segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Arte Contemporânea é uma farsa: Avelina Lésper


Com a finalidade de dar a conhecer seus argumentos sobre os porquês da arte contemporânea ser uma “arte falsa“, a crítica de arte Avelina Lésper apresentou a conferência “El Arte Contemporáneo- El dogma incuestionable” na Escuela Nacional de Artes Plásticas (ENAP)sendo ovacionada pelos estudantes na ocasião.
 A arte falsa e o vazio criativo
A carência de rigor (nas obras) permitiu que o vazio de criação, o acaso e a falta de inteligência passassem a ser os valores desta arte falsa, entrando qualquer coisa para ser exposta nos museus 
A crítica explica que os objetos e valores estéticos que se apresentam como arte são aceites em completa submissão aos princípios deuma autoridadimpositora. Isto faz com que, a cada dia, formem-se sociedades menos inteligentes aproximando-nos da barbárie.
Ready Made
Lésper aborda também o tema do Ready Madeexpressando perante esta corrente “artística” uma regressão ao mais elementar e irracional do pensamento humano, um retorno ao pensamento mágico que nega a realidadeA arte foi reduzida a uma crençafantasiosa e sua presença em umero significado. “Necesitamos de arte e não de crenças”.
Génio artístico
Da mesma maneiraa crítica afirma que a figura do “génio”, artista com obras insubstituíveisjá não tem possibilidade de manifestar-se na atualidade“Hoje em dia, com a superpopulação de artistas, estes deixam de ser prescindíveis qualquer obra substitui-se por outraqualqueruma vez que cada uma delas carece de singularidade“.
status de artista
A substituição constante de artistas dá-se pela fraca qualidade de seus trabalhos, “tudo aquilo que o artista realiza está predestinado a ser arte, excremento, objetos e fotografias pessoais, imitações, mensagens de internet, brinquedos, etc. Atualmente, fazer arte é umexercício ególatra; as performances, os vídeos, as instalações estão feitas de maneira tão óbvia que subjuga a simplicidade criativaalém de serem peças que, em sua grande maioria, apelam ao mínimo esforçcuja acessibilidade criativa revela tratar-se de uma realidade que poderia ter sido alcançada por qualquer um“.
Neste sentido, Lésper afirma queaconceder o status de artista a qualquer umtodo o mérito é-lhe dissolvido e ocorre umabanalização. “Cada vez que alguém sem qualquer mérito e sem trabalho realmente excepcional expõea arte deprecia-se em sua presença e concepçãoQuanto mais artistas existirem, piores são as obrasA quantidade não reflete a qualidade“.
 Que cada trabalho fale pelo artista
O artista do ready made  atinge a todas as dimensões, mas as atinge com pouco profissionalismo; sfaz vídeo, não alcança os padrões requeridos pelo cinema ou pela publicidade; sfaz obras eletrónicasmanda-as fazersem ser capaz de alcançar os padrões de um técnico mediano; senvolve-se com sons, não chega à experiência proporcionada por um DJ; assume que, por tratar-se de uma obra dearte contemporânea, não teporquê alcançar um mínimo rigor de qualidade em sua realização.
Os artistas fazem coisas extraordinárias e demonstram em cada trabalho sua condição de criadoresNem Damien Hirst, nem Gabriel Orozco, nem Teresa Margolles, nem já imensa e crescente lista de artistas o são de fato. E isto não o digo eu, dizem suas obras por eles“.
 Para os Estudantes
Como conselho aos estudantes, Avelina diz que deixem que suas obras falem por eles, não um curador, um sistema ou um dogma. “Suaobra dirá se são ou não artistas e, se produzem esta falsa arte, repito, não são artistas”.
O público ignorante
Lésper assegura que, nos dias que correm, a arte deixou de ser inclusiva, pelo que voltou-se contra seus próprios princípios dogmáticos e, caso não agrade ao espectador, acusa-o de “ignorante, estúpido e diz-lhe com grande arrogância que, se não agrada é por que não apercebe“.
O espectador, para evitar ser chamado ignorante, não pode dizer aquilo que pensauma vez que, para esta arte, todo público que não submete-se a ela é imbecil, ignorante e nunca estará a altura da peça exposta ou do artista por trás dela.Desta maneira, o espectador deixa de presenciar obras que demonstrem inteligência”.
Finalizando
Finalmente, Lésper sinaliza que a arte contemporáneé endogámica, elitista; com vocação segregacionista, é realizada para suaprópria estrutura burocrática, favorecendo apenas às instituições e seus patrocinadores. “A obsessão pedagógica, a necesidade de explicar cada obra, cada exposição gera a sobre-produção de textos que nada mais é do que uma encenação implícita de critériosuma negação à experiência estética livre, uma sobre-intelectualização da obra para sobrevalorizá-la impedir que a sua percepção seja exercida com naturalidade“.
A criação é livre, no entanto a contemplação não é. “Estamos diante da ditadura do mais medíocre”
fonte: Vanguardia

domingo, 5 de janeiro de 2014

A Aquarela no Paraná, editado pelo Solar do Rosário


Compartilhado do caderno G da Gazeta do Povo
Reprodução / Emma Koch: pioneirismo estrangeiro na aquarela paranaenseEmma Koch: pioneirismo estrangeiro na aquarela paranaense
LIVRO

Obras de arte sutis

A Aquarela no Paraná, editado pelo Solar do Rosário, reúne a trajetória da técnica no estado e traz reprodução de obras de artistas como Emma Koch e Guido Viaro
Publicado em 05/01/2014 | ISADORA RUPP
As formas e cores singelas e delicadas são elementos que se destacam para o espectador que aprecia uma obra em aquarela, técnica de pintura que tem a água como solvente, o que gera áreas de transparência e luminosidade únicas na tela. No entanto, em termos de mercado, ela ainda é pouco valorizada no Brasil: o suporte em papel requer muito cuidado no armazenamento e conservação, por estar mais suscetível ao clima. Mesmo com o interesse restrito como negócio, a aquarela sempre esteve presente nas artes visuais do Paraná. Parte dessa trajetória foi reunida no livro A Aquarela no Paraná, editado pelo Solar do Rosário.
O livro reúne trabalhos de Emma Koch, Guido Viaro, Paul Garfunkel, Ida Hannemann de Campos, entre outros artistas, e tem texto introdutório da professora da Faculdade de Artes do Paraná (Fap), Rosemeire Odahara Graça, que é doutora em História da Arte.
Reprodução
Reprodução / Ampliar imagem
Coletânea
A Aquarela no Paraná
Regina Casillo (org). Solar do Rosário, 167 págs., R$ 50 (à venda na Galeria Solar do Rosário).
A paixão pela técnica de “beleza e fluidez” foi um dos motivos que levaram a organizadora Regina Casillo, diretora do Solar do Rosário, a realizar o levantamento para a obra. “Nós reunimos em livro artistas que retratam bem os nossos aquarelistas, dando à técnica um lugar de honra”, diz.
A expansão da aquarela pelo Paraná se deu principalmente por artistas estrangeiros que migraram ao Brasil e ajudaram a difundir a técnica, até mesmo em escolas. Foi o caso da artista Emma Koch, polonesa que chegou ao Paraná em 1929 com seu marido, Ricardo. O casal formou-se na Faculdade de Belas Artes de Lwów e, aqui, ambos atuaram como arte-educadores. Emma dirigiu o ensino de artes plásticas na rede de ensino no estado, e o marido tornou-se professor do Colégio Estadual do Paraná. Além de obras do casal, o livro traz trabalhos da filha, Tereza, que também virou aquarelista.
O italiano Guido Viaro, um dos maiores artistas do Paraná, também se dedicou à técnica, mesmo não sendo a sua preferida. “Quando começamos a trabalhar no livro, o filho dele, Constantino, nos contou que ele não gostava tanto da aquarela, mas também fazia e ensinava aos alunos”, conta Regina. Mesmo assim, segundo o breve texto de Constantino no livro, Viaro vendia rapidamente todas as aquarelas que fazia.
Além dos mestres, obras de artistas mais contemporâneos, como Maria Ivone Bergamini, também foram reunidas do livro. Trabalhos desde a década de 1980 até 2013, que geralmente trazem na tela elementos do cotidiano, uma das principais características do trabalho da artista, podem ser vistas na publicação. O livro abre com desenhos de outra representante da geração atual, Ana Müeller, que teve aulas de aquarela na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap) com a professora Leonor Bottieri.
História
No Paraná, muito antes do casal Koch e de Viaro, a aquarela esteve presente em trabalhos de artistas que integraram expedições científicas, com desenhos principalmente de paisagens. O francês Jean-Baptiste Debret, que realizou viagem pela província de São Paulo até o Paraná em 1827, conta Regina, é um deles. “Existe até uma teoria de que ele teria ensinado muitas pessoas e espalhado discípulos, e que muitos quadros atribuídos a ele foram feitos por desconhecidos, e que Debret dava apenas retoques finais .”

sábado, 4 de janeiro de 2014

Crowdfunding, um meio eficiente para diminuir o risco da produção artística e cultural


crowdfunding (ou financiamento participativo) surge como uma ferramenta para 

Num mundo cada vez mais interligado e globalizado, é normal que a oferta artística e cultural seja cada vez maior e que, por consequência, a concorrência por alguns minutos de visibilidade também seja mais aguerrida.
Trata-se de ganhar a atenção do público dividido entre milhares de outros projectos. Para isso, não há segredo: talento é importante, porém o investimento é imprescindível.
Nesse sentido, a tarefa dos produtores artísticos e culturais requer um apoio financeiro crescente. Esse suporte financeiro é um risco que até hoje sempre foi da responsabilidade exclusiva do produtor e/ou do artista.
Cansados de correr esse risco e de perderem dinheiro a cada empreitada, os produtores encontraram uma “fórmula mágica” para não perderem mais as suas apostas: homogeneizar a oferta artística e cultural, utilizando massivamente os media para habituar e adaptar o público a consumir sempre as mesmas coisas.
Produzir um concerto, um livro, um filme, uma peça de teatro… requer não somente fundos como principalmente público. Ora o crowdfunding (ou financiamento participativo) surge como uma ferramenta para limitar os riscos inerentes à produção.
Ao utilizar o crowdfunding como um sistema de pré-venda, o produtor passa a ter um termómetro do interesse pelo seu projeto e, paralelamente, conquistar visibilidade, público, e apoios financeiros.
Suponhamos que um produtor queira lançar um álbum de um novo talento. Os cálculos do produtor indicam que para a gravação do disco ele vai precisar do valor X e que a partir de um certo número de discos vendidos ele começará a ter lucro.
Graças ao crowdfunding, esse produtor não precisa mais de fazer uma aposta de olhos vendados e pode utilizar a sua campanha de crowdfunding como o primeiro passo da produção que irá provar que realmente existe público para esse álbum e que por consequência valerá a pena investir neste trabalho.
Há que lembrar que o produtor estará compartilhando os riscos mas que os direitos autorais permanecerão intactos.
Produtores e artistas confirmados também encontrarão caminhos interessantes graças ao crowdfunding. Porque muito além de ser uma simples ferramenta de captação, o crowdfunding deve ser visto como uma oportunidade única para aumentar e fidelizar o seu público, estabelecendo com este uma relação mais interativa.
Seja na área do jornalismo ou da cultura, se o público hoje não deseja mais ser um consumidor passivo, utilize o crowdfunding e a Internet para que seus fãs tenham um verdadeiro papel na sua estratégia. A melhor ferramenta de marketing, de divulgação, de financiamento é o seu próprio público.
Levando em conta a forte expansão do crowdfunding, a nível mundial, plataformas de crowdfunding vêm estabelecendo parcerias estratégicas com produtores artísticos e culturais, bancos e outras entidades.
Director da Zarpante, Plataforma de Crowdfunding

O retrato com uma bela moldura comprado por 480 euros afinal era um Van Dyck que vale 480 mil

compartilhado de cultura p

Programa da BBC Antiques Roadshow ajudou a descobrir uma "obra-prima" de um dos mais importantes mestres flamengos do século XVII, comprada por um padre que gostou da sua moldura.
O padre britânico Jamie McLeod gostou da moldura, dourada, e comprou-a numa loja de antiguidades, dando pouca importância ao retrato de um homem barbudo que ela guardava. Custou-lhe 400 libras (480 euros). Agora, depois de uma visita da pintura ao programa de televisão Antiques Roadshow, que a BBC leva pelo Reino Unido para avaliar antiguidades que os espectadores tenham em casa, concluiu-se que era uma “obra-prima” do mestre flamengo Anton Van Dyck e que vale perto de 480 mil euros.
“É o sonho de qualquer pessoa descobrir uma obra-prima perdida. Encontrar um Van Dyck genuíno é incrivelmente excitante”, disse à Reuters Fiona Bruce, uma das apresentadoras do popular programa da BBC. Segundo a BBC News, Jamie MacLeod, que comprara o retrato numa loja de antiguidades em Chesire, levou em Junho de 2012 a pintura até Cirencester, em Gloucestershire, para o mostrar numa das edições do programa.
Fiona Bruce, que antes disso tinha estado a preparar um programa sobre o mestre flamengo com o perito Philip Mould — Van Dyck foi um nome muito falado no país este ano, porque um coleccionador que comprou um auto-retrato do pintor no Reino Unido por 15 milhões de euros e o planeava levar para o estrangeiro foi alvo de uma proibição temporária de exportação e de uma campanha que pretende mantê-lo no país —, viu-o e pensou imediatamente ter identificado um Van Dyck. Aliás, a moldura que tanto entusiasmou o padre ostentava uma placa com a letra A. Van Dyck. Segundo o diário Independent, pensava-se que seria uma falsificação de um Van Dyck.
Mould, que trabalha com o Antiques Roadshow, suspeitou também que tinha um original à sua frente e pediu ao padre que procurasse limpá-lo, livrando-o de camadas de tinta mais recentes, restaurá-lo e autenticá-lo. “Descobertas como esta são excepcionalmente raras”, diz Mould, citado pela BBC News.
A pintura foi então restaurada e autenticada por Christopher Brown, um dos maiores conhecedores da obra de Van Dyck e director do Museu Ashmolean, em Oxford. Esta é não só uma descoberta importante para o mundo artístico, sendo Van Dyck um dos mais importantes artistas do seu tempo, como a mais valiosa pintura identificada no Antiques Roadshow, que tem 36 anos de história e um público fiel.
O retrato em causa é de um magistrado de Bruxelas e pensa-se que seria um estudo de Van Dyck quando preparava em 1634 uma obra de maior dimensão que deveria representar sete magistrados mas que foi destruída mais tarde. Christopher Brown descreve a pintura agora descoberta como “um exemplo arrebatador” da mestria do pintor flamengo como retratista, exímio na observação directa, cita a Reuters. Van Dyck era um dos pintores residentes da corte inglesa no século XVII, talvez o mais importante da sua época, e retratou, entre outros, o rei Carlos I.
Agora, o padre MacLeod pensa vender o retrato para que as receitas da venda financiem o restauro dos sinos da capela do retiro religioso pelo qual é responsável em Derbyshire. “Tem sido uma experiência emocionante”, regozijou-se o padre, satisfeito com as “boas notícias”. O programa com toda a história foi transmitido este domingo — em Portugal, o Antiques Roadshowpassa no canal BBC Entertainment, disponível nos serviços de televisão por subscrição.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Artista bom ou artista ruim?

compartilhado do blog da Artista Aline Albuquerque

F
        No primeiro dia em que entrei na escola de belas artes combinei com um colega que nunca iríamos aceitar a babaquice da arte contemporânea. E assim seguiram anos a fio na faculdade onde nossa turma era conhecida ,de forma pejorativa ,como “os renascentistas”, aspirantes a artistas do passado.
Éramos terrivelmente resistente a idéia de que um objeto jogado na galeria, poderia ser uma “obra de arte”e que a pessoa que não executou manualmente uma “obra de arte” fosse dono da criação.
       Nossos professores bem que tentaram debater o assunto mas, tínhamos argumentos de sobra. Ingenuamente a gente achava que o artista contemporâneo era aquela pessoa que mais falava do que fazia. Não sabia desenhar, pintar, modelar, esculpir, enfim, era um debilóide que só sabia enrolar os outros!
Quando meu melhor amigo desistiu da faculdade faltando um ano para completar, entrei em choque. Fiquei triste porque toda faculdade traz uma frustração em relação as nossas expectativas e isso é difícil de lidar, mas eu ainda tinha esperança de que valeria a pena ir até o fim. Ambos sabíamos que tínhamos aptidão de sobra para as artes mas, a faculdade parecia não suprir nossas carências tanto intelectuais como também de infra-estrutura.
       Sozinha, porém acompanhada da minha persistência fiquei por 6 anos na faculdade de belas artes. Tive mais tempo que todos os meus colegas para estudar lá. Eu estudei o que eu queria estudar e ,como de costume, não era a matéria dada pelo professor. Eu queria desvendar as coisas no tempo em que surgiam os meus questionamentos. A cada obra de arte que eu estranhava resolvi pesquisar sobre o artista para não cair na armadilha da ignorância. Queria me preparar para o dia em que eu achasse algum artista de fato ruim, eu saberia dizer exatamente o porquê.
       Descobri que não é a arte contemporânea que é ruim e sim, a forma como ela chega até nós. É preciso dar um salto intelectual quântico para entender porque as obras de arte são apresentadas de uma maneira que parece beirar o absurdo hoje em dia. Além disso, existem muitos teóricos chatos, quem não tem didática para escrever sobre artes e que escrevem suas opiniões sobre a obra e não como ela realmente foi concebida.
       Para finalizar ,posso dizer que o que realmente aprendi estudando é que se você quer realmente entender de arte, primeiro observe ela e o que você sente em relação a ela , leia o que o próprio artista escreveu sobre sua obra e por fim entenda o contexto histórico em que ele viveu para saber no que ele inovou. Hoje em dia ,além de continuar gostando do que eu gostava antigamente, eu entendi que artistas contemporâneos mostram mundos dentro do nosso mundo. Se permitir viajar nesses mundos vale super a pena. Hoje eu sei admirar a atitude de quem colocou um urinol numa galeria mesmo fazendo hiper-realismo em escultura. E o mais importante é que isso não me faz melhor nem pior que qualquer outro artista na história da arte.
(Aline  Albuquerque)

Museu Oscar Niemeyer tem 8 mil publicações para consulta

 Recebido da Agencia Estadual 
O Museu Oscar Niemeyer (MON) conta com um acervo de quase 8 mil publicações disponíveis no Setor de Documentação e Referência. Entre os títulos encontram-se livros sobre história da arte, revistas especializadas, catálogos de exposições, vídeos com depoimentos de artistas e curadores, e um arquivo fotográfico constituído por registros de obras e de artistas paranaenses, que estão sempre disponíveis para a consulta dos visitantes. As publicações podem ser consultadas somente no local.
Todo o material encontrado no Setor de Documentação e Referência vem de doações. Só em 2013 o museu recebeu mais de 560 títulos, todos eles são frutos de parcerias que o MON firma com centros culturais, museus, bibliotecas e programas voltados à cultura. Entre as obras adquiridas neste ano estão: “Amilcar de Castro – rigor e transparência”, “Mulheres na arte, que diferença isso faz?”, “Andersen- Pai da pintura Paranaense”, “Di Cavalcanti, cronista de seu tempo: desenhos 1921-1964”, “50x50 Luiz Felipe Noé”, “Presença africana no Brasil: história e cultura” e “Do Japão ao Brasil: a viagem da cerâmica oriental”, entre outros.
A coordenadora do Setor de Documentação e Referência do museu, Iolete Guibe Hansel, no cargo há 10 anos, conta que o material foi chegando aos poucos. “Quando eu entrei aqui nós tínhamos 23 ou 24 livros. Hoje já podemos dizer que somos um referencial em títulos sobre arte contemporânea”, diz.
Todo o material do setor está disponível para livre consulta. O acesso à biblioteca é gratuito e os usuários recebem acompanhamento especializado. O horário de funcionamento é de terça a sexta-feira, das 10 às 18 horas, e no primeiro domingo do mês das 12 às 18 horas. A biblioteca fica no subsolo do Museu Oscar Niemeyer, na Rua Marechal Hermes, 999, no Centro Cívico de Curitiba.
Domingo + Arte
O Museu Oscar Niemeyer (MON) realiza em 5 de janeiro o “Domingo + Arte”, dia com entrada gratuita, das 10 às 18 horas. Neste domingo, excepcionalmente, não haverá programação especial. Porém, o Museu está repleto de exposições.
O público poderá conferir “Jayme Bernardo, designer”, “Ida Hannemann, entre o pincel e a pena”, “Meu Bem – Beatriz Milhazes”, “Anjo e Boneco – Nuno ramos, Salvando Aparências - João Osorio Brzezinski, “FotoBienal Masp”, “Roger Ballen: Transfigurações, fotografias 1968-2012”, “45 Manoel Coelho - Arquiteturadesign”, IDEA Brasil 2013, o melhor do design brasileiro”, Museu em Construção”, “Cones”, “Espaço Niemeyer” e o “Pátio das Esculturas”. Além das exposições, há ainda a sala em homenagem ao artista Waldemar Freyesleben e a intervenção com mais de quatro mil flores de cerâmica no jardim do MON. Mais informações: (41) 3350- 4400

Uma visita aos museus de Curitiba em janeiro.

Daniel Castellano/Gazeta do Povo / Mazé Mendes com um de seus trabalhos mais recentes, no Sesc Paço da Liberdade
Mazé Mendes com um de seus trabalhos mais recentes, no Sesc Paço da Liberdade


O Caderno G fez uma seleção das exposições em cartaz pela cidade que valem uma visita em janeiro. Conheça nomes como Mazé Mendes e Uiara Bartira, ambas com retrospectivas e trabalhos recentes à disposição do olhar curioso, além de expoentes da fotogr
Publicado em 03/01/2014 | ISADORA RUPP
  compartilhado caderno G Gazeta do Povo.
Museu de Arte Contemporânea (MAC) 

Exposição reúne desenhos feitos ao longo dos últimos 30 anos pela artista Uiara Bartira, conhecida pela dedicação à gravura – ela ajudou a estruturar o Museu da Gravura de Curitiba, entre 1989 e 1993. A compilação de 180 obras apresentada no MAC é inédita. Para escolher o que iria ser exposto, foram catalogados e fotografados 1,3 mil desenhos – 600 deles são projetados em uma parede no MAC. Preste atenção na série Esquartejamento, com desenhos realizados por Uiara na década de 1980, depois de um período de estudos em Nova York.
Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Jonathan Campos/Gazeta do Povo / Uiara Bartira no Museu de Arte Contemporânea, com algumas de suas gravurasAmpliar imagem
Uiara Bartira no Museu de Arte Contemporânea, com algumas de suas gravuras
Exposições
Veja esta e outras mostras no Guia Gazeta do Povo
Roger Ballen, Transfigurações – Fotografias 1968-2012
Museu Oscar Niemeyer (MON)
Uma das melhores exposições em cartaz atualmente no MON, retrospectiva do trabalho do fotógrafo nova-iorquino Roger Ballen. Morando em Johannesburgo, maior cidade da África do Sul há décadas, Ballen ficou conhecido mundialmente pela série Platteland. Lançadas em 1994, mesmo ano da eleição do líder Nelson Mandela, as fotografias retratavam comunidades brancas empobrecidas do interior da África, e irritaram setores ainda ligados ao apartheid. Na mostra, é possível acompanhar as mudanças na carreira de Ballen, que começou com um trabalho intuitivo, com retratos da rua, passou pelo documental, e, atualmente, centra-se no abstrato.
Continuum
Sesc Paço da Liberdade
O último andar do prédio do Sesc Paço da Liberdade abriga uma sala de exposições ampla e com bela vista para o centro da cidade. Ali estão em cartaz obras da pintora Mazé Mendes, com seus trabalhos mais recentes, além de fotografias da série Vestígios, exibidas em 2007. Em Curitiba há 40 anos, seu trabalho traz várias referências sobre as formas e cores da cidade – seu objeto de pesquisa preferido.
Aquarela no Paraná
Galeria Solar do Rosário
Bem próximo ao Paço, no Largo da Ordem, é possível ver obras dos maiores aquarelistas do Paraná, em mostra organizada pela galeria, que também virou livro homônimo. Estão em cartaz trabalhos de Emma Koch, Guido Viaro, Maria Ivone Bergamini, entre outros. A galeria conta também com loja e café.
Transfi­­gurações
Museu Municipal de Arte (MuMa), no Portão Cultural
A mostra passa por várias fases da carreira do artista maringaense Paolo Ridolfi, com obras desde o início de sua carreira, expostas na Galeria Triângulo, de São Paulo, em 1988, até as produções mais atuais. Ridolfi vive e produz em Maringá até hoje, e suas obras fazem parte de acervo de museus como o MON, e de coleções de arte importantes, como a Marcantônio Vilaça. Não deixe de ver o tríptico (três pinturas unidas por uma moldura) com autorretrato do artista.