do nosso mundo.
Apesar do seu tremendo potencial criativo e conceptual, nem tudo foi rosas na valorização e iminente inspiração de Jean-Michel Basquiat. Considerado como um artista menor no contexto da crítica artística, foi a partir dos mais interessados e impulsionados pelas causas sociais, para além das expressões mais identitárias das minorias e dos subgrupos, que conhece um póstumo catapultar. A sua inspiração, ultrapassando a própria materialidade, remanesce nos ecos de luz e de som de hoje, à escala da amplitude de uma carismática personalidade, que soube fazer e ser hino para a igualdade justa e expressiva da humanidade.
Texto de Lucas Brandão - WWW.comunidadeculturaearte.com