sábado, 27 de abril de 2013

NOVOS CONSELHEIROS DE CULTURA


COMPARTILHADO DO BLOG CULTURA PLURAL ... 27/4/2013

Eleitos novos conselheiros de Cultura

Votação aconteceu na Plenária Final da 14ª Conferência
A Plenária Final da 14ª Conferência Municipal de Cultura de Ponta Grossa, na tarde deste sábado, agitou os ânimos dos participantes. Cerca de 120 pessoas de diversos setores culturais estavam presentes. A primeira discussão girou em torno de quais seriam os sete segmentos culturais que teriam representatividade dentro do Conselho Municipal de Política Cultural (que engloba ainda representantes da Fundação Municipal de Cultura, Fundação Municipal de Turismo, Sistema S, UEPG, ACIPG, Conselho Municipal de Educação, Conselho Municipal de Patrimônio Cultural e União das Associações de Moradores de Ponta Grossa/UAMPG).
Música, Literatura, Artes Cênicas, Artes Populares, Artes Visuais, Cine-Foto-Vídeo e Escolas de Samba e Hip Hop eram os sete segmentos que tinham representantes, eleitos na 12ª Conferência, em 2011. A plenária de hoje sugeriu, e teve aprovação da maioria, de retirar a cadeira de Escolas de Samba e Hip Hop, dada à baixa participação dos conselheiros durante os últimos dois anos e por eles serem representados dentro de Artes Populares.
Outros dois segmentos foram sugeridos: Dança e Ópera-Musicais. Como os setores têm direito à sete cadeiras e havia a sugestão de oito segmentos, uma votação por exclusão decidiu pela não inclusão de Óperas-Musicais.
Novos conselheiros de Cultura
Divididos em grupos, todos os participantes que estiveram na setorial de sua área durante a semana receberam as cédulas de votação para elegerem os titulares e suplentes. Confira abaixo o resultado.
Artes Visuais
Titular: Nelson Silva Jr.
1º Suplente: Daniel Masetto do Amaral
2º Suplente: Matteo Domenico Digiorgio
Delegados: Celso Parubocz, Lenita Stark, Zunir Andrade, Erickson Artmann, Rosane Santos, Wilton Paz

Artes Populares
Titular: Diego Juraski
1º Suplente: Everton Gaudeda
2º Suplente: Edmundo Schwab

Artes Cênicas
Titular: José Fernando de Meira
1º Suplente: Noredim Bitencourt
2º Suplente: Terezinha Musardo
Delegados: Dayane Garret Peres

Cine-Foto-Vídeo
Titular: Eziquiel Ramos
1º Suplente: Cíntia Xavier
2º Suplente: Samuel Alves de Lara
Delegados: Sérgio Gadini e Rafael Schoenherr

Dança
Titular: Carmi Jasper
1º Suplente: André Assmann
2º Suplente: Andreliza Cristina de Souza
Delegados: Edson Luiz da Luz Barbosa

Literatura
Titular: Karina Janz Woitowicz
1º Suplente: Cesar Saad
2º Suplente: Ismael de Freitas

Música
Titular: Carla Roggenkamp
1º Suplente: Douglas Oliveira
2º Suplente: Johnny Bueno

Moções
Foram aprovadas ainda seis moções (algumas no mérito e outras com textos já definidos) a serem enviadas ao órgão gestor municipal, à Câmara de Vereadores e à Fundação Educacional de Ponta Grossa (Funepo). Confira abaixo, lembrando que o texto de algumas moções ainda serão alterados.
- Cobrar imediato encaminhamento dos editais do Fundo Municipal de Cultura, bem como a efetivação do calendário de atividades culturais.
- Cobrar a imediata nomeação dos conselheiros eleitos para fazer parte do Conselho da Funepo, representando a Conferência Municipal de Cultura, eleitos democraticamente na sua 13ª edição.
Cobrar junto à Câmara Municipal a imediata tramitação e aprovação da lei que prevê a aquisição de obras de artistas locais em áreas de circulação comum em edifícios residenciais e comerciais.
Cobrar do órgão gestor municipal da cultura a imediata gravação e distribuição dos DVDs assegurados nos concursos de vídeo documentários realizados via edital público em 2010, 2011 e 2012.
Garantir que o edital de concessão da rádio dos terminais de transporte de passageiros assegure espaço para divulgação da produção cultural local, envolvendo as produções laboratoriais das universidades locais.
- Cobrar compromisso da TV Educativa de Ponta Grossa com as diretrizes culturais aprovadas na 14ª Conferência Municipal de Cultura.

14ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA


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As demais reuniões setoriais acontecem nos dias 23,24,25 e 26, e a plenária final no dia 27. 

22/04 - setor de Literatura ( Centro de Cultura) 
23/04 - setor de Música (Centro de Cultura)
24/04 - setor de Artes Cênicas (Centro de Cultura)
25/04 - setor de Artes Visuais (Centro de Cultura)
26/04 - setor de Artes Populares (Cine-Teatro Ópera)


27/04: Plenária Final (a partir das 14h no Centro de Cultura)


Acompanhe a divulgação da reunião de Literatura e Artes Cênicas:

População discute literatura na 14ª Conferência Municipal de Cultura

A reunião setorial marca o primeiro dia da conferência com reformulações nas diretrizes culturais

A literatura abriu os debates de cultura e políticas públicas realizados no primeiro dia da 14ª Conferência Municipal de Cultura, 22, no Centro de Cultura de Ponta Grossa, às 19h. A reunião contou com a participação de 36 pessoas cadastradas, que apontam reformulações nas diretrizes e podem votar e/ou se candidatar ao Conselho Municipal de Política Cultural.
O conselheiro Cirillo Barbisan abre a conferência e convida os conselheiros presentes para conduzir os debates. O representante do setor literário, professor de Jornalismo da UEPG Sérgio Luiz Gadini, inicia com um breve relato do que aconteceu no cenário cultural de 2012 até o momento. Gadini comenta sobre a realização do último Fórum de Cultura, onde o conselho apresentou uma carta compromisso aos candidatos à prefeitura. 
Gadini também enfatiza a produção dos Totens Culturais PG e outros editais literários que serão retomados. "O conselho defende a realização de editais públicos com o fundo público destinado à literatura", completa. O conselheiro Cirillo Barbisan expõe as diretrizes da cultura do setor literário e abre espaço aos demais, para que sejam feitos apontamentos e reformulações. Até o fim da reunião setorial, que se deu às 21h45, foram feitas alterações e até mesmo acréscimos nas diretrizes, apontados pelos inscritos.
 A coordenadora da Bibioteca Municipal de Ponta Grossa, Gisele Aparecida França, aponta que com a conferência, a expectativa é de que as políticas públicas se encaixem de maneira que todos os setores literários sejam beneficiados. "Essas diretrizes vão fazer com que os espaços permaneçam em constante renovação, pois não adianta apenas inaugurar um espaço [biblioteca] novo, temos que fazer com que esse espaço continue vivo", complementa.
"Esse debate é importante em todos os momentos, mas no início de gestão, principalmente é fundamental", fala Barbisan. O conselheiro enfatiza que com a participação efetiva da população, são eleitos delegados dos Campos Gerais para representar a região nas conferências estadual e nacional. Barbisan ainda conta que espera maior participação neste ano e que ano passado, tiveram ao total 250 inscritos.
Gadini diz que Ponta Grossa possui muita produção literária, mas que nem sempre tem visibilidade ou forças para executar. "Nós queremos aumentar o número de editais para setores da população que escrevem, dar uma dimensão pública a essa produção", expõe. Ele afirma que a reunião setorial serve para levantar metas para que se alcance mais estrutura e condições para divulgar as produções literárias. 
O suplente do setor de artes populares Diego Juraski acredita que o debate é essencial na literatura, além disso, conta sobre uma campanha a ser realizada pelo Project Yume com a Bibioteca Municipal. "Há um ano temos parceria com a Biblioteca Municipal, queremos levantar uma gibiteca de verdade na cidade. Juraski ressalta que farão uma campanha para doação de quadrinhos e que ele mesmo fará a doação de seu acervo particular de mangás. "Alguém tem que dar o pontapé inicial", pontua.


24/4/2013

Música é o foco do segundo dia da 14ª Conferência Municipal de Cultura

Uma das diretrizes apresentadas é a revisão do formato da München com vistas a maior pluralidade musical
No segundo dia da 14ª Conferência Municipal de Cultura, foi a vez da música fazer parte do debate, no Centro de Cultura, às 19h. O conselheiro Cirillo Barbisan explicou que o objetivo da Conferência é definir os sete segmentos setoriais e eleger o titular e dois suplentes pelo menos para cada uma dessas sete, que acontecerá no dia 27/04 (sábado) às 14h. Quem quer votar e/ou ser votado deve comparecer em uma das reuniões setoriais.
Barbisan chamou os conselheiros ali presentes para início do debate. Os presentes fizeram apontamentos para novas diretrizes e reformulações. O atual representante do setor de música Rafael Schoenherr mostou inicialmente os editais publicados da área. Posteriormente, mostrou fotos do cenário musical realizadas pelo projeto de extensão Lente Quente da UEPG. 
O principal assunto de debate foi em relação a München Fest; o fortalecimento das diretrizes que garantem maior espaço de circulação das produções musicais locais, como emissoras de rádio e TV. A cobrança mais clara é que a rádio do Terminal Central tenha um comprometimento cultural mais claro com divulgação e circulação de músicas de compositores locais.
O conselheiro Sérgio Gadini levanta o tópico da garantia de mais pluralidade da München e a revisão do formato da festa. “O objetivo é evitar que tais atividades se limitem a produzir interesses comerciais de gravadoras e grupos comerciais que em nada refletem as produções culturais e regionais” pontua.
Durante a etapa final, Felipe Soares elaborou uma moção de cobrança ao governo municipal com o objetivo de que os editais 2013 sejam de fato publicados, levados a público. Para ele, a cultura tem sido tratada como uma politica de governo, e não de Estado.

Pedro Henrique Ruzão, integrante da banda A Coisa,  sugeriu após aprovação das diretrizes, a colocação de um painel no Cine-Teatro Ópera com toda a programação cultural da Cidade - seja música, cinema, teatro, literatura.



Discussões sobre artes cênicas são contextualizadas na 14ª Conferência Municipal de Cultura

Apontamentos e sugestões buscam melhorias no âmbito cultural

As artes cênicas ganharam destaque no terceiro dia da 14º Conferência Municipal de Cultura. O evento, que reuniu 61 pessoas, sendo 51 cadastradas, ocorreu no noite de ontem (24/04) e gerou diversos debates sobre possíveis estratégias para uma maior visibilidade da arte na região.
Inicialmente, Cirillo Barbisan, Diretor de Ação Cultural da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa convidou os demais conselheiros presentes para abertura das discussões. A plateia deu sugestões para a reformulação e melhoria dos assuntos abordados. A presença de representantes culturais e políticos locais na discussão criou a expectativa de que as principais ideias da reunião serão levadas adiante.
A falta de divulgação, qualificação e infraestrutura foram os apontamentos que tiveram grande ênfase. A preocupação em ter profissionais aptos a reproduzirem esse tipo de arte foi visível, especialmente para a busca de uma identidade cultural da região. “É necessário reunir um grupo que trabalhe com toda a cadeia produtiva, desde a ideia inicial, até os pagamentos dos atores”. afirma Emerson Carneiro, integrante do conselho municipal da cultura.
Outro assunto tratado foi a participação do público ponta-grossense em eventos artísticos da Cidade. “As pessoas criticam, querem melhorias, mas não participam. É necessário valorizar os artistas que fazem um bom trabalho, com pouco dinheiro”, declara John Maycon, ator cômico presente na Conferência.

A plenária final acontece no próximo sábado (27/04), a partir das 14h, no Centro de Cultura.



26/4/2013

14ª Conferência de Cultura continua com Artes Visuais

Diretrizes para cinema, foto e vídeo foram aperfeiçoadas pelos presentes
Na última quinta-feira, (25/04) a14ª Conferência Municipal de Cultura que ocorre no Centro de Cultura tratou das artes visuais (artes plásticas, cinema, fotografia, vídeo, moda, filatelia, arquitetura). Dentre as principais diretrizes, estão a divulgação e subsídios para os artistas nas mais diversas áreas de produção, principalmente de documentários que foram destaque no quarto dia de Conferência. A atual conselheira de cinema, fotografia e vídeo, Cintia Xavier, explica que os editais de 2013 buscam a descentralização da cultura, a produção de radionovelas, vídeo minuto e fortalecimento da memória da cidade.
Quanto à reprodução de documentários, o embate foi sobre se as TV's que veiculariam os produtos seriam privadas ou sem fins lucrativos. Itens do próprio texto foram debatidos para torná-lo mais direto, já que as Diretrizes da Política Cultural de Ponta Grossa são aperfeiçoadas durante a reunião. Cursos de formação, projeto de cinemateca municipal, fomento de produções e formação de público também foram apontados como metas.
Erick Artmann, que trabalha com artes visuais, considera “importante a discussão pública antes dos editais serem lançados pela Prefeitura”. Noredim Fernandes Bitencourt, que trabalha com produção para TV, diz que veio para ajudar a definir metas da cultura local. “Procuro participar daquelas que tenho certo conhecimento, para poder opinar”, considera.               O tema da Conferência desta sexta-feira é artes populares e acontece no auditório B do Cine-Teatro Ópera.

Artista Alexa Meade, que transforma pessoas em pinturas vivas.


Artista transforma pessoas em pinturas

Matéria compartilhada do blog» News / por Zupi
Quando você acha que já viu de tudo na arte, aparece uma coisa surpreendente! Dessa vez a nossa surpresa foi com a artista Alexa Meade, que transforma pessoas em pinturas vivas.
Ao olhar a pintura de perto nem pensamos se tratar de pessoas reais, mas quando observamos a foto do processo, ficamos de boca aberta com o talento dessa artista!
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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Podemos continuar a sonhar com um Mundo Melhor, não estamos sózinhos ....


A magia da Green School

Existe uma escola no meio da floresta ao norte da cidade de Ubud, no coração da ilha de Bali na Indonésia. Ficamos sabendo da sua existência por meio da TEDTalk de John Hardy, seu fundador. Assistindo ao vídeo tudo parece ser bonito demais, mágico demais para ser verdade e decidimos em outubro do ano passado fazer uma visita, para ouvir também o ponto de vista de outros participantes daquela comunidade. Quase 29 horas depois de embarcar no aeroporto internacional de São Paulo, eu aterrissava em Depansar, capital da ilha.
A cultura balinesa é um capítulo à parte. Bastante devastada e literalmente varrida do litoral da ilha, onde se alastram mais e mais imensos resorts de praia, ainda se mantém de certa forma intacta no interior. Ali, homens e mulheres ainda vestem suas roupas tradicionais como o Sarung usado pelos homens, que de certa forma lembra uma saia longa que vai até a altura do calcanhar. Poucos quilômetros ao norte de Ubud esta a Green School, uma escola internacional como as outras 16 (!) que existem na mesma ilha. Tive a chance de ficar hospedado no Bamboo Village, um pequeno vilarejo com quase uma dezena de casas totalmente construídas de bambu onde moram alguns professores, pais e acomoda até mesmo uma casa que é compartilhada por oito estudantes menores de idade que ali moram junto com um casal de tutores.
crédito Eduardo ShimaharaA magia da Green School
 
A experiência de ir para a Green School a partir da Bamboo Village é mágica pura. Depois de acordar com os sons da floresta, com sapos, cigarras e também galos dos vilarejos vizinhos, você caminha por uma estreita escada entalhada na pedra e chega a uma ponte que parece ter saído de alguma fábula ou até mesmo de um dos filmes da série Senhor dos Anéis. A ponte passa sobre o belíssimo Rio Ayung e te leva direto para o campus.
A escola é praticamente inteira construída de bambu, material abundante e renovável nesta região. O bambu é cortado, torcido, dobrado, moldado, formando telhados em hélice, salas de aula suspensas, mobiliário lindíssimo. É o bambu levado a uma outra dimensão. E para acompanhar, parece que tudo isso ainda é completado pelos sons das aulas de marimba, pelos risos das crianças e jovens e também pelas cores das frutas, animais, e obras de arte feitas pelos alunos.
Na Green School, 80% da energia elétrica consumida é captada através de painéis solares expostos sobre hastes de bambu que fazem o conjunto lembrar uma floresta. Planos ainda mais audaciosos incluem levar este nível para 100% e um grupo com vários pais envolvidos está testando tecnologias com turbinas horizontais num vortex criado a partir da água do rio. A temperatura na região chega fácil aos 30oC e o nível de umidade alcança mais de 75%, mas nenhuma sala ou local tem ar condicionado, com exceção do pequeno caixa eletrônico alimentado inteiramente por energia solar.
crédito Eduardo ShimaharaA magia da Green School
 
Nascida em 2007, a escola tem hoje cerca de 200 alunos que vêm de várias partes do mundo para frequentar suas classes que acolhem desde o jardim da infância ate o ensino médio completo. Existe um plano para que 20% destes alunos sejam bolsistas da Indonésia, mas este numero hoje chega a 10% do total. Não é uma escola barata (mensalidades em média custam US$ 1.000,00 por aqui), a língua usada nas salas de aula é o inglês e em várias classes o bahasa – idioma local – é ensinado. “Mesmo com a bolsa de 100%, muitos jovens da Indonésia acabam desejando ir para os Estados Unidos ou Europa para estudar”, diz Tim Fijal, responsável pela área de inscrições da escola. Tim também é responsável pelo tour que acontece todos os dias às 15h. Neste tour, pessoas do mundo inteiro atraídas pela arquitetura, pelo modelo ou mesmo pela curiosidade passeiam pelo campus e é muito interessante observar em quase todas elas um olhar de incrível espanto e admiração.
O currículo tem nível internacional e deve preparar alunos para frequentar as melhores universidades do mundo (se este for o desejo deles), mas ainda vai muto além disso. Baseado no estudo de Alan Wagstaff, que trabalha de forma integrada com 4 dimensões simultaneamente, são elas: emocional/social, espiritual, intelectual e sinestésica. Estas dimensões devem estar presentes nas aulas de forma absolutamente sinérgica ao tema que se está trabalhando. Além disso, os dias aqui passam por um momento de estudos, um momento de reflexão e um momento imerso no campus, fora da sala de aula.
Nos 5 dias que passei literalmente imerso na escola, pude conversar com pais, alunos, professores e também outros funcionários. Música, drama, estudos ambientais, espiritualidade, tudo se mescla para tentar nutrir o interesse de cada aluno, fazendo com que ele seja exposto a uma série de experiências dentro e fora de sala de aula. Aliás, aqui me parece bastante difícil dizer o que é dentro ou o que é fora, já que as salas não têm paredes e se integram perfeitamente ao ambiente.
Perguntei a Sarita Pockell – professora de drama – qual era a diferença entre “lecionar” drama na Green School e em qualquer outra escola onde já tenha sido professora. Com um sorriso que mescla ironia e excitação, ela me diz: “Drama na Green School é uma parte do currículo tão importante quanto qualquer outro assunto e não somente um momento de descontração”. Enquanto conversávamos, um grupo de crianças sorri e corre atrás de um sujeito loiro com um chapéu de folhas trancadas que segura em suas mãos uma raiz. Ele é Matt Shroads, professor de ciências ambientais. Para Matt seu papel na escola é descrito com uma simples frase: “Meu papel é fazer esses garotos olharem para a Natureza e dizerem ‘uau’!”.
crédito Eduardo ShimaharaA magia da Green School
 
Quando chega a hora do almoço, dois pequenos buffets são organizados no salão principal. Um deles tem comida mais ocidentalizada e pode ter macarrão, ou algum tipo de fritura. Do outro lado, um buffet de comida balinesa, onde figuram pratos como o Gado-Gado, um cozido vegetariano com um delicioso molho com base de amendoim. As refeições são servidas sobre folhas de bananeira, o que leva praticamente a zero o resíduo não biodegradável. Refrigerantes, ou comida industrializada parece ser algo de outra dimensão. Por aqui não existe. A origem de quase tudo que é servido vem do próprio campus, que na Green School, é cheio de hortas, é comestível.
Mesmo para quem quer fazer um lanche, as lanchonetes que estão no campus oferecem comida balinesa feita por balineses, uma lanchonete especializada em comida crua e vegana e ainda um café que serve a bebida no máximo 12 horas após a torragem dos grãos – que são colhidos perto da base de um dos vulcões de Bali, numa cultura sem nenhum tipo de agrotóxico.
Em 2012, a Green School formou sua primeira aluna no ensino médio. Ainda não é possível prever para onde vão os que saem daqui, mas algo parece unânime. Conversando com alunos e alunas, nenhuma frase negativa sobre a escola ou os formatos que adotou que estimulam autonomia mantendo liberdade com estrutura. “Aqui pude perceber que pessoas de todas as cores, religiões  e classes sociais devem ser igualmente respeitadas”, disse a aluna sul-coreana. “A diferença de outras escolas para esta? Aqui eu fiquei mais inteligente”, responde o garoto do Canadá. Todos parecem bastante reflexivos nas respostas, serenos e felizes.
Apesar de todas as iniciativas, a palavra sustentabilidade não aparece escrita em nenhum lugar. Em 2010, aprendi com o célebre professor José Pacheco que não é possível educar para a sustentabilidade, só é possível educar NA sustentabilidade. A mágica da Green School, que pode ser sentida em cada imagem daquela TEDTalk, parece de fato acontecer.

terça-feira, 23 de abril de 2013

VAZIO CULTURAL


“vazio cultural”

PONTOS
(coluna publicada no jornal O Globo, 20 abril 2013)
Se não me engano em fevereiro, há cerca de dois meses, travou-se uma polêmica sobre o “vazio cultural” brasileiro, lançada por um número da revista “Carta capital” que discutia o assunto. Por algum motivo circunstancial (acho que eu estava em viagem) só me dei conta da discussão posteriormente, através de seus ecos. Não tenho condições de recuperá-la agora, mas o meu “vazio cultural” particular de hoje, em que a coluna gira em falso à procura de seu ponto de apoio, me impele de volta à questão. Considerar o tema como “ultrapassado” seria prender-se a uma lógica imediatista. A redução, aliás, de toda cultura a pautas, ganchos jornalísticos e mercadológicos, efemérides e fenômenos virais, é uma das partes do problema.
Vou tentar expor a minha posição, mesmo sabendo que o assunto não cabe aqui. Acho o Brasil um país de grande vitalidade cultural. Essa vitalidade está na diversidade das práticas, no modo como elas se permeiam, nas soluções incomuns que resultam disso, em muitos níveis. Confesso que é difícil descrevê-la, porque ela se apresenta de maneira não usual, múltipla e heterogênea, extraindo a sua força exatamente disso. Ao mesmo tempo, essa vitalidade contracena com o baixo letramento médio brasileiro, que compromete sob muitos aspectos a sua organicidade e a sua capacidade de articulação. Apesar desse baixo letramento, no entanto, fomos capazes de reconhecer uma literatura na qual conviviam, a certo momento, Drummond, Rosa, Bandeira, Clarice, João Cabral e a poesia concreta, junto com teatro, música e cinema incandescentes. Isso não teria acontecido se não houvesse por sua vez uma atividade crítica de peso reconhecível, um campo crítico mapeado e exposto ao debate, um conjunto de publicações acompanhando a vida contemporânea.
As instituições da chamada alta cultura, ou das instituições letradas, sofreram abalos e deslocamentos em todo o mundo, nas últimas décadas, sob a pressão dos meios de massa articulados com a onipresença da publicidade e com uma considerável corrosão da escola tradicional frente a essas novas realidades. Mesmo assim, a literatura, os escritores, a crítica, tiveram ainda um papel determinante no acompanhamento de todas as transformações que se deram na Rússia ao longo do século XX, por exemplo, ou na Argentina ou em Portugal. O lugar do escritor, garantido por um certo lastro letrado, não se evaporou completamente no processo. Certamente não se pode dizer o mesmo do século XXI, mesmo lá.
No Brasil, a tendência a deslocar as pautas culturais do campo das ideias para o das vendagens, comportamento, moda e polêmica de superfície lavou o lastro frágil da vida literária acumulada, e acuou a atividade crítica num papel incômodo, impertinente e estigmatizado, substituído pela atividade dos agentes e assessores de imprensa, dos releases, das entrevistas e notas em colunas sociais, pela participação em eventos, num ambiente de coquetelização da cultura (estou lembrando de um artigo contundente de Flora Sussekind, “A crítica como papel de bala”, publicado no “Prosa e verso” em 2010, algumas balas do qual sobram para mim, se não estou enganado).
É certamente a essa perda de articulação e a esse rebaixamento do papel crítico na esfera pública que Vladimir Safatle se referia, ao intervir no debate caucionando o mote do “vazio cultural”. Vazio cultural, nesse caso, significa a falta de um senso totalizante e de um tensionamento da linguagem que comprometa as produções com algo mais do que sua inserção num mercado ou o seu reconhecimento por um grupo de participantes consumidores. É exatamente o contrário do que pensa Hermano Vianna, para quem a cultura vive da força empenhada nela por seus agentes, que dão a cada cena cultural um sentido total auto-bastante. Onde para um há o vazio para outro sobra excedente. Os pressupostos são tão opostos que não dão lugar a uma conversa possível nem ao entendimento da impossibilidade disso.
Para mim este é o ponto. Não falta acontecimento cultural no Brasil, das mais complexas aventuras intelectuais às mais saudavelmente elementares manifestações do apetite de viver. Faltam, quando faltam, e como faltam, nexos compreensivos capazes de dar conta dessa complexidade, em meio à entropia de um mercado voraz e de um debate reduzido muitas vezes ao quiproquó, à faccionalização dos discursos e à simplificação jornalística.
Em muitos sentidos, “vazio cultural” é um estado do mundo, hoje. Em cada caso, a questão é saber onde estão os “pontos luminosos”, e o Brasil é um vazio cheio deles.

    Fortalecimento a gestão de Museus ... T



    Tudo se copia, as entidades culturais poderiam copiar estas iniciativas ....

    Oficinas de capacitação
    Museus Fortalecimento Programa vai oferecer oficinas
    para fortalecer a governança corporativa de museus

    » Inscrições abertas

    • Os Museus Fortalecimento Program (MAP) , o Museu Nacional da Colômbia - Ministério da Cultura, vai oferecer workshops sobre gestão e competitividade em museus em oito cidades: Tunja, Cartagena, Santa Marta, em Manizales, Popayan, Barranquilla, Bucaramanga e Cali .
    • O PFM tem US $ 64 milhões para patrocinar museológicas oito estados do país que demonstram projectos de empreendedorismo e gestão excelente.

    Bogotá, DC, 22 mar 2013
    Os Museus do Programa de Fortalecimento (PFM), o Museu Nacional da Colômbia - Ministério da Cultura, convida as instituições museológicas de se registar para os workshops sobre gestão e competitividade, que será realizada em oito cidades o país a partir de 26 de abril deste ano.
    Ciente de que os museus devem atender às necessidades de seu público-alvo, desenvolver estratégias e fornecer portfólios de serviços, os criadores do PFM buscam fortalecer a gestão do negócio das instituições museológicas por meio de oficinas, convidando incorporar ferramentas básicas de marketing de seus planos estratégicos. Aqueles registrar nessas atividades podem acessar uma cartilha educativa concebida pela equipe do Programa de Fortalecimento Museus, que oferece dicas e sugestões sobre o uso de tais ferramentas.
    Além disso, diversas instituições em cada região vai patrocinar oito instituições museológicas do país para conseguir se destacar por seus projetos de empreendedorismo e gestão, a fim de acompanhá-los para financiar seus projetos. Para este acompanhamento, PFM gastou US $ 64 milhões.
    As cidades onde as oficinas são oferecidas Tunja, Cartagena, Santa Marta, em Manizales, Popayan, Barranquilla, Bucaramanga e Cali. Instituições interessadas podem inscrever gratuitamente via e-mail jfelix@museonacional.gov.co oumuseos@museonacional.gov.co .
    » Cidades e datas onde serão realizadas as oficinas
    CidadeLugar Data
    TunjaCasa Cultural Gustavo Rojas Pinilla29 e 30 de abril de 2013
    CartagenaMuseo de El Cabrero2 e 3 de maio de 2013
    Santa MartaMuseu Bolivariano de Arte Contemporânea10 e 11 de maio de 2013
    ManizalesMuseum Center20 e 21 de maio, 2013
    Popayan Museo Guillermo Valencia31 de maio e 01 de junho de 2013
     BarranquillaMuseu de Arte Moderna, em Barranquilla4 e 5 de junho de 2013
    Bucaramanga  Museu de Arte Moderna de Bucaramanga14 e 15 de junho de 2013
    CaliMuseo La Tertulia20 e 21 de junho de 2013
            
    " Para dar conta

    • Este projecto destina-se a museus ou instituições museológicas já criados.
    • O PFM não se destina a criar museus, mas para gerar uma boa posição e boa rentabilidade instituições museológicas através da gestão estratégica.
    • Incidirá sobre o uso que os museus devem tornar os recursos alocados pelo Programa de Fortalecimento Museus Programa Nacional de Incentivo e do Programa Nacional, assim como oficinas liderados pelo Grupo Empreendedorismo Cultural.

    " O que é o Programa de Fortalecimento dos Museus?

    é o órgão responsável pela execução da Política Nacional de Museus no país. É a entidade catalítico que processa a demanda da comunidade museu dos desafios do desenvolvimento dos museus hoje.
    Para mais informações sobre os seus serviços, visite o website http://www.museoscolombianos.gov.co/inicio relata Senior Communications Division Museu Nacional da Colômbia, Maria Andrea Izquierdo / Felipe Lozano Telefone: 3816470, ext. 2171/2173 E-mail: prensa@museonacional.gov.co Twitter: @ museonacionalcowww.museonacional.gov.co
     










    Data 2013/04/15 seção
     
    Novos recursos para o atendimento da primeira infância no setor de museus    
    Temos o prazer de informar que graças aos esforços feitos pelo Ministério da Cultura, aprovou a expansão do investimento em CONPES 2013 162 430 821 645 666 USD no valor de Sistema de GSP para projetos de educação infantil apresentado por bibliotecas, museus e casas da cultura, em termos de infra-estrutura e equipamentos. Cada município irá incorporar esses recursos no primeiro semestre de 2013 com a conclusão da obra inacabada prioridade suspensões Criança Centro de Desenvolvimento, com viabilidade técnica e operacional foram iniciados com 115 recursos Conpes . de 2008 e 123 de 2009 Adicional ao presente, as outras linhas de investimento autonomamente escolher são:




    • Ambientes Educativos iniciaisatravés desta linha de investimento, que coordena o Instituto Colombiano Bem-Estar Familiar, pretende estimular e alavancar o desenvolvimento de novas infra-estruturas para a educação infantil, bem como a adequação e / ou dotação existente.
    • Estratégia de Saúde para a Infância 
      Investimento Essa linha visa promover o desenvolvimento adequado dos cuidados de Estratégia primeiros mil dias de vida, coordenado pelo Ministério da Saúde e Proteção Social. A estratégia abrange o período entre o preconceito até a idade de dois anos de vida.
    • Hotelaria educacional e culturalde Investimento Esta linha inclui a expansão, manutenção, reparação e disponibilização de espaço físico onde realizar várias práticas e comunidades artísticas e culturais, como bibliotecas, museus e centros culturais, especificamente os quartos e cenários se concentrar em crianças entre 0 e 6 anos, de acordo com as diretrizes e normas técnicas emitidas pelo Ministério da Cultura.
    • Qualificação dos professores, os professores e educadores que trabalham na educação infantil, no contexto da atenção integralinvestimento Esta linha destina-se a financiar a capacitação de talentos humanos que trabalha com educação infantil, a fim de fortalecer suas práticas cotidianas que resultam na qualidade do atendimento para crianças na primeira infância, de suas famílias e da comunidade, de acordo com as orientações técnicas emitidas pelo Ministério da Educação.
    Anexado é o Conpes documentos , anexos de distribuição e anexo às orientações técnicas da indústria . No link abaixo você pode conferir o resto dos acessórios:https://www.dnp.gov.co/CONPES/DocumentosConpes/ConpesSociales/2013.aspx