domingo, 30 de março de 2014

Uma bienal em Caruaru associa o barro como matéria-prima cultural e a arte contemporâne



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Carlos Mélo passa ao largo de obra em montagem para I Bienal do Barro de Caruaru (foto: Beto Figueiroa)
Bienais de arte existem em praticamente todos os recônditos do planeta. Mas você já imaginou uma bienal em Caruaru, sertão pernambucano? É essa a proposta de Carlos Mélo, idealizador, coordenador e co-curador da I Bienal do Barro, que ocorre de 12 de abril a 19 de maio. Mas não se trata de uma bienal como outra qualquer.
Primeiro porque a iniciativa é desprovida de ambições internacionalistas (“Queremos chamar a atenção da população e do público jovem, instigando debates pertinentes sobre a cidade, sua história, sua memória”, declara Mélo).
Segundo, porque o objetivo não é apresentar obras de arte figurativa ou peças em que o barro seja a base para criação; é questionar o uso e a história desta matéria-prima que possibilitou a fama de ícones como o Mestre Vitalino e o Alto do Moura.
Terceiro, porque a arte contemporânea é apenas uma “mídia” através da qual o curador Raphael Fonseca e os dezesseis artistas convidados fazem uma reflexão sobre os três pilares que contextualizam a cultura de Caruaru: o artesanato, o forró e a feira. As obras, criadas em residência artística na própria cidade no começo do ano, serão expostas no pavilhão da Fábrica Caroá, um galpão da década de 1930.
Os artistas são: Armando Queiroz (Belém - PA), Clarissa Campello (Vitória – ES), Daniel Murgel (Niterói - RJ), Deyson Gilbert (São José do Egito - PE), Ivan Grilo (Itatiba – SP), Jorge Soledar (Porto Alegre – RS), Jared Domicio (Fortaleza, CE), José Paulo (Recife – PE), José Rufino (João Pessoa – PB), Laerte Ramos (São Paulo – SP), Leila Danziger (Rio de Janeiro – RJ), Luisa Nóbrega ( São Paulo – SP), Márcio Almeida (Recife – PE), Marcone Moreira (Pio XII – MA), Nadam Guerra (Rio de Janeiro – RJ) e Presciliana Nobre (Ipanema – AL).