quinta-feira, 17 de abril de 2014

Como se descobre uma pintura falsa?

Compartilhado da Revista Superinteressante

por Daniel Schneider
Quando a falsificação é grosseira, os especialistas utilizam um aparelhinho barato e eficiente: o olhômetro. Mas fraudes mais sofisticadas só são oficialmente desmascaradas após minuciosas avaliações e exames multidisciplinares.

Fazer a verdade vir à tona tem seu preço. Mais exatamente, R$ 16 mil, valor cobrado pelo Laboratório de Ciência da Conservação (Lacicor), da Faculdade de Belas Artes da UFMG, a única instituição brasileira cujos exames valem como evidência indiscutível na Justiça. Obrigatoriamente, participam de cada análise do Lacicor 4 cientistas: um historiador da arte, que analisa os traços de estilo do autor à procura de distorções; um conservador, que analisa o estado físico da obra e suas possíveis restaurações; um grafodocumentoscopista, que faz a perícia da assinatura do autor; e um químico, que faz análises da composição dos materiais presentes na tela. Cada exame e seus comentários são reunidos em laudos que costumam ter em torno de 100 páginas.

Desde a inauguração, em 1995, o laboratório já analisou 200 pinturas — 90% falsas. Para o professor Luiz Souza, coordenador do laboratório, existe risco de uma fraude passar pelos testes sem ser denunciada. “Não quer dizer que ela ‘tenha enganado a todos’. É que às vezes não dá para ter certeza da falsificação”, diz.

Teste de fidelidade

Conheça os exames que podem garantir a autenticidade de uma pintura ou esmascarar uma fraude

O suspeito

O Lacicor investigou um quadro atribuído a Diego Velásquez (1599-1660), mas aparentemente uma imitação de The Woodsman, de Thomas Gainsborough (1727-1788).

Assinatura
O exame completo também analisa a assinatura do quadro, para verificar se ela se assemelha a outros exemplos conhecidos.


Infravermelho
Esses exames rendem gráficos que em conjunto são uma espécie de “impressão digital” do quadro, que são comparados com outros do mesmo autor e do mesmo período.


Análise química
Feita com amostras da obra, permite identificar sua idade e as substâncias utilizadas pelo autor.


Luz rasante

Um foco de luz paralelo à superfície da pintura permite analisar detalhes do relevo das pinceladas.


Luz ultravioleta
A fluorescência da “luz negra” não serve só para desvendar o Código Da Vinci. Ela também realça restaurações, danos e outros detalhes invisíveis a olho nu.


Raio X
Ele permite enxergar através das camadas de tinta. É possível detectar o método utilizado para pregar a moldura e até pinturas distintas abaixo da superfície

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Warburg - Banco comparativo de Imagens

Compartilhado de http://www.unicamp.br/chaa/warburg.php

banco de imagens do Centro de História da Arte e Arqueologia

Warburg - Banco comparativo de Imagens do CHAA

banco de imagens do Centro de História da Arte e Arqueologia

Warburg – banco comparativo de imagens” é um instrumento de busca destinado a associar relações entre formas que se repetem de uma imagem à outra, sem hierarquia nem temporal, nem de natureza. Esse procedimento pressupõe um modelo – ou fórmula – gerais, ou abstratos, que preside à tais relações e nos quais as imagens afins se encontram. Seja a expressividade corporal, seja a organização visível do espaço ou da superfície, seja a ordem cromática encontrada, as associações são escolhidas de modo a estabelecer esse encontro das obras entre si.

Sobre a busca: ao acessar o site, o campo de busca de imagens irá aparecer. Neste campo basta inserir as informações desejadas. Trata-se de uma pesquisa geral do Warburg, ou seja, qualquer informação de uma obra é passível de pesquisa. Desta forma, nome do artista, título da obra, instituição etc. são opções. Para cada imagem do banco há um número de palavras-chave que podem ser pesquisadas também neste campo. Ao inserir palavras como, cabelos, seios ou qualquer outro elemento de uma imagem, o campo exibirá resultados. Para outras informações sobre a busca, clique aqui.
Acessar o site

domingo, 13 de abril de 2014

Uiara Bartira, a inquieta

André Rodrigues/Gazeta do Povo / Uiara Bartira em frente a uma das pinturas de Ecce Mondo, que estará em cartaz no Solar do Rosário: “detesto posar, não sou fotogênica”Uiara Bartira em frente a uma das pinturas de Ecce Mondo, que estará em cartaz no Solar do Rosário: “detesto posar, não sou fotogênica”
A artista plástica inaugura hoje, no Solar do Rosário, mostra com 20 obras recentes e lança o livro Ecce Mondo, que retrata seu envolvimento com a pintura
Compartilhado do caderno G da Gazeta do Povo / Publicado em 13/04/2014 | 

Já formada pela Escola de Belas Artes do Paraná e chegando na casa dos 30 anos, a artista plástica Uiara Bartira se viu em meio a uma crise: seguiria ou não o caminho das artes? Um dia, choramingando ao telefone com a mãe, Cléo, sobre a situação, ouviu dela a frase que tomou como mantra para toda a vida: “minha filha, pare de chorar. Coloque este choro na sua obra, porque o artista não é aquele que quer ser, é aquele que é.” Uiara nunca mais esqueceu as palavras, e lá se vão mais de 30 anos de arte.
A artista, que vem emendando um projeto no outro, lança hoje, às 11 horas, no Solar do Rosário, uma nova exposição e livro, Ecce Mondo, apenas seis meses depois de abrir uma grande retrospectiva no Museu de Arte Contemporânea (MAC).
Exposição
Ecce Mondo
Solar do Rosário (R. Duque de Caxias, 4 – Largo da Ordem), (41) 3225-6232. Exposição com 20 obras de Uiara Bartira, mais lançamento de livro homônimo. Inauguração hoje, às 11 horas. A mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10 horas às 19h30. Sábados e domingos, das 10 às 13 horas. Entrada franca. O livro Ecce Mondo terá distribuição gratuita em escolas da rede pública municipal, e estará à venda a R$ 50 na livraria do Solar do Rosário e na Livraria da Vila, no Shopping Pátio Batel
“Sempre trabalhei muito, às vezes fico pensando que não tenho muito tempo para outras coisas. Mas foi a arte que me escolheu, não fui eu quem a escolhi, não. Tenho certeza disso.”
Uiara Bartira, artista plástica.
Na nova mostra, estão reunidas cerca de 20 obras realizadas de 2010 para cá, todas elas pinturas e desenhos, o que foge da área que consagrou Uiara, a gravura. Seu nome na técnica é tão representativo que foi ela a organizadora do Museu da Gravura de Curitiba. No novo livro, além das imagens dos trabalhos, há ainda um texto da artista refletindo sobre a cor, o movimento e as formas na pintura.
“Todo o artista ama a pintura. A gravura, a escultura, são técnicas que sempre tiveram um dono, alguém a criou. Já a pintura não, então é um desafio para criar, é algo de paixão mesmo”, teorizou a artista enquanto posava para as fotografias da reportagem, em frente de uma enorme tela que integra a mostra. “Eu detesto fotos! Quando era moça já detestava, imagina agora.”
Uiara, que começou sua carreira na década de 1980, explica que sua relação com a pintura se dá principalmente por meio do estudo da cor, e de como ela evolui. “Para mim, foi um desafio”, conta a artista. Além da tela de grande dimensão, também há desenhos de figuras, mas não representativas. “É algo meio surrealista, mas não vou definir, porque não sei direito ainda. Mas trabalhei a vida toda para isso, para que as imagens não sejam apenas uma representação. Com a invenção da fotografia, a pintura ganhou liberdade, e a arte virtual hoje também cria outra situação para a pintura.”
“Workaholic”
Uiara é o tipo de pessoa que não para: quando não está criando obras novas em seu ateliê montado na casa da filha (onde ela acaba trabalhando junto com os netos, que pegaram gosto pela área), está organizando novos projetos ou estudando. Acabou de concluir uma especialização em Fotografia, na Universidade Tuiuti e, no ano passado, ficou meses envolvida na abertura da mostra Conciliar, em outubro, no Museu de Arte Contemporânea, que também teve catálogo homônimo.
Para reunir as 180 obras da exposição (que continua em cartaz no MAC até o final desse mês), ela precisou rever boa parte de seu acervo, o que gerou uma compilação inédita, mas também uma baita alergia. “Fui mexer em coisas de 15 anos atrás sem luva, nem máscara. Peguei uma bactéria e fiquei muito mal.”
Um mês depois, ela doou 41 obras, entre xilogravuras (madeira) e gravuras em metal para a Pinacoteca de São Paulo. Os trabalhos foram escolhidos pelo diretor do espaço, Ivo Mesquita, e pelo curador de gravuras, Carlos Martins. A negociação, que levou cerca de um ano, aumentou o número de espaços que têm no acervo obras da artista, como o Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e o Oscar Niemeyer. “Eu sempre trabalhei muito. Às vezes fico pensando: eu só trabalhei! Não tenho muito tempo para outras coisas”, diz a artista, que desde criança se envolveu com a arte, um “olhar mais interno”, como prefere dizer.
Estudou piano por oito anos, o que, segundo ela, lhe deu uma noção enorme de espacialidade, além da disciplina. No colégio interno, as freiras pediam para as alunas desenharem partituras musicais com nanquim. “Não tinha educação artística nessa época, mas tive esse privilégio de sempre ter arte na escola.”
Em casa, a atmosfera era a mesma: uma tia musicista vivia com a família, e ela lembra como o lar se transformava em uma grande oficina, com lantejoula para todos os lados, quando bordavam máscaras para o Carnaval. “Sempre fui incentivada, não podia dar em outra coisa. Mas foi a arte que me escolheu, e não eu. Tenho certeza.”

A mulher que viveu para contar

Reprodução / A “Polaca” e a tela pintada em 1935: quadro original foi destruído e um novo feito de memória. Ela trajava vermelho quando modelo e pintor se conheceramA “Polaca” e a tela pintada em 1935: quadro original foi destruído e um novo feito de memória. Ela trajava vermelho quando modelo e pintor se conhecera
Documentário A Polaca, de Fernando Severo, recupera a história de Hedwiges Mizerkowski, 104 anos. Na juventude, Iadja foi modelo de uma das telas mais importantes do pintor Guido Viaro. Apaixonados, separaram-se por “razões sobrenaturais”
Compartilhado Caderno G Gazeta do Povo / Publicado em 17/10/2013 | 
Uma visita ao Museu Oscar Niemeyer, o MON, em 2007, alterou em definitivo a rotina da aposentada da Rede Ferroviária Federal Hedwiges Mizerkowski, então com 98 anos. Moradora anônima do bairro Rebouças, fora até lá conferir uma retrospectiva do pintor italiano Guido Viaro, radicado em Curitiba no final da década de 1920. Mais do que isso – queria tirar uma cisma. Interessava-lhe ver as telas do nome mais importante do modernismo paranaense, mas buscava uma obra em particular – A Polaca, datada de 1935.
Diante da pintura, não teve dúvidas: a figura retratada – uma moça bela, de cabelos muito loiros, olhos azuis cristalinos e nariz aristocrático – era de fato ela, Hedwiges. Nunca tinha visto a pintura. Nem sequer sabia de sua existência, mas lembrava, com todas as tintas, das semanas em que posara para Viaro num pequeno sótão do Centro de Curitiba e do flerte que viveram.
Reprodução
Reprodução / Hedwiges na festa de 102 anos – registrada pelas filmagensAmpliar imagem
Hedwiges na festa de 102 anos – registrada pelas filmagens
Cinema
Confira informações deste e de outros filmes noGuia JL.
Tinham se passado mais de 60 anos desde aqueles dias, e não poucos duvidaram de que fosse possível saber de quem se tratava a guria. Difícil que estivesse viva. Mas os olhos azuis de Hedwiges não deixam mentir. Não demorou muito para que a história algo surreal chegasse aos ouvidos dos herdeiros de Viaro, aos pesquisadores de arte, à imprensa e ao cineasta Fernando Severo, que contou a história no documentário A Polaca, em cartaz no Cine Guarani desde a última sexta-feira (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).
A origem
“Por que você não faz um filme sobre ela?”, provocou a crítica de arte Maria José Justino, autoridade na obra de Viaro, e na tela A Polaca em particular. O quadro pertence ao acervo do Museu Guido Viaro. Fernando – que já tinha se aventurado pelo gênero documentário no premiado O Mundo Perdido de Kozák (1988), sobre o fotógrafo e indigenista checo Vladimir Kozák – tinha faro o bastante para saber do potencial da trama. E experiência de sobra para nutrir dúvidas. Hedwiges era uma iniciante – arrisca a mais tardia do mundo. Temia que uma mulher centenária não se desse bem com as câmeras, quanto mais para expor um segredo guardado desde os tempos em que Getúlio Vargas ainda era um jovem caudilho. Enganou-se.
“A expressão dramática me impressionou. Ela não tem constrangimento. Tem comportamento de estrela”, comenta o cineasta, sobre o desempenho de Hedwiges, com folga o maior trunfo do documentário de 70 minutos. A “amada imortal” de Guido Viaro encanta a plateia a cada sequência, em especial aquela em que fala com um retrato do pintor. Aplausos, igualmente, para o momento em que faz uma revelação sobre o homem com o qual se casou, anos depois. E para a cena final, cujo teor merece ser guardado. “Ela é abusada”, brinca Severo.
A tarefa do cineasta é o que se chama de falsamente fácil. A maioria das filmagens foram feitas quando a agora sua modelo tinha 102 anos e alguns sinais de surdez. Além de dar conta de uma atriz com um século de serviços prestados à vida discreta, tinha de traduzir a figura de Guido Viaro, um gigante das artes, mas que está longe de ser popular junto ao grande público.
O recurso encontrado pelo diretor serviu como luva: ele ladeia cada passo da cronologia do pintor italiano com os da curitibana de origem polonesa, até chegar ao breve momento em que se encontram, apaixonam-se e vão cada um para um lado, no melhor estilo “amor impossível” – um Titanic da Rua Brasílio Itiberê. O resto é quase uma eternidade. Hedwiges e Guido nunca mais se encontraram na cidade que é descrita como um ovo.
Juras
Hedwiges, ainda que apaixonada, teria rejeitado as juras de Viaro, que se casou com Yolanda Stroppa, musa de inúmeras outras pinturas. Constantino – filho único de Guido e Yolanda – desconhecia que o pai vivera um romance antes da mãe. A revelação ainda lhe soa estranha, mas não teve como não se render. O Guido Viaro que emerge da fala de Hedwiges soma algo de novo à biografia.
O pintor era um mito a anos-luz da figura de um forasteiro que arrasta asas para uma polaquinha. Viaro paira no imaginário paranaense como um sujeito de gestos largos, iluminado, viril, além de um braçal admirável. Como viveu numa Curitiba de paladar acanhado para a boa pintura, virava-se nos 30, acabando-se em aulas na Escola de Belas Artes, no Centro Juvenil de Artes Plásticas e em colégios que o chamassem. Tinha contas a pagar nas mercearias da Sete de Setembro. Difícil imaginá-lo na página de um romance – ao menos que fosse um folhetim de anarquistas. Na fala de Hedwiges, contudo, Guido é um sujeito humano, demasiadamente humano, que chora e implora que não o deixe.
A trama
Depois de se identificar na pintura A Polaca, exposta no MON, Hedwiges teve um sonho, no qual se reencontrava com Guido Viaro. Despertou apaixonada por ele, o que na sua lógica nada tem de absurdo. É espiritualista – um espírito evoluído dentro do kardecismo. Na mocidade, dispensara o pintor guiada por entes sobrenaturais. Na velhice, os mesmos seres lhe informaram de um reencontro marcado, muito além do jardim. Pode-se não crer. Difícil não se emocionar.
Essa poética de reencarnação garante cada minuto de A Polaca. Ninguém passa impune pela mulher, hoje com 104 anos, que qual adolescente deseja um amor que já se foi. Guido morreu em 1971. As descrições que faz de seu flerte com o artista, na década de 1930, são de um frescor tamanho que fazem dos mexericos das redes sociais um romance decadente.
Tudo se deu num salão dançante de alguma sociedade polonesa da época. Ela, Hedwiges, era talhada para a dança; ele, Viaro, viu-se às turras com a cera de vela espalhada pelo salão, de modo a garantir que os casais deslizassem. Riram juntos da falta de jeito dele. Bastou.
Depois de se declarar à pretendente, o italiano perde a ternura. Hedwiges recusa se casar. Ele teria rasgado o quadro – intitulado Conjectura e do qual não há registro. A Polaca fora pintada de memória, tempos depois, reforçando o ethos próprio de Viaro: a modelo não está ali para ser copiada, mas servir de base para a invenção. Que dirá essa invenção, apontada como um dos retratos mais importantes do modernismo brasileiro por outra crítica de arte – Adalice Araújo.
Em tempo. As passagens do documentário em que Maria José Justino – e ex-alunos de Viaro, como Teca Sandrini, Fernando Bini e Jair Mendes – dissecam a tela A Polaca são tão boas quanto o amor de naftalina narrado por Hedwiges. Os convidados de Severo operam uma verdadeira anatomia, juntando os fragmentos do discurso amoroso contidos em cada pincelada da tela.
Hedwiges, concluem, é a moça do quadro. Só um apaixonado a retrataria daquela forma. O que era um segredo da mulher tão velha, que até parece mentira, se torna um testamento. Depois dessa, Severo passou até a acreditar mais em destino. E que ele faz parte de um

quinta-feira, 10 de abril de 2014

CREArte promove evento na Semana Nacional do Livro Infanto e Juvenil.


CREArte promove:


Semana Nacional do Livro Infantil e juvenil 


Dia 15 de abril vindouro, no Espaço Cultural..



Contações de histórias às 09 horas e 14 horas.


convidados alunos da Escola Municipal Orival e

 Escola Municipal Djalma de Almeida Cesar 


Participação de NA CIA DAS HISTÓRIAS, com Alfredo Mourão



Semana Nacional do Livro Infantil e Juvenil, de 14 a 17 de abril.


Rua Ricardo Wagner 105 Olarias.Aberto ao público entrada gratuita.


Prêmio Paraná de Literatura 2014


Inscrições abertas para o Prêmio Paraná de Literatura 2014

Em sua terceira edição, o concurso da BPP vai selecionar livros inéditos de autores de todo o País nas categorias Romance, Contos e Poesia

logo do prêmio A Biblioteca Pública do Paraná (BPP) lança nesta segunda-feira (07/04) o Prêmio Paraná de Literatura 2014. Como nas edições anteriores, realizadas em 2012 e 2013, o concurso da Secretaria da Cultura do Paraná vai selecionar livros inéditos em três categorias que homenageiam escritores importantes da literatura paranaense: Romance (prêmio Manoel Carlos Karam), Contos (prêmio Newton Sampaio) e Poesia (prêmio Helena Kolody). No ano passado, mais de 800 obras foram inscritas por autores de todo o Brasil.

O vencedor de cada categoria receberá R$ 40 mil e terá sua obra publicada pela BPP, com tiragem de mil exemplares. Os premiados também receberão 100 cópias de seus livros e poderão, mais tarde, reeditar os trabalhos por outras editoras. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até o dia 30 de junho (o edital com as regras e instruções está disponível no site www.bpp.pr.gov.br). As obras concorrentes serão avaliadas por uma comissão julgadora formada por um presidente e nove membros (três em cada categoria). O resultado será divulgado na primeira quinzena de dezembro.

Em 2013, os vencedores foram Jaci Palma (Meu primeiro morto, romance), Caetano Galindo (Ensaio sobre o entendimento humano, contos) e Adriane Garcia (Fábulas para adulto perder o sono, poesia). Os livros foram lançados e distribuídos pelo selo Biblioteca Paraná, que também edita autores paranaenses e resgata títulos relevantes que estejam esgotados ou fora de catálogo. No momento, os três autores negociam a reedição de suas obras por editoras comerciais.

“Após duas edições muito bem sucedidas, o Prêmio Paraná de Literatura se consolidou como uma das principais premiações do Brasil. Tenho certeza de que este ótimo início é fundamental para a permanência do concurso no calendário da literatura brasileira. Leitores e escritores só têm a ganhar com o fortalecimento dos prêmios em todo o País”, afirma Rogério Pereira, diretor da BPP e presidente do júri.

O edital do concurso pode ser visto aqui.
A ficha de inscrição está disponível aqui.

VENCEDORES 2013

Meu primeiro morto, de Jaci Palma (romance)
Ensaio sobre o entendimento humano, de Caetano Galindo (contos)
Fábulas para adulto perder o sono, de Adriane Garcia (poesia)

VENCEDORES 2012
Sergio Y vai à América, de Alexandre Vidal (romance)
Papis et Circensis, de José Roberto Torero (contos)
As maçãs de antes, de Lila Maia (poesia)
Fonte: BPP
Mais informações aqui:
http://www.bpp.pr.gov.br/arquivos/File/edital_premio2014.pdf
http://www.bpp.pr.gov.br/arquivos/File/ficha_premio_lit_2014.pdf

terça-feira, 1 de abril de 2014

Mostra Hayao Miyazaki – Sesc Ipiranga


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Hayao Miyazaki, um dos diretores de animação mais famosos do mundo, ganha mostra com retrospectiva de seus trabalhos no Sesc Ipiranga.
A Mostra, que será gratuita, vai ser exibida de 06 de Abril à 11 de Maio no auditório do Sesc Ipiranga em São Paulo. Para retirada dos ingressos os organizadores pedem que os interessados cheguem com uma hora de antecedência. O auditório do Sesc possui apenas 30 lugares, fica na Rua Bom Pastor, 822 e o telefone é (11) 3340 200.
Confira a programação:
Domingo, 6 de abril || 17h – Nausicaä do Vale do Vento (1984)
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Ano de produção: 1984. Direção: Hayao Miyazaki. Duração: 116 minutos. Animação. Após a destruição da maior parte da Terra pelo homem em um episódio conhecido como “Sete Dias de Fogo”, os sobreviventes vivem em pequenas comunidades espalhadas pelo globo. Uma dessas comunidades é o Vale do Vento, onde a princesa Nausicaa está estudando a Floresta Tóxica, dominada por insetos gigantes e plantas tóxicas, que vem tomando conta das últimas cidades que restam.
Domingo, 13 de abril || 17 – Laputa: O Castelo No Céu (1986)
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Ano de produção: 1986. Direção: Hayao Miyazaki. Duração: 124 minutos. Animação. Sheeta cai repentinamente do céu literalmente para os braços de Pazu, que vive e trabalha numa pequena cidade nas montanhas. Este encontro leva ambos a uma série de aventuras provocadas pela perseguição a Sheeta, devido a uma pedra misteriosa que ela carrega e ambos saem numa busca pela identidade dela e pelo lendário castelo do céu, Laputa. 
Domingo, 20 de abril || 17h – Meu Vizinho Totoro (1988)
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Ano de produção: 1988. Direção: Hayao Miyazaki. Duração: 86 minutos. Animação. Mei é uma jovem que encontra uma pequena passagem em seu quintal, que a leva à um lendário espírito da floresta conhecido como Totoro. Sua mãe está no hospital, e seu pai divide o tempo entre dar aulas na faculdade e cuidar de sua mulher doente. Quando Mei tenta visitar a mãe por conta própria, se perde na floresta e só Totoro pode ajudá-la a achar o caminho de volta para casa.
Domingo, 27 de abril || 17h – Princesa Mononoke (1997)
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Ano de produção: 1997. Direção: Hayao Miyazaki. Duração: 134 minutos. Animação. Um príncipe é amaldiçoado após uma luta e irá morrer se não achar a cura. Para encontrá-la, ele decide viajar para longe e acaba entrando numa batalha entre os deuses animais da floresta, liderados por uma garota chamada San, e por habitantes de uma vila de mineradores, que estão aos poucos acabando com a floresta. 
Domingo, 4 de maio || 17h – O Castelo Animado (2004)
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Ano de produção: 2004. Direção: Hayao Miyazaki. Duração: 119 minutos. Animação. Graças a uma maldição, a jovem Sophie transforma-se numa velha senhora. Incapaz de continuar trabalhando na loja de chapéus de sua mãe, ela passa a morar no castelo do notável bruxo Howl e faz amizade com o demônio de fogo Calcifer, que está ligado a Howl por meio de um contrato. Adaptação do livro da escritora Diana Wynne Jones. 
Domingo, 11 de maio || 17h – Ponyo – Uma Amizade que veio do Mar (2008)
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Ano de produção: 2008. Direção: Hayao Miyazaki. Duração: 100 minutos. Animação. Ponyo é uma peixinha dourada que conhece o garoto Sosuke. Ele a leva para sua casa e decide cuidar dela. O amor e a amizade entre os dois é tão grande que Ponyo resolve se tornar humana só para ficar mais tempo ao lado de seu amigo.

Mora em São Paulo? Não perca essa chance de poder assistir alguns dos principais filmes do consagrado estúdio Ghibli!

Fonte: Sesc SP

Artista conclui projeto de vitrais no Pilarzinho

Ultima etapa (foto: Valquir Aureliano)
As peças ilustram passagens marcantes da vida de Jesus, capturadas do Evangelho de João. O projeto “Vitrais na Arte Contemporânea”, teve duração total de 4 anos e apresenta um foco cultural, pois resgata e divulga uma das mais importantes e tradicionais formas de arte desenvolvidas em Curitiba. Desde 1946, data da fundação do estúdio de vitrais Arte Decorativa, a capital paranaense é um centro de criação e desenvolvimento de obras em vitrais.

“A aprovação de projetos culturais pela Lei Rouanet, que envolvam restauro, execução e pesquisa de novas técnicas na confecção de vitrais, é de suma importância para o Brasil, que ainda não tem tradição nesta proposta artística. Os vitrais contemporâneos, de que trata este projeto em especial e que na verdade é a atualização de uma arte secular com uma nova linguagem plástica, já há muito vem sendo trabalhado por artistas europeus e americanos. Com o propósito inicial de preencherem os espaços deixados pelas destruições nos monumentos históricos provocadas pela Segunda Guerra Mundial, artistas contemporâneos, comprometidos com as novas correntes artísticas, produziram magníficas obras de arte como os 12 vitrais de Marc Chagall para a sinagoga Hadassah-Hebrew University Medical Center, de Israel.

O grande desenvolvimento na criação dos vitrais nos últimos anos tem produzido obras de grande importância para a arte contemporânea, tanto na Europa como nos Estados Unidos. A divulgação de trabalhos realizados por vitralistas brasileiros, como os de Loire Nissen, deve contribuir de maneira significativa para o surgimento de escolas especializadas que nos permita atingir o mesmo grau de excelência alcançado em outros países”.

Maria Cecília Araujo de Noronha é professora de História da Arte e Estética e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte.

Loire Nissen, graduada em Pintura e Licenciatura em Desenho pela Escola de Musica e Belas Artes do Paraná (EMBAP), com formação em vidraria na Alemanha, no atelier de Stefan Schmidtmann, curso de “fusing” vidro modelado, na cidade de Brugge. Também é formada na Escola VolkshochSchule, na cidade de Colonia, na técnica de “tiffany”. Recebeu o título de “Maesta Vetre”, com formação em vitral, “tifany” e “fusing” pelo Centro de Cultura Italiana de Curitiba/Pr

domingo, 30 de março de 2014

Transbienal


Compartilhado de http://www.select.art.br

Texto: Paula Alzugaray • 

31ª Bienal anuncia 30 projetos selecionados e aprofunda conceitos. Quatro palavras guiam o trabalho curatorial: coletividade, conflito, imaginação e transformação
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Foto da coletiva com a equipe curatorial da 31ª Bienal de São Paulo (foto: Paula Alzugaray)
Em coletiva de imprensa trilíngue (em inglês, português e espanhol), realizada hoje, a curadoria da 31ª Bienal apresentou os 30 primeiros projetos selecionados. Entre eles, figuram o coletivo Contrafilé e a artista Graziela Kunsch  (Ver lista aqui http://drive.google.com/file/d/0B2Zdx85KaWDoY2hKZkpuZ3FfRVE/edit?usp=sharing) . Ao todo, a Bienal deverá apresentar cerca de 75 projetos, que serão anunciados nos próximos meses.
Com coreógrafos, pedagogos, grupos teatrais, arquitetos e sociólogos entre os selecionados, esta se propõe em curadoria transdisciplinar, que se afirma pautada pela “ideia de trans” (transgressão, transcendência, transgênero, transexualidade, transformação, trânsito etc). A coreógrafa Lia Rodrigues, por exemplo, trabalhará em colaboração com Tunga.
Para apresentar os projetos e aprofundar os conceitos trabalhados, os sete integrantes da equipe curatorial sentaram-se diante de uma tela onde era projetada em loop uma sequência de imagens de múltiplas procedências, reunindo cenas das manifestações de rua de 2013, cenas ritualísticas, street dance, charges políticas contemporâneas, cartazes de rua.
“Um artista de rua faz mais que um Ministro da Cultura”, diz um dos cartazes projetados no fundo do palco.
Em uma dinâmica original, salientando o modo de trabalho coletivo escolhido pelo curador convidado Charles Esche, os sete integrantes falaram de aspectos diversos do projeto, interrompendo uns aos outros com perguntas.
“Selecionamos artistas que respondem a perguntas que nos fizemos”, disse Esche após Galit Eilat e Benjamin Seroussi terem iniciado o colóquio coletivo. As perguntas, segundo ele, podem ser sintetizadas em 4 palavras: coletividade, conflito, imaginação e transformação. Todas elas confluem na e para a obra do artista indiano convidado para realizar a imagem-símbolo do projeto, Prabhakar Pachpute.
Deslocamentos, movimento, viagens, migração é portanto um dos eixos fortes da curadoria. A ele, respondem os trabalhos de artistas como Armando Queiroz (Belém do Pará), Danika Dakié (Sarajevo), Edward Krasinski (Luck, Polonia), o coletivo Etcetera (Buenos Aires) e Juan Downey (Santiago, Chile), cuja poética se estrutura sobre viagens pela America Latina.
A pauta ‘situações de conflito’, que parece estar centralizada entre interesses da curadora venezuelana Nuria Enguita Mayo, está sendo desenvolvida, por exemplo, pelo artista basco Juan Pérez Agirregoikoa, que realizou três viagens pelo Brasil, acompanhado da equipe do Educativo. Seu projeto consiste em reencenar um filme de Pasolini em uma comunidade em conflito.
Do conflito, emergem subjetividades coletivas e imaginação. O roteiro conceitual da apresentação do projeto curatorial da 31ª Bienal levou Pablo Lafuente a afirmar que essa será uma Bienal “mística e política”, ao responder pergunta da curadoria associada Luiza Proença. “Acho que podemos arriscar falar em uma transbienal, que promove atravessamentos de fronteiras”, disse ela.

Uma bienal em Caruaru associa o barro como matéria-prima cultural e a arte contemporâne



compartilhado de www.select.art.br
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Carlos Mélo passa ao largo de obra em montagem para I Bienal do Barro de Caruaru (foto: Beto Figueiroa)
Bienais de arte existem em praticamente todos os recônditos do planeta. Mas você já imaginou uma bienal em Caruaru, sertão pernambucano? É essa a proposta de Carlos Mélo, idealizador, coordenador e co-curador da I Bienal do Barro, que ocorre de 12 de abril a 19 de maio. Mas não se trata de uma bienal como outra qualquer.
Primeiro porque a iniciativa é desprovida de ambições internacionalistas (“Queremos chamar a atenção da população e do público jovem, instigando debates pertinentes sobre a cidade, sua história, sua memória”, declara Mélo).
Segundo, porque o objetivo não é apresentar obras de arte figurativa ou peças em que o barro seja a base para criação; é questionar o uso e a história desta matéria-prima que possibilitou a fama de ícones como o Mestre Vitalino e o Alto do Moura.
Terceiro, porque a arte contemporânea é apenas uma “mídia” através da qual o curador Raphael Fonseca e os dezesseis artistas convidados fazem uma reflexão sobre os três pilares que contextualizam a cultura de Caruaru: o artesanato, o forró e a feira. As obras, criadas em residência artística na própria cidade no começo do ano, serão expostas no pavilhão da Fábrica Caroá, um galpão da década de 1930.
Os artistas são: Armando Queiroz (Belém - PA), Clarissa Campello (Vitória – ES), Daniel Murgel (Niterói - RJ), Deyson Gilbert (São José do Egito - PE), Ivan Grilo (Itatiba – SP), Jorge Soledar (Porto Alegre – RS), Jared Domicio (Fortaleza, CE), José Paulo (Recife – PE), José Rufino (João Pessoa – PB), Laerte Ramos (São Paulo – SP), Leila Danziger (Rio de Janeiro – RJ), Luisa Nóbrega ( São Paulo – SP), Márcio Almeida (Recife – PE), Marcone Moreira (Pio XII – MA), Nadam Guerra (Rio de Janeiro – RJ) e Presciliana Nobre (Ipanema – AL).