terça-feira, 30 de abril de 2013

Ópera de Roger Waters - "Ça Ira - Há Esperança


Ópera de Roger Waters

"Ça Ira - Há Esperança

Compartilhado guia Uol São Paulo


  • JUCA QUEIROZ/AMAZONASPRESS
    Montagem da ópera "Ça Ira" apresentada em Manaus
    Montagem da ópera "Ça Ira" apresentada em Manaus
"Ça Ira - Há Esperança", ópera escrita por Roger Waters, será encenada no Theatro Municipal nos dias 2, 4, 7 e 9 de maio. O espetáculo é baseado no "libretto" original de Etienne Roda-Gil. Os ingressos já estão à venda.
A montagem traz uma ária inédita, composta por Waters. André Heller-Lopes assina a direção cênica, os figurinos são de Rosa Magalhães, a cenografia de Renato Theobaldo e a iluminação está a cargo de Fabio Retti.
A regência será de Rick Wentworth, parceiro de Roger Waters desde a década de 1980. Rick regeu orquestras de trilhas sonoras de filmes como "Alice no País das Maravilhas" e "A Fantástica Fábrica de Chocolate", e do primeiro "Piratas do Caribe", de Gore Verbinsky, entre outras produções.
Wentworth foi o regente da première de "Ça Ira" em Roma, em 2005 e da primeira montagem encenada, na cidade de Poznan, na Polônia. Em São Paulo irá reger a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Lírico Municipal.
Serviço
"Ça Ira - Há Esperança'
Onde: Theatro Municipal de São Paulo (Praça Ramos de Azevedo, s/n)
Quando: 2/05 (qui), 4/05 (sab), 7/05 (ter) e 9/05 (qui)
Horário: 20h
Quanto: R$ 40, R$ 60 e R$ 100
Ingressos: Podem ser adquiridos nas bilheterias do Theatro Municipal entre 10h e 19h ou no site www.ingressorapido.com.br/prefeitura
Classificação: 10 anos
Duração: 2h15
Compartilhado Folha de São Paulo - Ilustrada 30/04
Para a folha de São Paulo o baixista Roger Waters em entrevista que concedeu na segunda-feira (29) em São Paulo deixou claro que não tem nada a ver com rock a sua ópera "Ça Ira - Há Esperança", encenada pela segunda vez no Brasil.
Em 2008, houve uma montagem dirigida por Caetano Vilela em Manaus. Nesta quinta-feira, nova versão estreia em São Paulo com direção cênica assinada por André Heller-Lopes.
A rejeição ao rótulo vem de uma série de críticas sobre a incursão de Waters, ex-Pink Floyd, pelo universo da música clássica. "Na verdade, de rock essa obra não tem nada. Essa é um sinfonia pop para orquestra", diz.


Julien Warnand/Efe
O músico Roger Waters
O músico Roger Waters
Waters compôs a partitura, a partir de libreto original do francês Etienne Roda-Gil, entre 1998 e 2005. Allan Kozinn, do "New York Times", em crítica publicada em 2005, aponta que, analisada como ópera, a obra de Waters retorna a velhas formas, sem acrescentar nada original.
Em resposta, Waters diz não ser entusiasta da música erudita contemporânea ou moderna, gênero que ele considera "matemático demais". "Meu gosto pessoal tem mais a ver com o século 19", diz. O baixista cita Beethoven e Brahms como dois de seus compositores favoritos.
Isso explica parte da qualidade da partitura, melódica e essencialmente tonal, que agora encontra pela frente um time de cantores líricos brasileiros --as sopranos Lina Mendes e Gabriella Pace, a mezzo-soprano Keila de Moraes e os tenores Marcos Paulo e Giovanni Tristacci são alguns dos intérpretes. No concerto, também estão a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Lírico Municipal.
A regência é de Rick Wentworth, músico que deu suporte a Waters durante o processo de criação da partitura.