quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

A História do Carnaval na Cidade de Ponta Grossa.

O Médico Francês Jean Maurice Faivre (1795 - 1858) veio ao Brasil para atuar no Hospital Militar da Corte, e logo se tornou o médico de confiança da imperatriz Leopoldina, esposa de Dom Pedro I. 

Resultado de imagem para Francês Jean- Maurice FaivreJean Maurice Faivre.


Dr. Faivre fez o parto da princesa Thereza Cristina e tornou-se o Médico da Família Real. No ano de 1846, o médico francês Jean-Maurice Faivre, que já vivia no Brasil imperial há vinte anos, vendeu todas suas posses e usou o dinheiro que juntou para viajar à França para convidar pessoas para realizar seu sonho e fundar uma Colônia no interior do Paraná. 

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Surpreendentemente Dr. Faivre conseguiu convencer 63 franceses a atravessarem o Atlântico e fundar a Colônia Cristina primeiro modelo de cooperativismo no Brasil, entre eles estava Maurice Caillot que vinha de uma Família de Luthier e Arte Circense. A maior parte dos franceses, porém, não se adaptou à vida no campo primeiro devido ao cerco dos índios Kaingang que habitavam a região e depois pela atuação dos Grileiros, que hostilizavam a colônia.Maximiliano Caillot foi um deles e transferiu-se para nossa região e casou-se com Maria Magdalena, tiveram três filhos: Paulo, Maximiliano e Gabriel. Alem de outras atividades dedicavam-se ao circo e e a música. Gabriel um dos filhos, conheceu uma negra chamada Floripa e logo estavam apaixonados, apesar do preconceito que havia na época, os negros eram escravos alforriados ou descendentes deles, Gabriel casou-se com Floripa e foi morar na região conhecida hoje como bairro de Olarias. A família reunia amigos para Saraus com música e unindo com a tradição de sua esposa negra, o batuque da capoeira e do candomblé, religião dos negros, está mistura só podia dar samba, entre as décadas de 1940 e 1950 surgiram os primeiros blocos de carnaval criados pelos filhos de Gabriel e Floripa: Raul Caillot, Alcides e as filhas Dalva e Evanira, esses blocos cresceram e deram origem as escolas de samba. O gosto pelo samba e pelo carnaval incentivou outras famílias da Cidade que mantém a tradição de sair na avenida todos os anos. Já tivemos sete escolas de samba organizadas desfilando na avenida. Este ano, apenas três escolas de Samba sairão: A Cidade de Olarias, Ases da Vila e a Globo de Cristal, todas mantidas por descendentes dos primeiros carnavalescos.

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O CARNAVAL QUE EU PARTICIPEI>> Já fiz o que pude ajudando as escolas de samba e até ganhei muito dinheiro assessorando outras cidadesO Carnaval que eu participei e participo, nunca foi um local de bêbados, de putaria e outros adjetivos como ouço por aí e olhe que adoro o Carnaval e posso dizer não sou nenhum “santo”. Sou artista e dentre tantos segmentos que atuo posso me considerar um carnavalesco pelos anos de trabalho dedicado ao Carnaval tanto como organizador como participante.Tive e tenho ótimos amigos carnavalescos e muitos serviram de inspiração para que eu quisesse fazer minhas fantasias e sair em muitas Escolas de Samba, aqui em Ponta Grossa, e em outras Cidades, e posso garantir quem sai uma vez quer ir sempre.Já fiz o que pude ajudando as escolas de samba e até ganhei muito dinheiro assessorando outras cidades a organizar e criar Escolas de Samba para atrair público e garantir verba e empregos nesta época em que a maioria das pessoas querem sair, viajar e se divertir.O Carnaval de Rua quando bem organizado é lindo, leva muitas famílias para o dia do desfile, gera recursos para a economia informal e diverte o povo que vai assistir o espetáculo, mas desde que bem organizado é claro.O povo tem direito a esta festa seja participando junto as suas Escolas, costurando, ensaiando, tocando na bateria, trabalhando unido e a duras penas na maioria dos lugares onde não se dá o devido valor a sua Cultura e também merece saber quando e onde surgiu esta tradição, cada cidade com sua História, isto é função de quem administra a Cultura, de quem forma nossos historiadores e principalmente de quem ama as Tradições Culturais de seu País e não quer que elas morram.Ainda sonho em conseguir os barracões para cada Escola transformando-os em centros de criatividades onde a comunidade, crianças, jovens, adultos poderão participar durante todo anos das inúmeras atividades que podemos colocar lá dentro: Escola de costura, escola de artesanato aulas de dança, música, artes, capoeira, etc etc.

ESCOLAS DE SAMBA DE PONTA GROSSA
  • CES Portal das Águas (Vila Ana Rita)
  • ES Baixada Princesina (Santa Mônica)
  • ES Gaviões da Beira da Linha (Vila São Marcos)