quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

A era das "galerias-museus" / Texto de Ana Magalhães compartilhado de www.select.art.br

A era das “galerias-museus”Transformação no sistema internacional da arte na última década aponta para uma reconfiguração da relação entre a produção, o mercado e as instituições artísticas
Ana Magalhães
PUBLICADO EM: 21/12/2016
CATEGORIA: COLUNAS MÓVEIS


Ana Magalhães é historiadora da arte, curadora e professora do MAC-USP, e entre abril e junho de 2016 foi pesquisadora convidada do Getty Research Institute, em Los Angeles, Califórnia (Foto: Divulgação)
Ana Magalhães é historiadora da arte, curadora e professora do MAC-USP, e entre abril e junho de 2016 foi pesquisadora convidada do Getty Research Institute, em Los Angeles, Califórnia (Foto: Divulgação)
Estamos assistindo a uma enorme transformação no sistema internacional da arte na última década. Fala-se em uma reconfiguração da relação entre a produção, o mercado e as instituições artísticas. Os Estados Unidos são apontados como modelo de como esse sistema se comporta e, de fato, ao fazer um rápido panorama da situação norte-americana hoje, percebemos o quanto ela é sintomática de uma tendência à financeirização e à especulação da arte. Essa tendência parece cooptar as instituições artísticas, os museus e começa a inverter o papel do museu de arte moderna e contemporânea. Um dos sintomas dessa inversão é o novo modelo de galeria de arte. Um caso exemplar é o da recém-inaugurada sede da famosa Hauser & Wirth no centro de Los Angeles, na Califórnia (em franco processo de gentrificação).
Num momento em que a grande metrópole da Costa Oeste dos EUA ameaça roubar o brilho de sua irmã do Leste (Nova York), com a expansão do seu chamado Arts District – que hoje começa a se estender para grandes galpões industriais, antes abandonados, do outro lado do Los Angeles River –, a galeria suíça, fundada em 1992, uniu-se em sociedade ao ex-diretor do Museum of Contemporary Art (MoCA), Paul Schimmel, para implantar sua sede ali. Ao mesmo tempo, a Hauser & Wirth prepara-se para “mudar de casa” em sua sede nova-iorquina, ocupando até o ano que vem os espaços do antigo DIA Center, na região de Chelsea.
Vista da exposição Revolution in the Making: Abstract Sculpture by Women, 1947-2016 (Foto: Joshua Targownik/ Hauser & Wirth)

Nova sede em Los Angeles da Hauser & Wirth (Foto: Brian Forrest/ Hauser & Wirth)
Para a inauguração da sede de Los Angeles, em março de 2016, Paul Schimmel convidou a também historiadora da arte Jenni Sorkin para conceber uma exposição que reunisse apenas artistas mulheres, que nos últimos 70 anos dedicaram-se à escultura abstrata. Nos espaços de 2 mil metros quadrados de uma antiga fábrica produtora de trigo reformada com a consultoria de arquitetos renomados, a exposição Revolution in the Making: Abstract Sculpture by Women, 1947-2016 apresenta obras históricas de artistas mulheres consagradas ao longo da segunda metade do século 20, ao lado de artistas contemporâneas também consolidadas e de fama internacional. Até aqui, nada de muito surpreendente, se pensarmos na lógica do mercado internacional de arte hoje – ainda que alguns críticos considerem surpreendente o fato de a galeria privilegiar artistas mulheres dentro desse contexto. Mas sabemos que essa tem sido uma estratégia do mercado de criar “novidades”. Curiosamente, nesse caso, apenas 20% das obras em exposição estavam disponíveis para venda, pois o restante foi emprestado de museus norte-americanos (tais como o Whitney Museum, de Nova York, e o próprio MoCA de Los Angeles). Além disso, a galeria está no auge de suas aquisições de espólios de artistas contemporâneos, dentre eles a recente incorporação do Projeto Lygia Pape, artista que é objeto da mostra em cartaz na galeria neste exato momento (setembro de 2016).

Vista da exposição Revolution in the Making: Abstract Sculpture by Women, 1947-2016 (Foto: Joshua Targownik/ Hauser & Wirth)
Vista da exposição Revolution in the Making: Abstract Sculpture by Women, 1947-2016 (Foto: Joshua Targownik/ Hauser & Wirth)
O que surpreende é o fato de entrarmos num espaço que, além de se assemelhar a uma área de museu, usa das estratégias do museu de arte contemporânea para se legitimar. A mostra é acompanhada de um catálogo primoroso, com ensaios curatoriais encomendados a estudiosos reconhecidos – o que certamente fará dele documento importante para quem vier a estudar o assunto no futuro. Tudo isso acompanhado de um espaço com equipamentos museológicos: a monitoria das salas, a livraria (que, em seu press release, a galeria orgulhosamente apresenta como “a primeira casa especializada em livros de arte de Los Angeles”) e um restaurante. Por fim, a mostra teve seis meses de duração, e este será o padrão adotado pela Hauser Wirth & Schimmel para seu programa de exposições.
Situada num circuito que envolve o próprio MoCA e sua extensão (o Geffen, que no primeiro semestre abrigava uma mostra muito inteligente sobre a produção contemporânea dos anos 1990), e museus como o também recém-inaugurado Broad Museum (outro sintoma dessas inversões do sistema da arte), a galeria se abre para um público mais amplo do que aquele, muito seleto, que frequenta o espaço tradicional de uma galeria. Mas ele se distingue muito daquele que hoje vemos nos museus norte-americanos, fruto de um franco processo de massificação do museu de arte, e para quem o que se mostra também é massificado. Estaríamos num processo de substituição da função do museu de arte contemporânea pela da galeria comercial? Qual a finalidade desse processo, em que as instituições públicas e de interesse público parecem relegadas ao segundo plano, e vemos a criação de galerias a quem são entregues os legados da produção artística atual? É nelas que se desenha, a partir de agora, a narrativa da arte do século 21? Terão elas o compromisso de documentar essa história?
Não se trata aqui de discutir o mérito da curadoria da exposição apresentada, nem tampouco das obras e artistas – que eram excepcionais. Mas, nesta nova configuração do sistema das artes, seria fundamental discutir o que se espera de um museu de arte contemporânea.

A era das "galerias-museus" / Texto de Ana Magalhães compartilhado de www.select.art.br


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

CONCURSO CULTURAL - Mostre seu Talento

Para quem gosta de Fotografia está em Exposição na Sede do Ministério Público de Ponta Grossa uma Mostra do Concurso de Fotografias realizado em Curitiba. 
O endereço do M.P. é Rua Ermelino de Leão, 1358 Olarias, atrás do Super Mercado Mufatto.
As inscrições para o Concurso de 2016/2017 estão abertas, ver regulamento no site: www.mppr.mp.br








www.mppr.mp.br






quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Centro de Cultura Cidade de Ponta Grossa apresenta: "O Incrível Menino Preso na Fotografia”

Nesta sexta feira dia 02 de dezembro às 20 horas acontece no Centro de Cultura Cidade de Ponta Grossa a segunda apresentação em nossa Cidade da peça “O Incrível Menino Preso na Fotografia”, uma nova montagem do texto do dramaturgo paulista Fernando Bonassi pela Ruído Companhia de Teatro (Curitiba/PR).
A entrada é gratuita.

O menino – ftc2015
Espetáculo muito bom e os Atores excelentes, uma história que faz voltar ao tempo e lembrar de nosso tempo de Escola nestes anos alegres e conturpados ao mesmo tempo....
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Relato da história recente do país sob o ponto de vista de um estudante dos anos 70 que, desde então, está preso na clássica fotografia tirada sobre a escrivaninha. Confortável e infeliz, ele está decidido a esperar pela chegada do dia em que as promessas serão cumpridas. 
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Texto:Fernando Bonassi | Direção:Fátima Ortiz | 
Assistência de direção:Jean Carlos Sanchez | 
Elenco:Daniel Valenzuela e Troy Rossilho | Cenário:Ricardo Alberti | 
Figurino:Carmen Rodriguez | Iluminação:Dani Régis | 
Composição musical:Troy Rossilho | Produção audiovisual:WTF?! Filmes | 
Preparação corporal:Juliana Adur | Preparação vocal:Edith de Camargo | 
Direção de produção:Daniel Valenzuela | Programação visual: Henrique Martins Mota
Realização:Ruído Companhia de Teatro | Produção:Mataveri Cultural | 
Apoio:Cia. Pé no Palco
Gênero: Drama
Diretor: Fátima Ortiz
Elenco: Daniel Valenzuela e Troy Rossilho
Duração: 50 minutos
Classificação indicativaNão recomendado para menores de 12 anos


Centro de Arte Contemporânea Edilson Viriato no Museu de Arte Sacra ....

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Mostra Individual de Edilson Viriato na Fundação Cultural de Balneário Camboriú

O artista plástico Edilson de Carvalho Viriato apresenta sua mostra individual Um dia na semana de 11 de novembro a 6 de dezembro na Galeria Municipal de Arte.  
São 30 obras em acrílico sobre tela, nas quais o artista retrata lugares de diversos continentes, paisagens, detalhes e momentos especiais. 
Artista plástico paranaense expõe na Galeria Municipal

A visitação é gratuita de segunda a sexta, das 13h às 19h.
Edilson de Carvalho Viriato nasceu em Paraíso do Norte (PR) e, atualmente, vive e trabalha em Curitiba. 
Resultado de imagem para Edilson Viriato
Tem formação superior pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná em gravura, pintura, desenho e escultura 1985/88. Frequenta o Atelier Solar do Barão desde 1986, desenvolvendo trabalhos de gravura: metal, lito, xilo, serigrafia etc. Participa de congressos, palestras, workshops e simpósios de arte.
Suas obras já foram expostas em vários salões, mostras e exposições nacionais e internacionais.
Mais informaçõesviriatoatelierdearte@hotmail.comGaleria Municipal de Arte – (47) 3264.8734, das 13h às 19h
Fundação Cultural de Balneário Camboriú
Assessoria de Imprensa
Texto: Vânia de Campos (Jornalista)
Imagens: Viriato/Divulgação
(47) 3366.5325, das 13h às 19h
culturabc.com.br | facebook.com/fundacaocultural
balneariocamboriu.sc.gov.br

sábado, 26 de novembro de 2016

Colégio Estillo fazendo a diferença com Arte .....

PROJETO RECICLANDO VALORES

Aconteceu na última sexta feira dia 25 de novembro, a Exposição final dos trabalhos realizados pelos alunos no Projeto "Reciclando Valores" idealizado por Maria Fernanda Almeida Gagliastri e realizado pelo Artista e Escultor Luiz Gagliastri com alguns alunos do Colégio Estillo em Pinhais.
Antes da abertura da exposição aconteceu a inauguração da Praça Miguel de Cervantes com uma obra do Mestre Gagliastri.
Junto com as aulas práticas de pintura e escultura, os alunos trabalharam diversas temas entre Eles, Sustentabilidade reforçando a preocupação com o meio ambiente. As esculturas feitas pelos alunos em argila depois foram transformadas em moldes e fundidas no Atelier do Escultor reaproveitando as latinhas de alumínio que os Alunos juntaram neste período.
O evento contou com os Alunos e os seus Pais que não escondiam a adminiração de ver o resultado deste trabalho que transformou Gagliastri num Herói para estes Jovens que farão a diferença no futuro de nosso País.
Parabéns a todos os envolvidos principalmente aos Proprietários do Colégio Estillo pela inciativa de levar Artistas que são referências na História da Arte para passar suas experiências e ensinar Arte.


 




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Criador e Criatura fernte a frente..... Gagliastri hipnotizado pela sua belíssima obra.