quinta-feira, 1 de agosto de 2013

RESULTADO DO SALÃO DE INVERNO DE PONTA GROSSA

A Fundação Municipal de Cultura abriu nesta quintq feira dia 01 de agosto o 5.º Salão de Inverno de Artes Plásticas de Ponta Grossa. A abertura acontece no Centro de Cultura Cidade de Ponta Grossa, na Galeria João Pilarski, às 20h. Neste ano estão sendo expostos obras de 22 artistas de Ponta Grossa. Destes, três foram premiados e receberam como prêmio R$ 500,00. De acordo com o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Paulo Goulart, a exposição pretende estimular a produção de artistas plásticos e visuais e também adquirir obras para o acervo público da cidade. A exposição permanecerá aberta a visitação pública até o dia 30 de agosto, no horário de funcionamento do Centro de Cultura Cidade de Ponta Grossa.


Obras Premiadas:
Conjunto de Obras:  

A beleza da imperfeição”        Artista - José Roberto Rodrigues
“O bicho comeu a lua”             Artista- Ozires Guimarães
1º Ressurgimento do Sol - 2º Caminhos da Manhã -     Artista Leandro Cardozo


Menções Honrosas

Reciclando para Sobreviver” de Marcelo Schimaneski
“Lavadeira I” de  Zunir Pereira de Andrade Filho
Outras selecionadas que compõem o Salão
“Esquina e Vestido”- de   Alana Aguida Berti
Vento Sul 1 e 2” - de Andergleisson Alves
“Sob a Chuva” e “Solidão” - de Alexandre Campos
“Pássaros” e “Borboletas”- de Paulo Pereira
Caos total 1” e “Caos total 2”- de  Silvana Passos
“Fridha”- de Alisson Thiago do Nascimento
“As meninas”- de Patricia Oliveira
Coração Despedaçado”,  “ Lobo Solitário” e “ Um olhar da Solidão”-  de Marcos Vieira Ribas
“Brasão Tribal”, “Dragão Medieval”,  “Cavalo Prateado” e “Ninfa: Rainha da Primavera” –de Marcio Vieira Ribas
“Releitura de “O Grito”-  de André Luis Suchoronczar
“Arte na Rua”- de  Lenita Starke
“A Liberdade”- de Guilherme Ricardo Miara
“As Cinco Estrelas”- de Edvan Lovato
“Luna”- de  Loila Haron Khalil Reda
“Terreno Pedra”- de Antonio Edinaldo de Paula Fonseca
“Paidonato  Hightec”- de Rodrigo Fabiano Alexandre Guimarães
“Lagoa dourada”, “ Capital”- de  Marilda Martincoski
 “Sustentabilidade Apesar de”- de Cristina Sá

Artes Visuais da Unigranrio, mudam cotidiano da população urbana

Alunos de Artes Visuais mudam o cotidiano da população urbana

Daisy Santos, aluna de Artes Visuais, faz intervenção de limpeza no monumento instalado nesse local.
A educação sobre Artes Visuais representa um ato de amor, dentro e fora da sala de aula. Recentemente, nossos acadêmicos e artistas deram um passeio diferente por praças, passarelas, ruas do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias, quebrando o ritmo urbano com performances e intervenções públicas. Com objetos simples como balões de festa, cadeiras, máquina de escrever antiga, tintas, latas de spray, folhas de papel, pincéis e muita criatividade, a linguagem das artes foi destaque entre populares. O objetivo foi desestruturar o cotidiano, coisa fácil para quem tem Alexandre Sá, coordenador do curso de Artes Visuais da Unigranrio, por perto. Ele é doutor em Linguagens Visuais e, com isso, revoluciona o aprendizado com inúmeras abordagens, como mostram as fotos.
Alexandre Sá ensina a ‘pescar o peixe’ das artes -   Tudo que acontece em praças públicas valoriza a aprendizagem e a lembrança de tudo o que está nos conteúdos de livros, como significativo crescimento profissional. Alexandre Sá, que sempre trabalha com as mais diversas linguagens, é um pesquisador atento à cultura de nosso país. Pelo fato de ter participado de inúmeras exposições nacionais e internacionais, tem consciência de que seu conhecimento é relevante para se atingir propostas desafiadoras, como o uso de técnicas que levam seus alunos além da sala de aula.
Alexandre Sá , que escreve para a revista Desarmes e integra a comissão editorial da revista Concinnitas (UERJ), informa que os trabalhos tiveram de tudo um pouco: “Nossos artistas usaram materiais reciclados, mas também usaram o próprio corpo como suporte para exibição de arte em suas ações. A performance de cada um provocou ótimas reações entre crianças e adultos, tudo com muita liberdade no processo de criação”, declara Alexandre.
Veja logo abaixo os trabalhos realizados por alunos de Artes Visuais
Rodrigo e Karine dos Santos distribuíram balões pela praça, causando em cada pessoa que passava pelo local; um sentimento de volta ao paraíso infantil. Deu aquela vontade de sair chutando balões por todos os cantos. Alguns brincaram de cabecear ou dar saques em ritmo de vôlei, enquanto o cenário recriava um trajeto interessante, mágico, reflexivo, pronto a vencer todos os obstáculos do dia a dia. Para que isso se torne realidade, mesmo, temos que aprender tudo e observá-las, porque nos levam a questionar o quanto são importantes atos simples como lidar com objetos que nos liberam de bens materiais, por exemplo.
Eriel Moreira e Daisy Santos colocaram um doce presente no caminho de quem percorre, apressadamente, as passarelas do Rio de Janeiro. Afinal, que mundo é este que nos recebe assim, hoje em dia? Esse compromisso de desconstruir o cotidiano de crianças e adultos será guardado por eles para toda a vida. Já imaginaram como é lindo verificar que no chão nosso de cada dia lhes aparecem doces e balas, como se fossem algo lá no fundo do inimaginável? Essa agradável surpresa só foi possível pela quebra de paradigmas, de um ato de amor nessa celebração do amor ao próximo, de coração aberto e de ações que oferecem um paladar diferente da vida.
Tharsila da Silva e Valquíria Cássia deram outra visão para uma ação literária. Elas levaram para a frente da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, na Cinelândia, uma cadeira, um livro e balões de festa. As reações causaram um impacto muito divertido, porque alguns apenas olhavam os objetos, enquanto que outros sentavam na cadeira e até liam algumas páginas do livro colocado neste cenário. A inquietude e a curiosidade do cidadão brasileiro despontavam como forma de entender o motivo daquilo tudo. No mesmo local de tantas manifestações da população carioca, os alunos da Unigranrio fotografaram um panorama fora do contexto social brasileiro.
Daisy Santos não mediu esforços para fazer sua atividade: lavar uma estátua no meio de um lago, tendo como observadores casais que passeavam de pedalinho. Esta intervenção pública também chamou a atenção de dezenas de pessoas. Já que esta é uma tarefa para funcionários da prefeitura, foi incrível, conta ela, lavar uma estátua como meta de preservar monumentos. Sair da teoria e colocar a mão na massa, digo o sabão e escova, dá-nos a certeza de que o curso de Artes Visuais da Unigranrio põe novos elementos no imaginário de acadêmicos, com arte, conhecimento e visão humanística.
André Luiz escolheu uma praça para ficar na pele de estátua humana. O público ao redor olhava para seu corpo, que junto ao chão estavam vários frascos de tinta, com objetivo de oferecer ao público a chance de grafitar um painel de papel que era usado como saia rodada. O final desse trabalho foi imprevisível, é claro, mas que marcou a força do trabalho em equipe, de professores, alunos e de populares. O público ajudou a formar um trabalho tão exuberante quanto inédito  nessa estátua humana, esguia e de característica teatral. Quem chegava ao local aproveitava, também, para fazer uma foto especial de recordação. Isso é arte viva.
Rodrigo Pinheiro foi mais um que ousou brincar com balões de festa de aniversário. As crianças foram pegando uma, duas ou mais bolas, sempre de cores diferentes, para dar liberdade à maior expressão desta fase da vida. Guardas municipais, pipoqueiros e os frequentadores dos bancos da praça olhavam para aquele rapaz, que a cada momento distribuía ou coloca seus balões na mão de quem viesse pedir. Até os pombos pareciam atônitos ao novo visitante. Era a mesma praça, como dizia o compositor Carlos Imperial, mas ninguém se emudeceu ou ficou triste. Era só alegria por todos os lados e poros. Nesta paisagem, faltaram, apenas, o sorveteiro e os namorados, porque a arte estava no ar.
Stephany Coelho Janotti foi mais além um pouco. Quando pensamos em mágicos que tiram coelhos da cartola, imagina só o que ela fez. Colocou um tonel de plástico num canto de uma rua movimentada e, para surpresa dos moradores, entrou no minúsculo espaço de pijama e com um travesseiro. Do lado de fora, além de seu chinelo, havia a seguinte frase: “Por favor, não incomode”.  É claro que esta intervenção daria panos para a manga, paletó e muito mais. Trabalhadores, estudantes, garis, mães com bebê e o público em geral chegavam perto para saber o que estava acontecendo. A criatividade de Stephany foi mais uma atração do cenário proposto pelo coordenador do curso de artes Visuais da Unigranrio, Alexandre Sá. O melhor de tudo isso, segundo Alexandre, foi ver a fisionomia das pessoas, após cada olhar.
E para fechar o dia, Adriana Quirino e Thais Chagas resolveram montar o cenário desta outra intervenção com objetos como máquina de escrever manual e rolos de papel. Até aí, tudo normal, mas só que as duas alunas permaneceram sentadas numa passarela de pedestres, uma atrás da outra, numa distância de quatro metros uma da outra, em que a última da fila escrevia numa máquina portátil, repassando o que tinha feito para sua colega, logo à frente. Não faltaram risos, nem perguntas do tipo: “O que vocês estão fazendo aí, gente?”.  Nossos artistas contemporâneos deixam suas marcas na cidade e voltam para a universidade certos de que essa profissão vale a pena, em todos os aspectos.