domingo, 16 de novembro de 2025

TRAVESSIA - 50 anos de Arte - Multi Artista CELSO PARUBOCZ

 


Exposição 50 Anos de Arte de Celso Parubocz.

 

A mostra”50 ANOS DE ARTE” comemora meio século de uma Vida dedicada à diversos segmentos das Artes: Teatro, performance, artes visuais, dança, literatura, produção de eventos culturais e curadoria.

A Mostra revela várias fases através de alguns conjuntos compostos de 50 títulos de obras expostas formando parte de um recorte dividido em seis principais períodos estilísticos:

 

1.      Início da trajetória (autodidata - anos 70)

2.      Volta a Ponta Grossa (Pesquisa e estudos – anos 2000)

3.      Série PÓS-HUMANOS (Preocupação com uma poética – ano 2000)

4.      Série Paisagens Azuis (Conscientização sobre meio ambiente)

5.      Série Sacre Couer (Críticas do cotidiano mundial)

6.      Série The King SAMO e Afro aborígenes (Estudo sobre a Cultura africana e aborígenes)

 

1.      Nos anos 70, já demonstrava interesse pelas Artes Visuais, fazendo pesquisa com pigmentos, areia, barro e criando desenhos em folhas de papel. A dificuldade de conseguir material neste período era normal pois além de quase não ter disponível nas lojas, quando tinha era muito caro.


                          PRIMEIRAS OBRAS DE 1974 / 1975

                      FLAMINGOS - PIGMENTO E AREIA S/ VIDRO                  CHAPLIN - BICO DE PENA 

2.      Final dos anos 80 fui morar em Curitiba, foram 20 anos, quando voltei a morar em Ponta Grossa e retornei a prática das Artes Visuais, em Curitiba fiquei um longo período sem produzir, dedicando-me aos estudos e depois ao meu trabalho, mesmo assim visitava regularmente Museus, Exposições e tinha contato com Artistas, Professores e Colecionadores de Artes.


 
   CURSO DE MODELO        TEATRO COM NARJARA TURETA                    QUEBRA NOZES - BALLET LA BALLERINA          


3.      Algumas séries ficaram marcadas por um período de sofrimento e questionamentos sobre a morte, não tem como um artista não passar para sua obra o sentimento que está passando. Esta série foi motivo de uma grande pesquisa sobre: O que acontece depois da morte?


UNIVERSO AZUL / TÉCNICA MISTA SOBRE EUCATEX       GÊNESIS - MISTA SOBRE TELA 

      PÓS-HUMANOS TÉCNICA MISTA SOBRE PAPEL 

        PÓS-HUMANOS / MISTA SOBRE TELA                                             PAISAGEM CONTEMPORÂNEA 



4.      Algumas séries abriram as portas para que meu trabalho fosse reconhecido e tive a oportunidade de participar de exposições individuais, receber alguns prêmios locais, estaduais, chegando até o Salão Nacional de Belas Artes no Museu do Louvre em 2009 quando minha obra “Landscape Contemporary” foi selecionada e exposta na Sala Le Notre no Museu do Louvre em Paris.








5.      Mais uma vez a preocupação com alguns acontecimentos mundiais acabam sendo expostas em algumas telas, como na obra da SÉRIE SACRE COUER – JUMA, o que leva o ser humano levar uma onça num desfile e ter que sacrificá-la com um tiro após a mesma se assustar, já na obra SACRE COUER – HARAMBE, o artista expõe sua revolta pela morte do gorila que teve de ser abatido depois que uma criança caiu em sua jaula, também a obra SACRE COUER ORLANDO, a indignação por um atirador entrar em uma casa noturna onde jovens se divertiam e dispara centenas de tiros matando 50 jovens e ferindo mais de 53 gravemente. Acidentes graves, tsunamis, guerras e todo tipo de tragédias faz com que a série SACRE COUER retorne e assim surge um novo trabalho ....


 
SÉRIE SACRE COUER HARAMBE - ORLANDO E JUMA - ACRÍLICA SOBRE TELA

6.      Uma pesquisa sobre alguns símbolos da Umbanda e sobre as civilizações mais antigas que deram origem a esta mistura de raças que se transformou nosso País, me levou a criar mais duas séries: THE KING SAMO, onde algumas figuras criadas junto a símbolos e cores mais quentes levaram alguns espectadores a lembrar a obra de Jean Michael Basquiat, um dos maiores Artistas americanos e assim em sua homenagem a série passou a se chamar THE KING SAMO, Samo era um pseudônimo que o Artistas usava. A SÉRIE ABORÍGENES também foi fruto desta pesquisa e a diferença são as “máscaras” e o pontilhismo ou composição com pequenas pinceladas que lembram o trabalho dos aborígenes australianos.





 

As obras transmitem as mais diversas sensações através de traços marcantes em diversas cores e reproduzem as interpretações do artista por meio de pinturas, fotografias, esculturas e instalações.

As obras do artista evidenciam registros de um período, procurando mostrar uma sociedade com muitos problemas, também a sua preocupação em expor estas mazelas, a destruição do meio ambiente são evidentes, assim o Artista utiliza diversas técnicas para criar efeitos visuais, transmitir emoções e contar histórias em suas telas, onde ele procura incluir elementos como pontos, linhas, cores, volume, textura e formas, elementos básicos nas Artes Visuais.



 A curadoria é assinada por  GABRIEL MOREIRA FERREIRA que selecionou as obras e organizou uma linha poética para a apresentação deste acervo, segundo o Curador, ficou até difícil selecionar o que apresentar nesta exposição, pois são 50 anos de Arte e uma produção intensa nos últimos 25 anos desde que o Artista decidiu dedicar-se ao seu espaço de arte.


Sobre o artista

Celso Parubocz, nasceu e vive em Ponta Grossa, multi artista, professor, curador, começou a pintar como hobby, pesquisando pigmentos para fazer tintas e suportes para fazer seus desenhos, devido à dificuldade de conseguir materiais nos anos 70, além do custo.

Autodidata, iniciou seu primeiro curso de desenho em 1974/75 nos estúdios da Tv Esplanada, atual RPC TV, onde um Mestre ministrava algumas aulas de desenho ao vivo. O encanto de aprender e conseguir reproduzir em tão pouco tempo um olho, uma palmeira, despertou a vontade de aprender mais, devido à dificuldade de fazer mais cursos e até comprar materiais, a produção foi sendo adiada.

Final dos anos 80, fui morar em Curitiba por motivos de estudos, fiz Faculdade, comecei a trabalhar, após uma certa estabilidade financeira e aproveitando a oportunidade de ter voltado para Ponta Grossa comecei a me dedicar, produzir e investir em minha trajetória artística.

Foram dezenas de cursos e aperfeiçoamento com Professores, Artistas, Curadores e Críticos, todos ligados as Artes, entre Eles: Fernando Carneiro, Key Imaguire, Edilson Viriato, Celito Medeiros, Gagliastri, Agnaldo Farias, Nuno Ramos, Joãozinho Trinta, Mestre Divino, Washington Olivetto, Carla Schwab, Heloiza Rodrigues, Ema Sintani, Roseli Pissaia e Irene Beirute, Domenico di Giorgio, Domenico de Masi, Laura Miranda, Paulo Herkenholf, Paulo Pasta, Ronaldo Britto e muitos outros grandes nomes que são referências na Arte e foram alicerçando a minha trajetória tanto na parte teórica como na técnica.

Fiz pós-graduação na área artes, participei de centenas de exposições. Salões e eventos onde pudesse divulgar e tornar minhas obras conhecidas, de cafés até o Museu do Louvre em Paris, onde tive o privilégio de ser indicado, selecionado e representar o Brasil no mais antigo e renomado Salão Nacional de Belas Artes do Mundo.

Durante estes anos fui Conselheiro Estadual de Artes Visuais da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, Conselheiro de artes visuais da Secretaria Municipal de Cultura de Ponta Grossa, Presidente da APAC Associação Ponta-grossense de Arte Contemporânea, Diretor da APAP Associação Profissional de Artistas Plásticos do Paraná, Presidente do Centro Cultural Professor Faris Michaele, faço parte da Academia Ponta-grossense de Letras e Artes e da Academia de Cultura de Curitiba.

Defensor do Carnaval de rua, sempre incentivou as Escolas de Samba para se organizarem, fez projetos para todas as Escolas de Samba através da Lei Carol Ferreira de Incentivo à Cultura, na gestão que trabalhou na Fundação Cultural ajudou a torar cnpj e regularizar todas as Escolas de Samba, foi undador da Liga das Escolas de Samba de Ponta Grossa, eleito seu primeiro Presidente, ganhou diversos prêmios nos Concursos de Fantasias dos Bailes Municipais, carnavalesco assumido, adora o Carnaval de rua . Participei de algumas produções de ballet na Academia de Ballet La Ballerina, entre elas “O Quebra Nozes”. Sua obra já foi publicada em diversos livros, catálogos de Artes Visuais, matérias jornalísticas de rádios, televisões, documentários e pesquisas universitárias, alguns de seus textos literários foram publicados em coletâneas pela Academia Ponta-grossense de Letras e Artes e pela Academia de Cultura de Curitiba. Recebeu diversos prêmios Nacionais e internacionais e tem obras em acervos do Museu Paranaense, Secretária Municipal de Cultura de Ponta Grossa, Secretária de Estado Da Cultura do Paraná, Casa da Praça em Castro, Galeria da PROEX – UEPG e muitos acervos particulares.