terça-feira, 3 de junho de 2014

Vivendo momento de transição, arte deve se separar da modernidade - Charles Esche


Compartilhado http://noticias.uol.com.br/

Não é muito fácil mudar. Todos nós subestimamos o quanto nos sentimos seguros com verdades e convicções familiares. Paradoxalmente, muitas vezes nos aferramos a elas mesmo quando não nos satisfazem nem explicam muito bem nossas experiências concretas. Graças ao convite para ser curador da 31ª Bienal de São Paulo, tive a chance de viajar pelo Brasil e ver algumas de minhas próprias verdades e convicções básicas transformadas no processo.
Como participante de uma equipe curatorial, observo que o Brasil, ao lado de muitos outros lugares, está vivendo um momento de transição, não só na arte mas também na sociedade, na economia e na política. Algumas das ideias mais básicas sobre a vida moderna e a modernidade estão dando lugar a novas possibilidades e aspirações. Surgem fenômenos que ainda não conseguimos descrever, e isso gera uma impressão quase tangível de que se vive no entremeio de tempos, espaços e identidades.
Sofia Colucci/DivulgaçãoUma das tarefas da arte é ajudar o moderno a desaparecer para que as experiências concretas de vida se tornem visíveisCharles Esche, curador da Bienal de SP, sobre desafios em um período de transição
Nossas jornadas pelo Brasil nos levaram a alguns trabalhos fabulosos e a alguns pensamentos muito claros sobre nossa condição corrente. Mas, em geral, ainda sentimos uma forte paixão e um grande comprometimento com a modernidade brasileira.
Esse impulso emocional aproxima-se da nostalgia, pois as certezas da era moderna não se encontram apenas no Brasil, e são um desafio em todos os locais que se engajaram nos ideais modernos. Isto me leva a suspeitar que uma das tarefas da arte hoje é aplainar a trilha da transição e ajudar o moderno a desvanecer-se para possibilitar que as experiências concretas de vida hoje se tornem visíveis.
Na preparação da 31ª Bienal encontramos trabalhos artísticos que se reportam mais a tradições pré-modernas ou mesmo não modernas. Embora outrora possam ter parecido "fora do tempo", agora se mostram muito relevantes para o presente.
Nesta mesma linha, algumas das tentativas mais obscuras ou descartadas de imaginar o mundo durante os tempos modernos estão se tornando hoje maduras para reavaliação, e podem ser muito úteis à reflexão sobre a natureza de nossa transição corrente. Procuramos reunir projetos desse tipo de forma a possibilitar que a percepção global sobre a Bienal seja a de um fluxo de culturas e sociedades em busca de novos lugares em torno dos quais se aglutinar e estruturar.
Está bem claro que as velhas hierarquias de uma ordem mundial com identidades fixas para pessoas e nações estão perdendo terreno para o que se poderia chamar de humanidade superdiversa.
Comprometimento com a modernidade brasileira aproxima-se da nostalgiaCharles Esche, curador da Bienal de SP, sobre a arte nacional
Grupamentos temporários e dinâmicos de opiniões, ações comuns e personalidades hoje se formam para fins particulares, e mesmo assim moldam nosso entendimento do quadro social e político mais amplo. Parece haver uma necessidade mais geral de se entender onde reside o potencial para a sociedade humana e de renegociar a relação entre o individual e o coletivo em favor do que podemos compartilhar e usar, em lugar de apenas possuir.
À medida que essas mudanças na sociedade tomam seu curso, é inevitável o surgimento de antagonismos e o agravamento dos protestos. Existem muitos interesses investidos nos velhos sistemas modernos de organização que ainda não deram o último suspiro.
Mesmo assim, penso que podemos olhar para a situação atual do mundo com um grau de otimismo. A mudança está a caminho, a direção da viagem é mais ou menos clara e o ímpeto se encontra nas relações abertas, diversas, plurais e emaranhadas que estão sendo geradas.
Espero que possamos captar um pouco de sua energia sob o estandarte da 31ª Bienal. Porém, mais importante que as discussões e o debate em torno dela será abraçar esta ideia de transição, analisá-la e usá-la como um caminho para compreender algo sobre como vivemos hoje

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Por que é fácil odiar Romero Britto?


COMPARTILHADO DE http://www.ideafixa.com/
Existe no manual da pessoas que, de alguma forma, mantém relação pessoal com a palavra "cultura" (ou "arte" etc) que é proibido gostar de Romero Britto. Faça o teste: vá até uma faculdade de artes, entre em uma sala de aula e grite "Romero Britto é um grande artista!" e veja o que acontece. Isso pode ser feito também em galerias tradicionais do eixo Rio-SP, em mesas de bares na Vila Madalena ou qualquer ambiente onde prepondere um código de conduta "intelectual/alternativo/artístico/arrojado/etc".
vamos tentar ir com calma
"vamos tentar ir com calma"
A hashtag #curteRomeroBritto era uma das qualidades indesejáveis de um macho de acordo com o aplicativo Lulu, lembra? Se gostar de Romero Britto está diminuindo a reputação masculina virtual, deve ser algo terrível. Mais terrível ainda é o fato de você se importar com avaliações eletrônicas da sua imagem virtual, o que é assunto pra outro texto.
Apesar de ser ridicularizado no contexto "cultural", fora desse meio, Britto é um sucesso estrondoso. Suas obras são estampadas em todo o tipo de produto, reproduções são vendidas aos lotes, celebridades adquirem os originais. "A massa é ignorante e tem péssimo gosto!" - é sempre mais fácil culpar as massas ou qualquer outra entidade onipotente, como por exemplo o governo, deus etc. Principalmente quando a ordem é esculhambar alguém.
Porém, antes de embarcar no próximo bonde do ódio você tem que se perguntar: "por que eu odeio isso?" - o ódio é uma forma de defesa. O que há de tão ameaçador no trabalho de Romero Britto para que a comunidade artística/culta/acadêmica/intelectual/etc o rejeite de forma quase unânime? Mais do que isso, por que aquelas pinturas alegres e coloridas são capazes de fazer artistas e entendidos despejarem bile e veneno? Vamos analisar alguns argumentos de seus detratores:
ARGUMENTO UM: "Ele faz sempre a mesma coisa."
Vou concordar que isso não está longe da verdade; alguém desenvolveu um aplicativo para Google Glass que oculta obras de Britto e substitui por grandes mestres da pintura (anote esse pensamento, vamos usar mais tarde). Se um aplicativo de software consegue identificar obras de Romero Britto, de fato existe um padrão por trás de suas obras, coisa que eventualmente surge disfarçada pelo nome "estilo".
Meditemos na palavra "estilo". Estilo, stilus, é o nome de uma ferramenta antiga, hoje o que temos de mais próximo é o estilete. Estilos eram usados para escrever em placas de argila (escrita cuneiforme) por romanos e outros povos. Esse tipo de trabalho manual carregava a marca individual da pessoa que o fazia; a palavra "estilo" acabou sendo associada ao jeito particular de cada um de criar ou executar determinadas tarefas.
O artista Akira Umeda um dia compartilhou as seguintes considerações:
"No terreno da música pop, "rock" é, desde há muito, um ajuntamento de letras que não aponta para nada além de uma classificação esgarçada: aponta, portanto, para "qualquer coisa", ou seja, não aponta. Sem pontas, estas letras não configuram "estilo": um estilo, como se sabe, tem ponta que fere, rasga e corta. Assim, coisas associadas a "rock" são "qualquer coisa que não fere, rasga e corta". O ajuntamento de indivíduos "Guns N 'Roses", em turnê por cidades brasileiras, equivale ao ajuntamento de letras "rock". O ajuntamento de multidões em torno destes indivíduos e destas letras produz uma imagem da realidade atual cuja vacuidade não tem sido apontada."
A arte contemporânea, assim como o rock, é um conceito esgarçado, aponta para qualquer coisa; qualquer tipo de ação, desde que justificada como prática artística (ou seja, feita por artistas), cabe no conceito de "arte contemporânea". Há menos de um século atrás a arte era, sim, um campo onde os "estilos" ou "ismos" apontavam para alguma coisa (cubismo, surrealismo, dadaísmo etc) em detrimento de outras, ou seja, rasgando/ferindo/cortando.
Hoje a arte contemporânea aceita que tudo pode ser uma obra de arte, desde deixar um cão morrer, passando por fazer um letreiro luminoso com letras de pixação até perder a virgindade, desde que sejam feitas num contexto "artístico" (o que muitas vezes quer dizer: dentro de uma galeria) - eu não sou contra isso, já vou adiantando. Só estou perguntando: se a arte contemporânea aceita todos os discursos, por que, então, proibir Romero Britto de entrar?
Um fato curioso é que, se você for uma pessoa que se interessa por arte e eu gritar "homens amarelos!", você vai gritar "Os Gêmeos" em vez de "Os Simpsons". Você não sabe o que esperar d'Os Gêmeos? Eles ganharam um avião pra pintar, com vários temas implícitos (copa do mundo, futebol, seleção, Brasil etc) e eles pintaram... você sabe o que eles pintaram.
A repetição é um dos fatores do estilo - há quem diga que "estilo" é um nome bonitinho para "repetição". É por isso que nós sabemos mais ou menos (ou exatamente) o que esperar de determinados artistas; em diferentes obras há elementos repetidos que nos fazem identificar qual trabalho é de quem. Muitos artistas em estado de graça no meio culto estão com a tecla "repeat" apertada há anos - o que não é necessariamente ruim, mas também não é necessariamente bom, etc.
A repetição, portanto, é um argumento inválido para desqualificar o trabalho de Britto, visto que isso seria desqualificar o trabalho de boa parte dos artistas reconhecidos como legítimos em atividade hoje. Deixe essa parte assentar por alguns instantes; pense na gravidade disso, principalmente se você for artista e se você for um repetidor.
ARGUMENTO DOIS: "Seu trabalho não tem profundidade."
Uma das fundações da percepção popular a respeito de artistas é a suposição que artistas possuem uma sensibilidade mais apurada que a média, e por isso são capazes de materializar aspectos da vida que passariam sem serem notadas pelas outras pessoas.
Seguindo essa lógica, o argumento de alguns é que o trabalho de Romero Britto é desconectado da realidade, não instiga a reflexão, não "problematiza" (palavra favorita de 8 entre 10 curadores e críticos de arte) nenhum "aspecto da contemporaneidade" etc. Vilém Flusser, no texto "Coincidência incrível", está falando sobre a fé, tecnologia e ciência::
Se digo: "Amanhã nascerá, em vez do sol, um queijo de Minas para iluminar a Terra", terei dido uma absurdidade. Mas se digo: "Ontem nasceu um queijo de Minas e iluminou a Terra", terei articulado uma banalidade. É óbvio que o queijo de Minas nasceu. As teorias astronômicas esperavam pelo nascer do Sol, mas essas teorias são apenas sistemas hipotéticos incompletos. Comportam uma reformulação progressiva. (...) O queijo de Minas, longe de abalar a astronomia, prova, pelo contrário, a eficiência do método científico como captação da "realidade".
Assim também é a fé na arte contemporânea. Qualquer proposta é válida, desde que haja um alinhamento teórico coerente, desde que o artista declare um ato ou resultado como obra de arte, legitimados pela fé na arte. Portanto, se um belo dia, Romero Britto sair de seu atelier e declarar que seu trabalho é um "questionamento acerca da banalidade dos signos e do mercado de consumo, inserindo ícones irrelevantes no mercado da arte, que necessariamente irá validá-los", ele terá legitimado seu trabalho enquanto arte contemporânea.
Pior ainda: se um curador montar uma exposição contendo trabalhos de Cildo Meireles, Nelson Leirner, Andy Warhol E Romero Britto (heresia, eu sei), e afirmar que se trata de um conjunto de obras que questionam a fronteira entre "arte" e "indústria cultural", esse discurso, dentro do contexto da arte, teria que ser aceito como legítimo também. Você poderia até não gostar, mas teria que engolir. O milho e a soja estão aí pra te ajudar nessa parte.
ARGUMENTO TRÊS: "O trabalho de Romero Britto é inflacionado, superfaturado, não vale o quanto custa."
Em algum momento do ano passado, a revista Veja São Paulo atirou um homem aos leões. Alexander de Almeida foi usado para transmitir uma mensagem. Foi inventado um nome-slogan para ele - "o rei do camarote". Esse tipo de nomenclatura ou apelido tem um propósito. Você se esqueceria rapidamente do nome Alexander de Almeida, mas não se esquecerá tão cedo do "rei do camarote".
Eu assisti a matéria e, por alguns instantes, lamentei pelo destino do rei do camarote. É evidente que ele não sabia que estava sendo usado. Ele foi atirado à massa como um verdadeiro "boi de piranha", é muito fácil sentir raiva dele: ele é do sexo masculino, branco e rico, então você não corre risco algum de sentir culpa; quando você não precisa refletir se deve ou não embarcar no bonde do ódio, suba de uma vez, não é mesmo?
hateorade pra galera
hateorade pra galera
Um "pequeno detalhe" foi, propositalmente, excluído da reportagem sobre o rei do camarote. Em momento algum se fala sobre a profissão de Alexander, o que ele faz para ganhar tanto dinheiro. "Mentira! Na matéria eles falam sobre isso sim: ele é empresário." - ah sim, empresário, o cargo mais genérico de todos. Aquele senhor atrás do balcão daquele boteco sujo também é um empresário, e ele nunca ganhará na vida inteira o que Alexander gasta em uma madrugada.
A mensagem perigosa por trás da matéria do rei do camarote é a de que a identidade de uma pessoa não precisa estar associada ao que ela faz no dia a dia. O rei do camarote é riquíssimo e gosta de esbanjar seu dinheiro, mas matéria parou aí; nada é dito sobre a vida profissional de Alexander, ou seja não importa de onde esse dinheiro vem, ele simplesmente o possui. A mensagem é: o dinheiro que uma pessoa tem está menos associado ao que a pessoa faz e mais associado ao que ela é. Eu sei que é difícil de entender como isso é possivelmente um problema. Vou dar um exemplo mais ilustrativo:
A pessoa com quem você tem um "relacionamento sério" descobre que você é infiel. Pior do que isso: você enviou para a pessoa amada, por engano, um vídeo com você transando com outra pessoa, com direito a câmera lenta nas melhores cenas e closes genitais; sua voz é audível durante todo o vídeo, você falou sacanagens nunca antes ditas e teve três orgasmos ao longo da aventura do outro lado do muro. Você chega em casa, e assim que você abre a porta, tem que desviar de uma faca arremessada em sua direção; a sua "pessoa amada" está simplesmente furiosa, fora de si. E aí você começa: "eu posso explicar." Após desviar de mais alguns objetos, você ganha três minutos para falar o que quer que seja, e você começa: "Aquele no vídeo não sou o verdadeiro eu. Você sabe que te amo, eu não sou um pilantra, naquele dia nós tínhamos brigado, e eu fui beber, e aconteceu, mas se você não tivesse brigado comigo... aquele não era eu, você me conhece, eu não sou assim."
Ou ainda: "Eu não sou racista, mas... (insira discurso racista aqui)". Ou um sujeito que diz ser feminista para galantear mulheres. Ou ainda: "eu não sou de compartilhar esse tipo de coisa, mas vejam que ridículo esse rei do camarote". Esse é um problema: a percepção de que você é o que você diz ser (ou o que você mostra numa rede social).
Eu escrevi tudo isso para falar que, apesar de possuir um senso estético discutível, Romero Britto consolidou sua identidade no mercado pelo que ele faz, e não pelo que diz fazer. Romero Britto pode até não entender a sua própria posição enquanto produtor (me recuso a comentar sobre as comparações com o Picasso), mas há uma demanda enorme pelo seu trabalho, e quem dá o preço é o mercado; a lei de oferta e procura também existe na arte, é por causa dela que obras de artistas mortos valem muito mais. Você pode reclamar à vontade do quanto Britto ganha, mas não pode dizer que é injusto ou absurdo, o mercado de arte é mega-inflacionado por natureza.
"Você está defendendo Romero Britto!!!!"
Errado, Romero Britto não precisa de defensores. Essa não é a questão. A questão é que Britto é odiado/rejeitado/defenestrado pela comunidade culta/artística/etc pelos motivos errados (não que haja um motivo certo). Britto não está minimamente interessado no discurso artístico, nos problemas da contemporaneidade, na "problematização" (que palavra horrível) do que quer que seja. Olhe para a foto abaixo:
romero-shakira
Comentários rápidos: 1) essa foto me causa uma "certa inveja", 2) achei que Shakira está ótima nessa foto, sem a megaprodução, 3) posar para a foto olhando para o próprio quadro, mesmo ganhando um abraço da Shakira, que ego enorme, 4) se você é artista "de verdade", você provavelmente não irá ganhar um abraço da Shakira.
O comentário 4 é o mais importante porque contém o principal problema das críticas feitas pela classe intelectual/etc ao trabalho de Romero Britto. Ele não joga o mesmo jogo que os artistas da Bienal de SP ou da Documenta de Kassel. Britto está até o pescoço submerso na indústria cultural. Você já ouviu falar em Hans Donner? Ele foi o responsável pela criação da identidade visual da Rede Globo, e é por causa dele que você pode esperar sempre por ornamentos prateados e confetes coloridos e explosões de luz em qualquer produção "global".
Lembra do Google Glass? Do aplicativo que substitui as obras de Britto por grandes mestres da pintura? O maior erro dos detratores de Romero Britto é confundir a sua produção com a produção desses artistas, são coisas diferentes, Romero Britto é indústria cultural vendida sob a fachada de um artista, o que ao mesmo tempo serve para 1) passar a impressão para o público de que a maior representação da arte contemporânea é Romero Britto e 2) aumentar o desinteresse do público pela arte contemporânea.

(se eu inventasse um aplicativo de Google Glass que substituísse todas as novelas e seriados idiotas por Metropolis do Fritz Lang, geral ia passar a vida inteiro vendo Fritz Lang, esse é o nível da prepotência do app removedor de Romero Britto)

Britto está muito mais próximo de Hans Donner do que de qualquer artista considerado "sério" - a indústria cultural é, inclusive, matéria-prima para as pinturas de Britto, ele pintou a série "Celebridades", retratos de personagens do mundo da televisão etc. "Andy Warhol também comentava a indústria cultural em suas obras de arte!" - Pelo amor de deus, nem comece, são obras distintas, tempos diferentes. O trabalho de Britto, apesar de possuir apelo visual que seduz muitas pessoas, é superficial e mercadológico, mas, ainda assim, as pessoas ditas cultas gostam de expressar o seu repúdio/ódio ao seu trabalho como se ele fosse um artista "sério" e não um produtor em série.
Você sempre verá a palavra "artista plástico" associada a Romero Britto e não "designer de produtos" ou "produtor cultural", assim como se falam em "artistas globais" para se referirem aos atores da Rede Globo, e eles usarão a palavra "artista" para falar tanto de Fernanda Montenegro como de qualquer um dos péssimos atores que eles empregam, ou seja, a palavra "artista" é completamente manipulável. Mas se você detesta o trabalho de Britto porque seu trabalho é superficial e/ou popular, a responsabilidade de não colocar as coisas em seus devidos lugares é toda sua.
O problema de odiar um alvo fácil (como o rei do camarote ou Romero Britto) é que alvos fáceis distraem nossa atenção das coisas importantes. É fácil criticar o fato de que Britto tem um público enorme com um trabalho ridículo; difícil enxergar o outro lado do abismo que existe entre a arte contemporânea e a sociedade e o desafio de ser artista e viver do próprio trabalho. "Mas o governo, as empresas e os bancos estão financiando a arte no Brasil!" - pare, agora. Pense nisso que você acabou de me dizer. Respiremos.


É fácil afirmar que o rei do camarote é um falastrão; não-tão-fácil é parar por um instante e se perguntar "por que eu me importo com o rei do camarote?" - por que se você fizer essa pergunta, pode chegar à conclusão que você está ocupado com Alexander de Almeida para esquecer o lado falastrão da sua própria vida, e é por isso que eu sei que a maior parte das pessoas que ridicularizaram Alexander de Almeida estão com o cartão de crédito operando no nível máximo. Aquele homem está gastando quantias obscenas de dinheiro com noitadas em São Paulo, a Veja cria um personagem, a população entra em polvorosa, "que homem ridículo".
O detalhe mais absurdo dessa história é que não existe "rei do camarote". Você acha que existiam os "dez mandamentos do rei do camarote" antes dessa matéria? Eu tenho certeza que Almeida jamais passou um minuto sequer elaborando um mandamento. Almeida teve que ser retratado como um debilóide, pois a crítica esperada é: "Ha! Que imbecil. Eu jamais faria isso se tivesse tanto dinheiro. Todo esse dinheiro na mão de um idiota é um desperdício, eu faria muito melhor com essa fortuna."
Você o hostiliza por isso, porque a Veja te induziu a criticá-lo ou apoiá-lo, você não parou pra pensar em outras possibilidades, e a mensagem foi transmitida: se um falastrão pode ter tanto dinheiro, qualquer pessoa pode ser rica, mas não necessariamente por causa do que ela faz (tente imaginar o rei do camarote com uma expressão séria trabalhando pra valer), então aquele dinheiro está relacionado ao que ela é, o verdadeiro eu, o status.
Agora, vire a moeda do status e olhe um pouco para a parte que fica esmagada contra a mesa. Se você é um trabalhador da área da "cultura", seja lá qual seja, você sabe o que eu estou falando: longas jornadas de trabalho, pouco salário, sem hora pra voltar pra casa, sem tempo... em agências de jornalismo/design/publicidade etc, centros culturais, galerias, escolas, cafés, bares, restaurantes e tudo o que gira em torno da palavra "cultura", essas pessoas estão lá, trabalhando muito, ganhando pouco.
"Eles me deixam trabalhar com minhas tatuagens à mostra. Eu posso até ir trabalhar de bermuda!" - se você é empregado e pode ir trabalhar bem à vontade com suas tatuagens e roupas informais você provavelmente 1) é mais inteligente que a média, 2) recebe menos que a média (muitas vezes nem carteira assinada) e 3) tem algum vínculo emocional com seu trabalho que é pago com status em vez de dinheiro (por exemplo, professores da rede pública são vistos como heróis mas continuam sendo mal pagos).
Você sabe que está sendo explorado, porém continua mesmo assim, pela oportunidade de trabalhar com alguma estrela do ramo, pela chance do seu trabalho ser visto, pra construir seu portfólio, pelo bem da educação, pelo networking... são vários os verdadeiros eus que te mantém sofrendo abusos em nome da cultura. É a face sombria do status: uns poucos recebem muito por tê-lo, a outra maioria paga para tentar alcançá-lo, de vez em quando se criam uns reis do camarote para descarregar a raiva do público e o sistema prossegue. Deixe o dinheiro para essas celebridades tolas, a verdadeira arte me basta.
Romero Britto é uma válvula de escape útil para o sistema, mas ele é o menor de seus problemas, e sua produção é um importante ponto de reflexão para a situação de tudo que orbita a palavra "cultura" atualmente, o que por si só, tem algum valor. Odiá-lo é o caminho mais fácil para garantir o seu status intelectual (que você paga pra ter, ele não), mas para perceber as implicações mais graves é necessária uma postura menos automática diante da situação. Ou até mesmo se tornar o tipo de pessoa que não se sente mal com o sucesso de outras pessoas. Mas esse não é o seu verdadeiro eu, eu havia me esquecido.

domingo, 18 de maio de 2014

Lygia Clark de muitas reviravoltas, no MoMA

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"O abandono da arte '

"O abandono da arte '

CréditoByron Smith do The New York Times
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O Museu de extensa pesquisade Arte Moderna do trabalho da artista brasileira Lygia Clark influente tem um título singularmente pouco promissor: "Lygia Clark: o abandono da arte, 1948-1988" sinais de uma espécie de decepção, especialmente se você gosta de arte. 
Mas uma vez que você trabalhou seu caminho através deste down up-and-reunindo cerca de 300 obras, igualmente montagem e alternativas menos rígidas podem vir à mente, como "a expansão da arte" e "a internalização de arte."
Porque Clark (1920-1988) não abandonar tanto a arte como empurrá-la devagar, meticulosamente e mesmo logicamente - em pequenas pinturas abstratas, pedaços de parede e esculturas flexíveis - para um lugar onde objetos e materiais foram feitos para serem manuseados e espectadores tornou-se participantes, sozinhos ou em grupos. Clark inventou um processo que chamou de "estruturação do self", uma espécie de terapia psico-físico ou processo de cura que também pode ser chamado trabalho de corpo, e por algum tempo no final de 1970 e 80, ela praticou em clientes privados antes revertendo seu "abandono" e voltando-se para a arte nos últimos anos de sua vida.
Foto
"Facilitadores" demonstrar "Casal" de Lygia Clark (1969). CréditoByron Smith do The New York Times
Um dos mais fascinantes dos trabalhos participativos é capturado em um vídeo granulado em galeria final da mostra, que está pendurado com máscaras, ternos do corpo Hazmat digno e os pequenos objetos de bricolage, excêntricos que Clark elaboradas por seus participantes (e mais tarde seus clientes ), juntamente com as imagens de las em uso. (O meu favorito é um saco plástico com um elástico em torno do seu centro que contém água e um punhado de pequenas conchas, que eu definitivamente quero tentar em casa.) O vídeo retrata "Antropofágico Slobber", que foi promulgada em 1973, por estudantes de Clark na Sorbonne, onde ministrou um curso sobre "comunicação gestual" por vários anos. Uma vez que você conseguiu passar o fator "eeeee-YOU" da descrição desta "proposta sensorial", como Clark chamou, ele é bonito e bastante brilhante.
Então aqui vai: Uma pessoa (escassamente vestidas, diz o rótulo) deita, e vários outros se reúnem ao redor, cada um com um carretel de linha de cor na boca. Eles proceder para retirar e "garoa" o fio, molhado com saliva, sobre o rosto e corpo de seu colaborador de bruços, formando uma rede fina e aleatória de cores diferentes.
Embora você possa ter de ler o rótulo para entender exatamente onde ele está vindo, a delicada teia crescente de fio precipitada pelo círculo íntimo de pessoas, é muito estranho e sugestivo e simplesmente intensa não assistir por um tempo. Ela fascina, sugerindo algum rito antigo, primitivo e profundo, seja de nascimento, batismo, iniciação ou enterro. Nada disso elimina um aspecto sci-fi: Nós também poderíamos estar assistindo o cultivo de uma segunda pele, uma rede de proteção ou uma fiação complexa que o corpo acabará por absorver a ganhar poderes sobre-humanos. (Spider-Man?)
E então, talvez, estamos de volta no eee-lo, a intimidade primordial de transferência do segmento de boca-a-corpo, do suave forçando os participantes em uma experiência coletiva que só eles podem conhecer plenamente. Parece fadado a ser cobrado e fornecer informações valiosas sobre a conexão humana. Quantas pessoas iriam participar com a promessa de tal visão? Quem sabe. Mas pense sobre a velocidade com que você pode realizar respiração boca-a-boca em um estranho ou ajudar um ao dar à luz - como aconteceu recentemente em uma calçada de Nova York - e os tipos de laços que emergem de tais encontros.
Para uma visão mais aprofundada, recomendo a leitura um do Catálogo Mostrar 10 ensaios, em que o artista performático e professor Eleanora Fabião escreve sobre sua própria participação em "Antropofágico Slobber", que vai ser "ativado" por "facilitadores", nas palavras de Comunicado de imprensa do museu, às vezes, sem aviso prévio.
Esta incomum, às vezes cansativo, mostrar às vezes irritante - a primeira pesquisa abrangente de Clark na América do Norte - foi organizado por Luis Pérez-Oramas, curador de arte latino-americana da Moderna e Connie Butler, curador-chefe do Museu de martelo em Los Angeles e ex-curador-geral de desenhos da Moderna. É frequentemente um assunto bastante sombrio, em parte por causa de uma falta de cor. Parece quase como seMoMA está fazendo penitência para o barulhento abandono da retrospectiva Isa Genzken nestas galerias do sexto andar sobre o inverno.
"Lygia Clark" introduz um artista, um pensador e (a julgar por seus escritos no catálogo) a confortavelmente personalidade egocêntrica complicado, régio, que não se encaixa facilmente em qualquer arte ou categoria profissional.Seus primeiros trabalhos tem um perfeccionismo delicada, mas também uma notável falta de sensualidade. Esforços posteriores pode fracasso espetacular e de forma descuidada, mesmo ilusoriamente, como com a peça de instalação risível "A Casa é o Corpo: penetração, ovulação, germinação, expulsão.", De 1968 reverência apresentado por si só, no quarto andar, que consiste em quatro closetlike quartos; o visitante supostamente re-experimenta os processos no título. Como se. "Penetração" é preenchido com balões brancos, enquanto "expulsão" envolve fio pendurado no teto e bolas de borracha no chão.
A carreira de Clark tem uma qualidade de crescimento forçado, em que a viagem é quase mais impressionante do que qualquer uma parada ao longo do caminho. Na verdade, se estende por mais anos no tempo de arte do que o comprimento de sua vida, mas às vezes ela parece parar na repetição, como se ela não podia ser incomodado para desenvolver suas próprias idéias. A linha que passa é uma atração a escala íntima e uma espécie de espaço em espiral em que dentro e fora de se tornar um.
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Algumas das esculturas de metal de Lydia Clark chamou de "Bichos" ("Bichos").CréditoByron Smith do The New York Times
O show é apresentado em quatro grandes galerias, cada denso, com um tipo diferente de arte, como uma série de jardins bem cultivados. Primeiro vem a pintura. Após algumas preliminares de representação capazes, no início de 1950, ela se move para diversas variedades de abstração geométrica, muitas vezes em cores bonitas que chegam de volta ao construtivismo russo do final dos anos 1910, bem como Klee e Mondrian, este último um artista admirava o suficiente para resolver em uma carta imaginária reimpresso no catálogo: "Você está mais vivo hoje para mim do que todas as pessoas que me entendem, até um certo ponto." Essas obras qualificou para ser membro da auto-consciente avant-garde grupo neoconcreto, que também incluiu Hélio Oiticica , um pintor mais jovem e amigo de longa data com interesses semelhantes em inatividade.
As pinturas, em seguida, tornar-se cada vez mais físico, e as linhas de incisão começam a se inclinar na diagonal, levando a uma segunda galeria, onde uma série de bloqueio composições em preto-e-branco são investigados quase ad nauseam em obras que estão muito em sintonia com os de Josef Albers e Ellsworth Kelly. Logo, Clark está fazendo trabalhos semelhantes em metal, o que lhes permite ser moldado e os aviões preto e branco para ângulo para fora, o que finalmente leva Clark para o espaço real.
Clark tinha falado sobre isso por um tempo. Em 1956, ainda um pintor, ela deu uma palestra em que abordou a importância do espaço da mesma forma que minimalistas que alguns anos mais tarde.
A terceira galeria é dominado por suas obras mais conhecidas, as pequenas esculturas de metal encantadoramente com o nome "Bichos" ("Bichos") e os esforços relacionados 1960-63. Feito de alumínio principalmente recorte, os seus planos geométricos são articulados juntos e dobrar em vários arranjos - uma forma de pós-minimalismo antes do fato. Três cópias estão disponíveis para manipulação, o que é divertido. Assemelham-se brinquedos para adultos visualmente orientados que poderiam ser facilmente vendidos em loja de presentes da Moderna. Por isso, é um pouco confuso para ver a partir de fotografias do catálogo que Clark também considerados alguns deles modelos para imensas, genéricos esculturas públicas.
Não deve ser esquecido são duas vitrines que passo fora do fluxo cronológico e contêm alguns dos trabalhos mais gratificantes no show: estruturas minúsculas feitas de caixas de fósforos colados em configurações empilhadas pintadas principalmente brilhante vermelho ou azul. Estas estruturas compartimentadas, a partir de 1964, quando Clark estava chegando longe de objetos, podem ser planos para casas ou móveis.
A galeria final vem como um alívio, mesmo porque a angularidade hard-edge de muito do trabalho anterior cede, dando lugar a materiais maleáveis ​​moles que predominam nos objetos improvisados ​​usados ​​freqüentemente em seu trabalho terapêutico. Envolvendo bolas, luvas de borracha e máscaras, eles muitas vezes se assemelham refugiados de surrealismo, mas, principalmente, sugerem que Clark havia atingido um lado de sensibilidade que ela não viveu o suficiente para se desenvolver plenamente, dentro ou fora da arte.
O catálogo acrescenta muito para o show, mas não o suficiente. Os ensaios, apesar de interessante, tendem a enfocar e fetichizar aspectos da realização de Clark, quando alguém precisava de puxar para trás e dar uma melhor noção da mulher e de sua vida para o leitor em geral. A cronologia, geralmente uma visão confiável de vida e trabalho, é em grande parte uma lista de exposições em forma de prosa. No parágrafo do ensaio de Ms. Fabião abertura, ela menciona que Clark, que nasceu em Belo Horizonte, foi um membro de uma família aristocrática muito bem-off. Isto deixa-nos a pensar como a riqueza da família afetou sua vida, que inclui períodos em Paris.
Felizmente, o catálogo inclui exemplos de escritos e cartas de Clark, que apresentam um espectro bastante completo, a partir de momentos de narcisismo ("Eu estou me sentindo tão bem que quando eu acordar meu corpo me agradece") a Nova Era Mumbo-jumbo para muito astuto avaliações do seu trabalho e que de artistas como Albers e Jackson Pollock, a quem ela viu, com razão, como antecedentes.
Esta exposição é muito mais fácil de passar com a condução de Clark, mercurial, às vezes pioneiro inteligência sussurrando em seu ouvido.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Uma breve história da palavra 'curador'


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Uma vez que o único empregado para descrever a máquina de exposição, agora ele é usado para qualquer um de um programador de festival de música celebridade para um hipster de Williamsburg com uma conta iTunes.Britânica Art Show curador Tom Morton nos fala através das origens da palavra mais usada dos tempos modernos
Tom Morton, Curador da mostra de arte britânica
Tom Morton, Curador da mostra de arte britânica



 
Uma história muito curta da palavra "curador" pode ser executado da seguinte forma. Na Roma Antiga, curatores eram altos funcionários responsáveis ​​de vários departamentos de obras públicas, supervisionando aquedutos, balneários e esgotos do Império.Avançando para o período medieval, e nos deparamos com o curatus, um sacerdote dedicado ao cuidado (ou 'cura') das almas.
Até o final do século 20, 'curador' veio para descrever uma ampla categoria de tomadores de exposições, de funcionários do museu que passam anos trabalhando em modestos displays, escrupulosamente pesquisados ​​de cerâmica suméria, para freelancers que se aproximam em grande escala Bienais de arte contemporânea como um oportunidade de limpar a garganta auteurial.
Aqui no terceiro milênio, a palavra curador passou por mais uma mudança no uso. Apropriado pelos departamentos de empresas interessados ​​em imbuir seus produtos com um ar de distinção duramente conquistada e comercialização emprestado avant-garde legal, agora é usado para descrever qualquer pessoa a partir do programador celebridade de um festival pop para um estilista de moda que reúne um "coleção cápsula" de outono / inverno das ações de uma loja de departamentos. Um curador, aqui, é, essencialmente, um seletor pago de material para a venda, quer seja bilhetes para concertos ou abotoaduras. (Notavelmente, galerias de arte comerciais tendem a lutar tímido de descrever seu pessoal exposições como "curadores", deixando o título para os profissionais do sector não lucrativo que não o fazem, um, lucrar com as obras que eles escolhem para exibir).
Claro, há uma possibilidade de que os marketeers que empregam a palavra "curador" não tem mais interesse em evocar o mundo do museu do que eles fazem de evocar gerência média romana ou a igreja medieval. 
Talvez eles estão apenas respondendo à "virada curatorial 'mais amplo em padrões de consumo descrito na revista literária baseada em Nova York coleção n +1' s de ensaios Que era o Hipster? que argumenta que a atual geração de jovens elegantes coisas são 'prosumers' que preferem selecionar artefatos culturais, em vez de produzi-los, brandindo-los "como capital". O 'curador' de uma loja pop up ou um festival boutique torna mesmo essa forma atrofiada de criatividade redundante - como o comediante Stewart Lee escreveu em um artigo recente no Financial Times sobre a sua nomeação como o "curador" de um fim de semana de comédia no uma das principais artes de Londres venue "Eu sou um curador. Que palavra morta. Parece que alguém mexendo bosta em um vaso sanitário com uma vara." Então exatamente o que Lee faria da declaração de missão da surpreendentemente chamado Seattle PR firma Curador é divertido de se contemplar. Sem um traço de consciência histórica, o site da empresa afirma que "As marcas mais eficazes - sabendo a influência do consumidor com poder de hoje - irá criar produtos, serviços ou experiências que podem stand-up para a conversa do mercado." É um longo caminho desde o museu público, muito menos administração aqueduto ou o cuidado com a alma eterna.

Tom Morton, Curador da mostra de arte britânica

EXPOSIÇÃO DIA DO ARTISTA NO CREArte

Em comemoração ao Dia do Artista Plástico comemorado em 
08 de maio o CREArte abriu a Exposição Coletiva.
 Nesta exposição podemos ver telas de André Felber, 
Solange Leminski, Marcelo Schimaneski, Alceu Rogoski, 
Sidney Mariano, Erinilda Parubocz, Edson Costa (+), 
Werner Wrobel (+), João Carneiro, Osires Guimarães, 
Glaura Barbosa Pinto e Ana Maria Marochi.

CREArte Centro de Referência e Ensino de Arte
Rua Ricardo Wagner 105 Olarias
Aberto das 14 às 17 h entrada gratuita


A Galeria funciona em um Espaço multi uso onde acontece oficinas de pintura, leitura, teatro, apresentações de videos e eventos culturais.


No proximo dia 28 de maio (quarta feira) teremos o lançamento do livro Infantil "Tá pintando um clima no brejo" de Alfredo Mourão, junto com o evento teremos uma apresentação de Cassiano Caron contando histórias infantis e contos e causos, os ingressos já estão a disposição pelo fone 9962 5952 no valor de R$ 30,00 com direito a um livro autografado e depois coquetel.... Lembrando que o local terá lotação de 100 pessoas.


08 de maio - Dia do Artista Plástico Brasileiro

A data foi escolhida em homenagem ao pintor 

José Ferraz de Almeida Júnior, um dos 

artistas brasileiros mais importantes - século XIX.

 Nasceu em Itu (SP), no dia 8 de maio 1850. 

Aos 19 anos entrou para a Academia Imperial de Belas

 Artes, no Rio de Janeiro, onde foi aluno de Jules 

Lê Chevrel, Victor Meirelles e Pedro Américo. 

Em 1876, recebeu uma bolsa de estudos 

do Imperador dom Pedro II e seguiu para Paris, 

onde participou da exposição arte mais badalada 

da época, o Salon Offíciel dês Artistes Français. 

O pintor produziu cerca de 300 obras, e entre 

seus quadros mais famosos estão Violeiro, 

Picando Fumo e Caipiras Negociando, que retratam

o dia-a-dia do homem do campo. 

Almeida Júnior morreu assassinado dia 13

de novembro de 1899, em Piracicaba (SP). 

Em 1950, 8 de maio foi oficializado como 

Dia do Artista Plástico Brasileiro.






CREArte Centro de Referência e Ensino de Arte
Rua Ricardo Wagner 105 Olarias
Fone 9962 5952
Ponta Grossa Paraná
https://www.facebook.com/CREArtepg