terça-feira, 30 de abril de 2013

PAULO HERKENHOFF ---


Crítico Paulo Herkenhoff ataca 'lobby' por Sergio Camargo



COMPARTILHADA DA FOLHA DE SÃO PAULO

Em seu mais novo livro, Paulo Herkenhoff quer desfazer o impacto do que chama de "mais poderoso lobby de arte instalado no Brasil desde o fenômeno Portinari".
Herkenhoff, um dos críticos e curadores mais respeitados do país, fala de um "boicote ativo" e "manobras de mercado" que entronizaram o escultor Sergio Camargo, morto em 1990, como detentor do "monopólio" na escultura abstrata do país.
Defendido por intelectuais numa "associação comercial escancarada entre a crítica e o mercado", Sergio Camargo, na opinião de Herkenhoff, conquistou uma unanimidade na história que ofuscou nomes mais brilhantes.
Carolina Daffara/Editoria de Arte/Folhapress
No caso, Ascânio Maria Martins Monteiro, o Ascânio MMM, 71, teria sido a maior vítima do conluio de críticos e galeristas e uma das maiores influências por trás de Camargo, embora fosse mais jovem e ainda esteja vivo.
Tanto Camargo quanto Ascânio se firmaram como escultores construtivos, de obras geométricas abstratas e quase sempre brancas.
Enquanto Camargo usou mármore e madeira em relevos abstratos, Ascânio explorou uma gama maior de materiais e se identifica com a tradição modernista na arquitetura, tendo como influência as casas que observou na infância ainda em Portugal.
Em muitos pontos, as obras dos dois artistas que despontaram nos anos 1960 se assemelham. Mas há uma diferença brutal. Peças de Camargo, em alta no mercado ao longo das últimas décadas, hoje valem entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões. Obras de Ascânio não passam dos R$ 200 mil.
"Houve uma manobra para isolar o Ascânio. Isso é cruel e iníquo", diz Herkenhoff àFolha. "A história de Sergio Camargo é uma crônica do poder do mercado."
Nas pouco mais de 400 páginas de "Ascânio MMM: Poética da Razão", Herkenhoff tenta provar como Ascânio, na verdade, influenciou Camargo, e não o contrário.
"Foi o contato com a obra de Ascânio que deve ter dado a Camargo as soluções para o impasse de seus relevos", escreve o crítico, que ataca Camargo como um artista de preocupações "decorativas".
Em seu ensaio, Herkenhoff também desanca o que chama de falso "precedente Camargo" e a "indevida 'vantagem'" histórica do artista, que teria funcionado como um "álibi para escamotear como ele seguiu a moda dos relevos brancos na Europa".
Isso se sustentou, segundo o crítico, por uma "afasia histórica". "É um silêncio estratégico que sustenta delírios críticos que recalcam os que possam expor a adesão de Camargo a modas, sua lentidão em entender o processo construtivo e suas influências."
Enquanto Camargo era amigo de críticos influentes como Mário Pedrosa e circulava no "jet-set" das artes visuais, Ascânio era um imigrante recém-chegado ao Rio.
"Na época, eu reagia de forma tímida", lembra Ascânio. "Eu era um jovem escultor, e o Sergio Camargo era um grande nome. Muitos outros artistas foram marginalizados, mas era evidente essa coisa do Camargo e seu monopólio da obra branca."
Essa não é a primeira vez que Herkenhoff ataca Camargo e tenta rever a história do artista. Há mais de dez anos, num livro que escreveu sobre a coleção de Sérgio Fadel, o autor já desbancava a primazia de Camargo na escultura.
Mas essa é uma batalha solitária. Na opinião de críticos e agentes de mercado ouvidos pela Folha, Herkenhoff exagera ao dizer que o sucesso de Camargo se deve a um suposto lobby da crítica.
"O mercado é o grande senhor que vai dizer o que é bom e o que é ruim", diz Jones Bergamin, da Bolsa de Arte, maior casa de leilões do país. "Sergio Camargo nunca usou lobby para se impor, nunca empurrou sua obra goela abaixo de ninguém."
Frederico Morais, crítico que escreveu sobre Camargo e Ascânio, julga equivocada a colocação de Herkenhoff.
"Há um fosso entre eles", diz Morais. "Não vejo essa inversão cronológica. Um deles chegou muito mais tarde, então não haveria tempo de um influenciar o outro."
'POLÊMICA VAZIA'
Maria Camargo, filha do artista, disse não querer entrar numa "polêmica vazia", mas afirmou que seu pai "nunca precisou fazer marketing nem tirar nenhuma vantagem histórica". "São dois escultores fazendo seu trabalho", diz Camargo. "A obra do meu pai é maior do que isso e creio que a obra de Ascânio não precisa disso." (SILAS MARTÍ)

Artistas destaques na capital paulista

Veja três artistas plásticos brasileiros em destaque na capital paulista

COMPARTILHADA DE FOLHA DE SÃO PAULO / ILUSTRADA
ANGELO VENOSA
Conhecido por suas esculturas públicas, Angelo Venosa ganha exposição retrospectiva.
Estação Pinacoteca - lgo. Gen. Osório, 66, Luz, centro, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3335-4990. Ter. a dom.: 10h às 17h30. Até 30/6. Livre. Ingr.: R$ 6 (grátis p/ menores de dez, maiores de 60 anos, qui., após as 18h, e sáb.). Ingr. combinado: R$ 6 (Estação Pinacoteca e Pinacoteca do Estado).
Divulgação
Conhecido por suas esculturas públicas, Angelo Venosa ganha exposição retrospectiva
Conhecido por suas esculturas públicas, Angelo Venosa ganha exposição retrospectiva
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SANDRA CINTO
Sandra Cinto ocupa os cômodos da Casa do Sertanista com fontes d'água de concreto.
Casa do Sertanista - pça. Dr. Ennio Barbato, s/nº, Caxingui, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3726-6348. Ter. a dom.: 9h às 17h. Até 25/8. Livre. GRÁTIS
Ding Musa/Divulgação
Sandra Cinto ocupa os cômodos da Casa do Sertanista com fontes d'água de concreto
Sandra Cinto ocupa os cômodos da Casa do Sertanista com fontes d'água de concreto
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JOSÉ RESENDE
José Resende preenche o átrio do Sesc Belenzinho com uma grande escultura suspensa.
Sesc Belenzinho - átrio - r. Pe. Adelino, 1.000, Quarta Parada, região leste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/2076-9700. Ter. a sáb.: 9h às 21h. Dom.: 9h às 19h. Até 4/8. Livre. Estac. (R$ 3 a R$ 6 a 1ª h). GRÁTIS
Divulgação
José Resende preenche o átrio do Sesc Belenzinho com uma grande escultura suspensa
José Resende preenche o átrio do Sesc Belenzinho com uma grande escultura suspensa

Prêmio da ABCA vai para Adriana Varejão



Adriana Varejão vence Prêmio ABCA de melhor artista contemporânea

COMPARTILHADA DA FOLHA DE DE SÃO PAULO





As artistas plásticas Adriana Varejão e Regina Silveira estão entre os vencedores do Prêmio ABCA (Associação Brasileira de Críticos de Arte). Adriana Varejão foi escolhida entre os artistas de linguagem contemporânea. Já Regina Silveira foi premiada por toda sua trajetória como artista.
A exposição "Guerra e Paz", com os painéis de Cândido Portinari, foi considerada a melhor de 2012, enquanto Olívio Tavares de Araújo venceu dentre os curadores pelo trabalho que desenvolveu na exposição "Di Cavalcanti: Brasil e Modernismo".

Adriana Varejão


Adriana Varejão
Murillo Meirelles
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Instituído em 1978, o prêmio busca contemplar os artistas, curadores, críticos, autores e instituições que se destacam a cada ano no cenário das artes plásticas, e atualmente conta com dez categorias. A escolha é feita por meio de uma votação com os associados, que apontam seus favoritos em cédulas rubricadas. O troféu, criado pelo escultor Nicolas Vlavianos, será entregue aos premiados no dia 28/5, no Sesc Vila Mariana, às 20h.
O evento também contará com homenagens aos artistas Tomie Ohtake e Marcelo Grassmann e ao MAC (Museu de Arte Contemporânea), da USP. O curador Jacob Klintowitz é apontado como destaque, assim como MuBE (Museu Brasileiro da Escultura) e o BDMG (Instituto Cultural Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais).
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Confira a lista com os indicados e os vencedores do ABCA:
Prêmio Mario Pedrosa (artista de linguagem contemporânea)
Vencedora: Adriana Varejão (RJ)
Indicados:
Dora Longo Bahia (SP)
Valdir Rocha (SP)
Prêmio Clarival do Prado Valladares (artista pela trajetória)
Vencedora: Regina Silveira (SP)
Indicados:
Angelo Venosa (SP)
Eduardo Sued (RJ)
Prêmio Paulo Mendes de Almeida (melhor exposição)
Vencedora: "Guerra e Paz", de Portinari apresentada no Memorial da América Latina, entre 7 de fevereiro e 21 de abril de 2012.
Indicadas:
"Alberto Giacometti", apresentada na Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre 24 de março e 17 de junho de 2012.
"Impressionismo: Paris e a Modernidade", em que obras-Primas do Museu d´Orsay foram apresentadas no Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, entre 4 de agosto e 7 de outubro de 2012, e Rio de Janeiro, entre 23 de outubro a 13 de janeiro de 2013.
Prêmio Gonzaga Duque (crítico pela atuação durante 2012 - filiado)
Vencedora: Ângela Âncora da Luz (RJ)
Indicados:
Dyógenes Chaves (PB)
Lygia Roussenq Neves (SC)
Prêmio Mário de Andrade (crítico pela trajetória)
Vencedores: Aline Figueiredo (MS) e Paulo Herkenhoff (RJ)
Indicado:
Fernando Cocchiarale (RJ)
Prêmio Sérgio Milliet (autor por pesquisa publicada)
Vencedora: Almerinda da Silva Lopes pela publicação de Artes Plásticas no Espírito Santo: 1940-1969. Ensino, produção, instituições e crítica. Vitória: Editora UFES, 2012.
Indicados:
Luiz Eugênio Teixeira Leite e Nelson Pôrto Ribeiro pela publicação de O Rio que o Rio não vê. Os símbolos e seus significados na arquitetura civil da cidade do Rio de Janeiro. São Paulo: AORI Produções Culturais, 2012.
Sandra Makowiecky pela publicação de A representação da cidade de Florianópolis na visão dos artistas plásticos. Florianópolis: Imprensa Oficial do Estado de Santa Catarina, 2012.
Prêmio Ciccillo Matarazzo (personalidade atuante na área)
Vencedor: Ricardo Ohtake (SP)
Indicados:
Bernardo Paz (MG)
Heitor Martins (SP)
Prêmio Maria Eugênia Franco (curadoria pela exposição)
Vencedor: Olívio Tavares de Araújo pela exposição "Di Cavalcanti: Brasil e Modernismo", Museu Oscar Niemeyer, MON, Curitiba
Indicados:
Felipe Scovino e Paulo Sergio Duarte pela exposição "Lygia Clark, uma retrospectiva", Itaú Cultural, São Paulo
Paulo Venâncio pela exposição "Oswaldo Goeldi: sombria luz", Museu de Arte Moderna, MAM, São Paulo.
Prêmio Rodrigo Mello Franco de Andrade (instituição pela programação)
Vencedora: Instituto Moreira Salles (SP, RJ)
Indicadas:
Caixa Cultural (pela atuação nacional)
Museu Lasar Segall (SP)
Prêmio Antônio Bento (difusão das artes visuais na mídia)
Vencedora: Revista "Piauí"
Indicadas:
Revista "Arte e Cultura da América Latina"
"Revista da USP"

Ópera de Roger Waters - "Ça Ira - Há Esperança


Ópera de Roger Waters

"Ça Ira - Há Esperança

Compartilhado guia Uol São Paulo


  • JUCA QUEIROZ/AMAZONASPRESS
    Montagem da ópera "Ça Ira" apresentada em Manaus
    Montagem da ópera "Ça Ira" apresentada em Manaus
"Ça Ira - Há Esperança", ópera escrita por Roger Waters, será encenada no Theatro Municipal nos dias 2, 4, 7 e 9 de maio. O espetáculo é baseado no "libretto" original de Etienne Roda-Gil. Os ingressos já estão à venda.
A montagem traz uma ária inédita, composta por Waters. André Heller-Lopes assina a direção cênica, os figurinos são de Rosa Magalhães, a cenografia de Renato Theobaldo e a iluminação está a cargo de Fabio Retti.
A regência será de Rick Wentworth, parceiro de Roger Waters desde a década de 1980. Rick regeu orquestras de trilhas sonoras de filmes como "Alice no País das Maravilhas" e "A Fantástica Fábrica de Chocolate", e do primeiro "Piratas do Caribe", de Gore Verbinsky, entre outras produções.
Wentworth foi o regente da première de "Ça Ira" em Roma, em 2005 e da primeira montagem encenada, na cidade de Poznan, na Polônia. Em São Paulo irá reger a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Lírico Municipal.
Serviço
"Ça Ira - Há Esperança'
Onde: Theatro Municipal de São Paulo (Praça Ramos de Azevedo, s/n)
Quando: 2/05 (qui), 4/05 (sab), 7/05 (ter) e 9/05 (qui)
Horário: 20h
Quanto: R$ 40, R$ 60 e R$ 100
Ingressos: Podem ser adquiridos nas bilheterias do Theatro Municipal entre 10h e 19h ou no site www.ingressorapido.com.br/prefeitura
Classificação: 10 anos
Duração: 2h15
Compartilhado Folha de São Paulo - Ilustrada 30/04
Para a folha de São Paulo o baixista Roger Waters em entrevista que concedeu na segunda-feira (29) em São Paulo deixou claro que não tem nada a ver com rock a sua ópera "Ça Ira - Há Esperança", encenada pela segunda vez no Brasil.
Em 2008, houve uma montagem dirigida por Caetano Vilela em Manaus. Nesta quinta-feira, nova versão estreia em São Paulo com direção cênica assinada por André Heller-Lopes.
A rejeição ao rótulo vem de uma série de críticas sobre a incursão de Waters, ex-Pink Floyd, pelo universo da música clássica. "Na verdade, de rock essa obra não tem nada. Essa é um sinfonia pop para orquestra", diz.


Julien Warnand/Efe
O músico Roger Waters
O músico Roger Waters
Waters compôs a partitura, a partir de libreto original do francês Etienne Roda-Gil, entre 1998 e 2005. Allan Kozinn, do "New York Times", em crítica publicada em 2005, aponta que, analisada como ópera, a obra de Waters retorna a velhas formas, sem acrescentar nada original.
Em resposta, Waters diz não ser entusiasta da música erudita contemporânea ou moderna, gênero que ele considera "matemático demais". "Meu gosto pessoal tem mais a ver com o século 19", diz. O baixista cita Beethoven e Brahms como dois de seus compositores favoritos.
Isso explica parte da qualidade da partitura, melódica e essencialmente tonal, que agora encontra pela frente um time de cantores líricos brasileiros --as sopranos Lina Mendes e Gabriella Pace, a mezzo-soprano Keila de Moraes e os tenores Marcos Paulo e Giovanni Tristacci são alguns dos intérpretes. No concerto, também estão a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Lírico Municipal.
A regência é de Rick Wentworth, músico que deu suporte a Waters durante o processo de criação da partitura.

16 de maio no Teatro Ópera


O Coro de Ponta Grossa irá realizar no dia 16 de maio, às 20h, no Teatro Ópera
 um ensaio geral aberto especialmente para artistas da cidade, 
com o objetivo de trocar experiências, ouvir sugestões e saber como está funcionando
o espetáculo.
Contamos com a sua presença !
Pedimos para que repassem esta mensagens para seus amigos.



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Telefones: (42) 3223-8204 / 3223-3709
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