quinta-feira, 28 de maio de 2015

Museu Guido Viaro abre exposição de desenhos de Jair Mendes

 
 
O Museu Guido Viaro abre nesta sexta-feira, dia 28 de maio, às 19 horas, a exposição Novos Desenhos do artista Vicente Jair Mendes. A mostra com 32 desenhos feitos entre 2014 e 2015 e outros 20 desenhos produzidos em 1981 para o filme “Cerco da Lapa”, de Valêncio Xavier.

 
Com uma longa carreira artística, Jair, como é conhecido, tem uma obra consistente, com extremo vigor nas formas e traços.  Com mais de 30 exposições individuais em Curitiba e uma centena realizadas em outras cidades do Brasil, Argentina, México, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Itália, França, fez estágios no Centro Georges Pompideau, em Paris, e na Academia de Brera, em Milão, em 1980.
Para o crítico português Rodrigues Vaz, a pintura de Jair emociona.  “Estas obras rigorosas, às vezes de forma maciça e pesadas, quase herméticas, são interessante lição esotérica, acabando por nos deixar em profundo sentimento de poder e de rigor interior”, disse.
Sobre a exposição Carmela e o Lobisomen, Valêncio Xavier escreveu:  “A bem sucedida via-sacra de um amor bem sucedido por um pintor que, no apogeu da juventude de sua arte, pode se dar ao luxo de jogar nas telas toda a liberdade de seu pensamento. E não é isso que exigimos de um artista, que ponha em sua obra toda a liberdade do pensar e do sentir?”
 
 
O professor e crítico Fernando Bini lembra que Jair Mendes sempre se recusou a aderir a abstração informal, certamente não por comodismo de estar integrado nas correntes figurativas, mas por sua ideologia em relação ao seu próprio trabalho plástico. Já Nilza Procopiack ressalta que tanto no desenho como na pintura de Jair Mendes se fazem presentes os três requisitos básicos de um verdadeiro artista; o conhecimento da história da arte e do uso histórico dos materiais e o domínio no uso destes mesmos materiais.
A exposição Novos Desenhos estará aberta ao público até o dia 27 de junho de 2015, com visitas de terça-feira a sábado das 14 às 18 horas. A entrada é franca. O Museu Guido Viaro fica na Rua XV de Novembro, 1348, em frente à reitoria da UFPR.
 

Exposição "Massacre 29 de abril" no Espaço Cultural da Câmara.


 
 
Exposição “Massacre 29 de abril: gás, tiro e bomba contra os professores do Paraná".
A Mostra de fotografias acontece  a partir do dia 29 de maio até o dia 5 de junho no hall da Câmara Municipal de Ponta Grossa onde funciona o Espaço Cultural.

O responsável pela exposição é o Professor Rafael Schoenherr, do departamento de Jornalismo da UEPG.

Serão expostas fotografias de alguns participantes do projeto de extensão Lente Quente, projeto de fotojornalismo da UEPG. Os alunos que terão obras expostas são: José Gabriel Tramontin, Pedro Estevam Guimarães, Angelo Rocha, Victor Ribas, Rodrigo Menegat, André Lopes.

A exposição fotográfica retrata o massacre ocorrido no dia 29 de abril deste ano, quando professores de todo o Estado foram à Assembleia Legislativa do Paraná protestar contra o projeto que lhes retirava o fundo previdenciário. Durante o protesto, a Polícia Militar do Paraná usou de força desproporcional contra os professores, jogando bombas de efeito moral, tiros de bala de borracha, e muito gás lacrimogêneo e de pimenta. Esta ação resultou em mais de 200 feridos, e agravou a crise política vivida pelo governo.

O projeto Lente Quente esteve presente e registrou detalhes do massacre que entrou para a história como um dos capítulos mais tristes da política paranaense, e agora pretende expor em espaços públicos o trabalho realizado para que jamais se esqueça esta data.
José Gabriel Tramontin
Também foi realizado um documentário sobre o tema 'Massacre 29 de abril".

 
EXPOSIÇÃO  "MASSACRE 29 DE ABRIL"
projeto de extensão Lente Quente, fotojornalismo da UEPG.

Abertura dia 29 de maio
A Exposição ficará aberta ao público até dia 05 de junho

Espaço Cultural da Câmara Municipal de Ponta Grossa
Horário das 13 às 19 horas.

Av. Visc. de Taunai, 880 - Ronda, Ponta Grossa
Fone (42) 3220-7100

 

sábado, 23 de maio de 2015

PRÊMIAÇÃO SÍNEPE / PR - PLANETA reciclável - Mostra da Escola Particular

 
 
 
O SINEPE / PR Sindicato das Escolas particulares apresentou o resultado da Mostra Particular Planet reciclável onde as Escolas particulares participaram com trabalhos de seus alunos através de maquetes e muita criatividade. O isopor foi usado como temática principal por ser um produto que gera dificuldades de transporte, ser leve e ocupar muito espaço sendo assim descartado no meio ambiente.
 
                 Sr. Ivam Michaltchuk diretor técnico da MSI Treinamento e Desenvolvimento
                 durante seu discurso de abertura da premiação.
 
Durante a Exposição no Shopping Palladium foi apresentado uma máquina que transforma o isopor em porções menores que depois são reaproveitados pela fábrica. O processo funciona mais ou menos assim:
Primeiro é coletado o material, que é enviado a cooperativas de reciclagem. 
Lá, é feita uma triagem O isopor é triturado em uma máquina de compactação, que retira todo o ar retido no produto, o que equivale a cerca de 98% do seu volume. 
Desta forma, o transporte até a fábrica é otimizado e seu custo diminui significativamente. 
A Santa Luzia é uma indústria que utiliza o poliestireno expandido ( isopor) das indústrias de eletrodomésticos ( embalagens e copos, por exemplo), que antes era descartado em aterros sanitários. 
Os resíduos dos produtos da empresa usados na construção civil retornam para serem reciclados. 
Em Braço do Norte, o isopor é submetido à extrusão ( processo que cria moldes com uma forma predeterminada) e se transforma em molduras, porta- retratos, rodapés, rodatetos, rodameios, espelhos e revestimentos. 
Apenas 10% das 65 mil toneladas de isopor produzidas no Brasil por ano são reaproveitados. 
O restante é responsável por 20% do volume dos aterros e demora cerca de 450 anos para ser decomposto naturalmente.
Premiação das Escolas que participaram do evento: Marista, Sagrada Família, SEPAM, Master, Escola São Jorge, Escola São Francisco.
 
 























 
TRABALHOS PREMIADOS:










terça-feira, 19 de maio de 2015

Maior falsificador do século começou a pendurar os seus quadros



Foi julgado como falsificador de quadros, o maior do século. Foi preso. Saiu e tornou-se artista em nome próprio. Agora prepara-se para a sua primeira exposição, em Munique, intitulada “Liberdade”.
Wolfgang Beltracchi documentário de 2014 "Art of the forgery" (Arte da Falsificação)
Até 2011, ninguém sabia quem era o alemão Wolfgang Beltracchi. Mas o mundo conhecia Max Ernst, Heinrich Campendok, Max Pechstein, Fernand Léger, André Derain. Pintores consagrados que Beltracchi “ressuscitou” ao pintar novas obras falsificadas destes autores.
Copiava-lhes o estilo, pintava aquilo que os grandes poderiam ter pintado. Com a ajuda da mulher, Helen, Beltracchi fez fortuna a falsificar o estilo de alguns dos maiores pintores do modernismo clássico. Enganou reputadas galerias de arte, como a Christie´s ou Shoteby´s, que gastaram milhões em obras que venderam depois a preços muito mais elevados.
Terá sido o pai de Wolfgang Beltracchi a mostrar-lhe as técnicas dos velhos mestres. Aos 14 anos, já copiava Picasso. Restaurava e vendia quadros para pagar as contas até que lhe disseram que conseguiria que lhe pagassem muito mais dinheiro se tivesse elementos humanos nas obras. Aí pensou: “Porque é que não os pinto de raiz?”, conta no documentário Art of the forgery (2014), do realizador alemão Arne Birkenstock. 

Durante 36 anos, fez mais do que isso. Para enganar o mercado da arte, Beltracchi e a mulher inventaram a história de uma coleccionadora - a própria avó de Helen -  que durante o nazismo teria comprado obras ao famoso galerista alemão Alfred Flechtheim. Nunca descurando os detalhes: revelaram fotografias em papel dos anos 30 onde a mulher de Beltracchi se fazia passar pela avó, posando junto aos quadros falsificados. Beltracchi confirma ter pintado mais de 300 obras, muitas das quais estão ainda por encontrar e identificar como sendo falsas. Muitas estarão pendurados nas paredes dos maiores museus do mundo. Para Beltracchi, não era apenas possível tal fraude. Era fácil. No documentário, há mesmo uma cena em que Beltracchi pinta uma tela e atira: “acho que consigo pintar qualquer coisa”. O interlocutor avança:
- “Vermmer?”
“Sim, esse também”.
- “Rembrandt?”
“Qualquer um dele”.
- “Leonardo?” [Da Vinci]
“Claro. Ele não é difícil. De todo”.
No filme, Beltracchi é apresentado com uma rock-star. O falsificador dos falsificadores que acredita que as suas cópias são melhores que os originais. Numa entrevista recente à BBC, diz que a única coisa que fez de mal foi assinar com um nome que não era o seu. As pinturas, essas, não tinham nada de errado. Onde falhou o perfeccionista Beltracchi? Nenhum detalhe no estilo, nenhum desvio no traço, nenhum percalço nos temas. A viúva de Max Ernst chegou a descrever a floresta que o marido pintou num dos quadros como a mais bela de sempre. Mas tinha sido Beltracchi a pintá-la.
O que o denunciou? Tinta. Uma análise química ao quadro Rotes Bild mit Pferden, de Heinrich Campendonk, datado de 1914, revelou que Beltracchi utilizou um pigmento – branco titânio – que não existia à data que os quadros teriam sido pintados. Foi condenado a seis anos de prisão. A mulher, Helen, a quatro.
Na prisão, Beltracchi pintou retratos de outros presos. Foi libertado em Janeiro de 2015 e acaba de inaugurar a primeira exposição em nome próprio em Munique, na galeria Art room9. No texto de apresentação da exposição, intitulada Liberdade, a galeria escreve que Beltracchi pinta agora “livre das antigas restrições" de ter que manter a similitude das obras dos grandes pintores. A exposição inclui 24 obras e ainda não tinha inaugurado e já a galeria recebia telefonemas de todo o mundo com propostas de compra. A obra mais cara custa perto de 80 mil euros. Agora, o mundo já sabe quem é Wolfgang Beltracchi.

sábado, 16 de maio de 2015

Exposição na PROEX traz fotos de Garis trabalhando no seu dia a dia.

 
 
O Dia do Gari é comemorado dia 16 de maio e a Galeria da PROEX comemora este dia com uma exposição de 20 fotos em preto e branco que mostram garis entrevistados pelo fotógrafo Fayson Rodrigo Merege Barbosa durante um projeto que durou quatro anos e rendeu mais de 2 mil imagens.
 
 
Barbosa conta que começou a puxar conversa com os garis que encontrava pela cidade, há cerca de quatro anos. No começo, os varredores e coletores ficaram resistentes. O fotógrafo conta que ficou dois anos apenas conversando com os garis e, só depois disso, começou a fotografar a rotina dos profissionais.
O fotógrafo acredita que a desconfiança inicial se justifica pelo fato de a maioria dos garis passar despercebida na rotina de trabalho. “Muitos não dizem nem um bom dia para eles”.
A exposição na Proex foi bancada por alguns parceiros e especialmente pelo fotógrafo, que é formado em Educação Física e se especializou em Educação. A intenção, segundo ele, é escrever um livro com imagens e relatos da troca de experiências entre os Garis.
O serviço de limpeza pública em Ponta Grossa é feito por uma empresa contratada pelo município. Segundo a empresa, a cidade tem hoje cerca de 130 garis, que trabalham em escalas de sete a oito horas diárias.

A exposição fica até 15 de junho na Galeria da Proex
 Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Praça Marechal Floriano Peixoto, 129
De segunda a sexta. A entrada é gratuita.
 
 
 



 

 

 

 

 

terça-feira, 12 de maio de 2015

Les Femmes d'Alger de Picasso é a obra mais cara do Mundo.

Um Picasso é a obra de arte mais cara do mundo vendida em leilão


Pablo Picasso destrona Bacon e Munch com a venda em leilão da obra Les Femmes d'Alger .
Escultura de Giacometti também bate recorde e torna-se a mais valiosa de sempre no mercado leiloeiro.


 
 
Já era apresentado como o leilão do século e os números não desiludiram – há um novo recorde mundial, que põe Pablo Picasso no cimo de um pódio de luxo completado por Francis Bacon e Edvard Munch. Les Femmes d'Alger (version O), de 1955, tornou-se a pintura mais cara de sempre vendida em leilão, recorde batido pela Christie’s de Nova Iorque na segunda-feira à noite - 159,3 milhões de euros. L'homme au doigt , de Alberto Giacometti, tornou-se também a mais valiosa escultura alguma vez leiloada e a terceira obra de arte mais cara de sempre no mercado leiloeiro.
As expectativas criadas em torno do leilão que levou à praça 35 lotes “dignos dos melhores museus”, como escrevia segunda-feira a agência de notícias AFP, foram assim cumpridas. Looking Forward to the Past, organizado por Loic Gouzer, juntou Picasso e Warhol, Basquiat e Monet, Rothko e Magritte. Estimava-se que as peças, da escultura à pintura e criadas entre 1902 e 2011, pudessem, se vendidas na totalidade, atingir a marca global de 885,7 milhões de euros – uma quantia nunca vista numa só venda segundo a Artprice, a empresa de referência no que toca à informação e estatística sobre o mercado das artes. O balanço final: 626 milhões de euros no total do leilão, ficando apenas um lote por vender.
O ambiente na sala da Christie’s de Nova Iorque, em Manhattan, condizia com o grau de expectativa e com a importância do momento. Houve gritos, houve quem arquejasse e a agitação tomou conta da sala quando o Picasso que representa um harém foi arrematado em apenas 11 minutos por um valor nunca atingido por uma pintura em leilão. Cinco clientes digladiaram-se por Les Femmes d'Alger (version O) assim que ela atingiu os 106 milhões de euros (a base de licitação era de 89 milhões). Estavam a licitar por telefone, relata o diário americano  New York Times, “por vezes em licitações agonizantemente lentas de um milhão de cada vez”.
Ainda assim, a estimativa da leiloeira (124 milhões de euros) foi batida e um comprador cujo nome não é conhecido, mas que era representado na sessão por Brett Gorvy, o director internacional da Christie’s para a arte contemporânea, ficou finalmente com a preciosa pintura de 1,14X1,46 metros. Uma das últimas obras de Picasso na posse de coleccionadores privados, diz a leiloeira, e que fora pela última vez à praça em 1997, altura em que a pintura dos coleccionadores Victor e Sally Ganz foi vendida por uns bem mais modestos 28,4 milhões de euros. “É um preço para algo único. Não se pode substituir uma pintura como esta”, comentou o negociante de arte Thomas Bompard ao diário americano. 
Parte de uma série de 15 obras (identificadas pelas letras de A a O pelo então septuagenário Picasso e executadas em 1954 e 55) cubistas de cores vibrantes, “é uma pintura absolutamente blockbuster – é uma das pinturas mais excitantes que vimos no mercado nos últimos dez anos”, disse à BBC o fundador e presidente da consultora e investidora de arte Fine Art Fund Group, Philip Hoffman. Para trás fica a marca atingida por Bacon com o seu tríptico Três Estudos de Lucian Freud, que por seu turno batera a quarta versão de O Grito, de Edvard Munch. Três Estudos de Lucian Freud é agora a segunda obra de arte mais valiosa em venda em leilão, seguida pela escultura de Giacometti e depois pelo emblemático Munch. O top 5 é rematado por Nu au plateau de sculpteur, de Pablo Picasso.
A Christie’s bateu o seu próprio recorde: foi a mesma leiloeira que, em Novembro de 2013, vendeu o tríptico de Bacon que representava o seu amigo e pintor Lucien Freud por 106 milhões de euros (o Munch tinha sido vendido em 2012 por 89 milhões de euros). E vendeu ainda muito mais obras neste grande leilão que abarcava impressionismo, arte moderna ou contemporânea, como L'homme au doigt (1947-51) do suíço Alberto Giacometti, uma delicada escultura em bronze de 1,77m da qual só existem seis no mundo, que foi comprada por 112 milhões de euros, falhando por pouco a estimativa de preço máximo da leiloeira e sendo disputada apenas por dois licitadores, escreve o New York Times.
O peso dos museus
Picasso e Giacometti estavam já no topo de todas as listas relacionadas com esta venda. Além de terem importantes obras representadas no leilão, eram os primeiros autores de trabalhos com estimativas de venda acima dos 106 milhões de euros a ir à praça em simultâneo. E do pintor espanhol houve ainda Buste de Femme (Femme à la Résille) (1938), que superou as expectativas e se vendeu por 59,8 milhões.
Além das superestrelas, outras ascenderam a novos valores: Le Couple (L’Accolade) (1924) de Max Ernst rendeu 8 milhões de euros, Bluewald (1989) de Cady Noland bateu um recorde para a artista atingindo os 8,6 milhões, Nº 36 (Black Stripe) de Mark Rothko saiu por 35,5 milhões.

HISTÓRIA DO DIA DAS MÃES

Fundadora do Dia das Mães lutou para abolir a data, após perceber que utilizavam-na apenas para ganhar dinheiro     
 
Anos depois de fundar o dia das mães, Anna Jarvis estava jantando no Salão de Chá da loja de departamentos Wanamaker, na Filadélfia, EUA.
Ela viu no cardápio que eles estavam oferecendo uma "salada de Dia das Mães". Ao pedir a salada e ser servida, ela levantou-se, despejou o prato no chão, deixou o dinheiro para pagar por ele na mesa e saiu revoltada. Jarvis percebeu que havia perdido o controle do feriado que ela ajudou a criar e foi esmagada por sua crença de que o mercantilismo estava destruindo o Dia das Mães.
Durante a Guerra Civil, a mãe de Anna, Ann Jarvis, cuidou de feridos em ambos os lados do conflito. Ela também tentou orquestrar a paz entre a União e as mães de confederados, através da formação de um Dia da Amizade das Mães. Quando Ann faleceu, em 1905, sua filha ficou devastada. Ela iria ler os cartões recheados de simpatia e letras de paz repetidas, tendo o tempo para sublinhar todas as palavras importantes. Anna, então, encontrou uma saída para homenagear sua mãe, trabalhando para promover um dia que iria honrar todas as mães.
Em 10 de maio de 1908, os eventos do Dia das Mães foram realizadas na igreja onde sua mãe foi professora, na Escola Dominical de Grafton, West Virginia, e no auditório da loja de departamento do Wanamaker, na Filadélfia. Anna não compareceu ao evento em Grafton, mas enviou 500 cravos brancos, flor favorita de sua mãe. Os cravos eram para ser usados por filhos e filhas em honra de suas próprias mães.
O Dia das Mães rapidamente ganhou tradição, por conta do zelo presente na carta de Ann e campanhas promocionais em todo o país e ao redor do mundo. Ela ganhou o apoio de muitos abastados, como John Wanamaker e HJ Heinz, e Anna passou a dedicar-se em tempo integral para a promoção do Dia.
Em 1909, vários senadores zombaram da ideia de feriado para o Dia das Mães. O senador Henry Moore Teller, descreveu a resolução como "pueril", "absolutamente absurda" e "insignificante". O senador Jacob Gallinger julgou a própria ideia de Dia das Mães como um insulto, alegando que a memória de sua falecida mãe "só poderia ser lembrada por alguma demonstração externa no domingo, 10 de maio"
Isso não impediu Anna Jarvis. Ela contou com a ajuda de organizações como a World’s Sunday School Association e o feriado passou pelo Congresso com pouca oposição, em 1914.
A indústria de flores, de forma oportuna, apoiou o movimento Dia das Mães de Jarvis. Ela aceitou suas doações e falou em suas convenções. Com a data, o uso de cravos tornou-se um item essencial. Floriculturas em todo o país esgotavam rapidamente os cravos brancos nas datas comemorativas das mães. A indústria, mais tarde, veio com uma ideia para diversificar as vendas através da promoção da prática de usar as flores vermelhas brilhantes em honra de mães residentes, e flores brancas para mães falecidas.
Muita propaganda
Anna logo chateou-se com os interesses comerciais associados ao dia. Ela queria que o Dia das Mães "fosse um dia de sentimento, não de lucro". Por volta de 1920, ela pediu que as pessoas parassem de comprar flores e outros presentes para suas mães, e ela se virou contra seus antigos apoiantes comerciais. Ela referiu-se aos floristas, fabricantes de cartões de saudação e indústria de doces, como "charlatões, bandidos, piratas, ladrões, sequestradores e cupins que colocariam suas ganâncias em um dos melhores, mais nobres e mais verdadeiros movimentos e comemorações já criados".
 
Ela tentou lutar contra a indústria floral, ameaçando abrir processos quando a marca do cravo junto com as palavras "Dia das Mães" fossem relacionadas. Em resposta a suas ameaças legais, uma associação florista ofereceu-lhe uma comissão sobre as vendas de cravos do dia das mães, mas isso só a enfureceu ainda mais.
As tentativas de Jarvis para acabar com promoção do Dia das Mães dos floristas com cravos pareciam não ter fim. Em 1934, o Serviço Postal dos Estados Unidos emitiu um selo em homenagem ao Dia das Mães. Eles usaram uma pintura coloquialmente conhecida como ‘Mãe de Whistler’ para a imagem, criada pelo artista James Whistler. Anna ficou desolada ao ver o selo, pois acreditava que a adição do vaso de cravos era uma propaganda para a indústria floral.
Para Anna, o presente que ela queria popularizar no Dia das Mães seria uma visita domiciliar ou uma longa carta para as mães. Ela não podia suportar aqueles que vendiam produtos e cartões: "Cartões piegas impressos ou telegramas prontos não significam nada, exceto que você esteja com preguiça de escrever para a mulher que fez mais por você do que qualquer outra pessoa no mundo".
Jarvis lutou contra instituições de caridade que utilizaram o Dia das Mães para angariação de fundos. Ela chegou a ser arrastada para fora pela polícia, gritando, em uma reunião das mães de guerra americanas, sendo presa por perturbar a paz em suas tentativas de colocar fim à venda de cravos. Ela chegou a escrever para o presidente Eleanor Roosevelt, pedindo a utilização do Dia das Mães para o levantamento de fundos para instituições de caridade que trabalhavam para combater as altas taxas de mortalidade materna e infantil, sendo o mesmo tipo de trabalho que a mãe de Anna fez durante a sua vida.
Em uma de suas últimas aparições em público, Anna foi vista indo de porta em porta, na Filadélfia, pedindo assinaturas em uma petição contra o Dia das Mães. Em seus anos de crepúsculo, ela tornou-se reclusa. Jarvis passou seus últimos anos afundada em dívidas, internada em um asilo para doentes mentais, na Pensilvânia. Ela morreu em 24 de novembro de 1948. Anna Jarvis nunca soube que seu tempo no asilo foi parcialmente pago por um grupo de floristas, gratos por seu projeto de lei.
 
Fonte: MentalFloss Foto: Reprodução