sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Francisco Souto Neto fez História e agora podemos ver na Sala 8 do MON – Museu Oscar Niemeyer uma exposição do acervo do Banestad


Na Sala 8 do MON – Museu Oscar Niemeyer uma exposição do acervo do Banestado, que me honra e sensibiliza

Francisco Souto Neto

Crônicas de Francisco Souto Neto para o Jornal Centro Cívico
Jornal Centro Cívico – Ano 13 – Edição 117 – Julho de 2014
No dia 3 de julho de 2014 foi inaugurada uma exposição no MON – Museu Oscar Niemeyer, popularmente conhecido como Museu do Olho, que me sensibilizou por enaltecer o trabalho que desenvolvi no Banestado nas décadas de 80 e 90, quando exerci as funções de Assessor para Assuntos de Cultura da diretoria e depois da presidência do extinto banco oficial do Paraná.
A história da exposição é a seguinte: em abril deste 2014 tive a grande satisfação de receber em casa o jovem Ricardo Freire, secretário e assessor de Estela Sandrini (Teca Sandrini) diretora do MON, para me entrevistar sobre o acervo de arte do Banco e sobre a história do Museu Banestado, das Galerias de Arte e do SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, estes integrantes do Programa de Cultura do Banestado que foi por mim instituído, tendo o MON por objetivo realizar uma exposição retrospectiva com tal acervo que agora lhe pertencente, exceto algumas peças que foram destinadas ao Museu Paranaense.
Ricardo Freire, formado em História Antiga e Medieval, exímio calígrafo, artista plástico e talentoso ator (atuou no Festival de Teatro de Curitiba), chegou à minha residência com as pesquisas já praticamente realizadas, pois de antemão obtivera informações na internet sobre o Programa de Cultura do extinto banco, e sabia do significado do SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, um certame que foi tão importante que chegou a substituir o oficial Salão dos Novos da Secretaria de Estado da Cultura durante os anos em que este esteve em recesso. O SBAI descobriu e divulgou milhares de artistas plásticos em início de carreira, inúmeros dos quais tornaram-se nomes de projeção nacional. Criei o Salão Banestado em 1983 na companhia de Tadeu Petrin, que em sua inauguração teve o nome de “Exposição de Artistas Amadores Funcionários e Clientes do Banestado”. O SBAI foi inspirado na “Exposição de Arte do Cinquentenário do Banestado”, realizada por Petrin em 1978 e que teve na comissão julgadora Ennio Marques Ferreira, Neida Peil de Oliveira e o autor desta coluna.
A Galeria de Arte Banestado de Curitiba, inspiração de Christóvam Soares Cavalcante, surgiu logo depois do SBAI. Sua primeira administradora foi Vera Munhoz da Rocha Marques, que transformou aquele lugar num ponto de encontro de artistas plásticos e intelectuais, cujos nomes é impossível citar, porque este espaço seria insuficiente para relacioná-los. Após aposentar-me como Assessor da Presidência, sucederam-me Tina Camargo, Maria Amélia Junginger, Vera Munhoz da Rocha Marques e Clarissa Lagarrigue. Na Galeria de Arte assumiram sucessivamente Taís Horbatiuk, Tânia Dallegrave Góes e Ana Cristina Rank. A Galeria de Arte de Londrina era gerida por Sílvia Marconi Pavan e a de Ponta Grossa por Jurandir Modesto e Leda Veneri. O Museu Banestado, em Curitiba, foi administrado por Rosane Fontoura e depois por Maria Lúcia Gomes. O Programa de Cultura incluiu a edição e lançamento de livros de autores residentes no Paraná, e também o apoio à música (existiu até o Coral Banestado, regido por Amóz Camilo dos Santos), ao cinema e ao teatro (Constantino Viaro idealizara o Projeto Barracão, assumido por nós, que inauguramos algumas unidades sob o nome de Teatro Banestado). Até o Instituto Saint-Hilaire da Defesa dos Sítios Históricos, cuja diretoria integrei, foi parte do Programa de Cultura do Banestado.
Grande parcela disso é evocada na exposição que se realiza no MON. Telas de importantes autores, que pertenceram ao acervo do Banestado, estão lá expostas. Infelizmente faltaram as telas premiadas no SBAI, e as do acervo do Museu, mas a exposição será de longa duração e as telas provavelmente passarão por um rodízio. A história desses eventos, entretanto, está escrita nas paredes de cor amarela da Sala 8, e a mostra inclui também, logo à entrada da referida sala, algumas telas do extinto Museu de Arte do Paraná (de cuja diretoria fui conselheiro).
Meus parabéns a Teca Sandrini, Ricardo Freire, Sandra Fogagnoli, e a toda a equipe do MON que trouxe de volta à luz os tempos de fausto e glória do grandioso Banco do Estado do Paraná S. A., criminosamente vilipendiado, esmagado e extinto no governo Jaime Lerner de detestável memória.
(Francisco Souto Neto – Julho de 2014)
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ABAIXO: AS TRÊS PRIMEIRAS FOTOGRAFIAS FORAM TIRADAS EM MARÇO DE 2014 NA OCASIÃO EM QUE FRANCISCO SOUTO NETO FOI ENTREVISTADO POR RICARDO FREIRE, E AS DEMAIS EM 3 DE JULHO DE 2014, NO DIA DA INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO NO MUSEU OSCAR NIEMEYER, POR ESTELA SANDRINI (TECA SANDRINI), DIRETORA DO MON.
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FOTO 1 ACIMA: Em abril de 2014 recebo Ricardo Freire, do MON – Museu Oscar Niemeyer, que vem me entrevistar a respeito do acervo de arte do Banestado. Acima, falando sobre o SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos.
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FOTO 2 ACIMA: Sendo entrevistado por Ricardo Freire, falo a respeito do Museu Banestado.
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FOTO 3 ACIMA: Ricardo Freire com alguns dos documentos sobre a história do Banestado.
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FOTO 4 ACIMA: No dia 3 de julho de 2014 foi inaugurada a exposição no MON – Museu Oscar Niemeyer (popularmente Museu do Olho) que, de certo modo, enaltece o trabalho que desenvolvi no Banestado na qualidade de Assessor para Assuntos de Cultura dadiretoria e depois da presidência.
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FOTO 5 ACIMA: Com Teca Sandrini (Estela Sandrini) na inauguração da exposição sobre o acervo de arte do Banestado.
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FOTO 6 ACIMA: Presentes à inauguração:  Sandra Fogagnoli, Francisco Souto Neto, Estela Sandrini e Fernando Calderari.
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FOTO 7 ACIMA: Estela Sandrini e Francisco Souto Neto na parede onde está o relato da história do Museu Banestado.
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FOTO 8 ACIMA: A história do Museu Banestado.
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FOTO 9 ACIMA: Meu dedo aponta à referência ao meu nome na parede do MON.
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FOTO 10 ACIMA: A parede que conta a história dos Salões Banestado de Artistas Inéditos.
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FOTO 11 ACIMA: Francisco Souto Neto e a parede com a história dos SBAIs.
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FOTO 12 ACIMA: Outra referência ao meu nome.
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FOTO 13 ACIMA: À direita, tela de Mazé Mendes, que foi comissão julgadora dum SBAI.
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FOTO 14 ACIMA: História das Galerias de Arte do Banestado.
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FOTO 15 ACIMA: À esquerda, tela de Rubem Esmanhoto, que foi comissão julgadora de um SBAI.
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FOTO 16 ACIMA: Detalhe de tríptico de Osmar Chromiec, optical art.
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FOTO 17 ACIMA: Vitrine com cartazes, documentos e fotos da história do Banestado. O reflexo das luzes do teto sobre a vitrine horizontal interfere na visão dos documentos expostos.
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FOTO 18 ACIMA: Vitrine com cartazes, documentos e fotos da história do Banestado.
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FOTO 19 ACIMA: Vitrine com cartazes, documentos e fotos da história do Banestado. Texto de apresentação de Francisco Souto Neto num dos livros publicados.
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FOTO 20 ACIMA: Vitrine com cartazes, documentos e fotos da história do Banestado.
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FOTO 21 ACIMA: Vitrine com cartazes, documentos e fotos da história do Banestado. Aqui, o cartaz que anuncia a próxima criação do Museu Banestado.
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FOTO 22 ACIMA: Vitrine com cartazes, documentos e fotos da história do Banestado. Detalhe do cartaz com alusão à criação do Museu Banestado.
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FOTO 23 ACIMA: Na vitrine, cartaz-convite para o II SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, com o quadro premiado de Rubens Faria Gonçalves, “Retrato de Mulher que Chora”.
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FOTO 24 ACIMA: Vitrine com cartazes, documentos e fotos da história do Banestado. Foto de Francisco Souto Neto entre quatro outros críticos de arte: Orlando Dasilva, Adalice Araújo, Nilza Procopiack e Antônio Henrique do Amaral.
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FOTO 25 ACIMA: Referências ao extinto Museu de Arte do Paraná, do qual Francisco Souto Neto foi conselheiro em sua primeira diretoria.
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FOTO 26 ACIMA: Aspecto da exposição com o acervo do Banestado.
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FOTO 27 ACIMA: Encerrando, Teca Sandrini e Francisco Souto Neto.